quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Na 4ª voltamos a apresentar OBSTRUÇÃO de Dimítris Dimitriádis, até 2 de Julho no Teatro da Politécnica. No mesmo dia, o teatro meia volta retoma as apresentações de AS ONDAS a partir de Virginia Woolf, que se estendem até dia 30. E na 39ª edição do Festival de Almada, mostramos TACO A TACO de Kieran Hurley e Gary McNair, na Incrível Almadense de 11 a 13 de Julho.

 segunda-feira, 20 de Junho


OBSTRUÇÃO de Dimítris Dimitriádis Tradução José António Costa Ideias Com André Loubet, Diogo Freitas, Simon Frankel, Pedro Caeiro, Pedro Lacerda Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistente Nuno Gonçalo Rodrigues Encenação Jorge Silva Melo M16

 

No Teatro da Politécnica de 22 de Junho a 2 de Julho
3ª a Sáb. às 19h00

NARCISO É isto que sou / Um não / Um só não
Dimitris Dimitriadis,Obstrução

 

São pequeníssimos textos – escritos por Dimítris Dimitriádis, autor imprescindível para nós – a partir de mitos gregos. Mas aquilo que ele quer não é voltar a falar do passado, é questionar o presente: quem é agora Narciso? Quem é agora Tântalo? Que desejo (porque é disso que se trata), se imiscui no meio destas personagens desabrigadas, nuas, tristes?

Um espectáculo experimental com os textos inéditos de Dimítris Dimitriádis.

 

Fotografia © Jorge Gonçalves


AS ONDAS a partir da tradução de Francisco Vale / Relógio D’Água Editores do romance As Ondas de Virginia Woolf Adaptação do texto Ricardo Braun Criação e interpretação Alfredo Martins, Anabela Almeida, Duarte Guimarães, Luís Godinho, Sara Duarte e Tânia Alves Acompanhamento da criação Cláudia Gaiolas Cenografia Carla Martinez Figurinos Ainhoa Vidal Luz Joana Mário Música e desenho de som João Bento Produção executiva Mariana Rolim Design Luís Cepa Estagiários Carolina Macieira e Rafael Oliveira Consultoria Alda Correia e Luísa Flora Produção teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser Apoio Governo de Portugal – Ministério da Cultura/Direcção-Geral das Artes, Residências – Quinta Alegre – Lugar de Cultura e Fábrica Braço de Prata M12

 

No Teatro da Politécnica de 22 a 30 de Junho
3ª a Sáb às 21h00

“Começo a esquecer, começo a duvidar do aqui e do agora. Vi tantas coisas, pronunciei tantas frases. Por isso pergunto: “Quem sou eu?” Falei de Bernard, de Neville, de Jinny, de Susan, de Rhoda e Louis. Serei acaso todos eles ao mesmo tempo? Serei um ser distinto e único? Não sei. Sentamo-nos aqui juntos. Mas Percival morreu e Rhoda morreu. Dispersamo-nos. Não estamos aqui. Mas apesar disso, não vejo nada que nos separe. Somos a mesma pessoa. Essas diferenças que nos pareciam tão importantes, essa identidade a que concedíamos tanta importância, foi superada. Sim, ainda tenho na fronte o golpe que recebi quando Percival caiu. E na nuca guardo o beijo que Jinny deu em Louis. Os meus olhos enchem-se com as lágrimas de Susan. E ao longe, tremulando como um fio de ouro, vejo a coluna que Rhoda entreviu no deserto. Mas agora tudo terminou.”


Virginia Woolf, As Ondas

 

Em 2022, a equipa do teatro meia volta propõe-se a adaptar para cena o romance As Ondas, de Virginia Woolf. Esta proposta dá continuidade a uma reflexão sobre a passagem do tempo e os processos de crescimento /envelhecimento, iniciada no espetáculo Joyeux Anniversaire, criado em 2021, para a comemoração dos 15 anos de existência da estrutura.  Em As Ondas, Virginia Woolf constrói uma delicada partitura que se movimenta entre seis monólogos interiores. O texto segue os seis narradores-personagens desde a infância à idade adulta, explorando os processos de construção e mediação da individualidade e do coletivo. Há ainda uma sétima personagem que não tem voz, mas é descrita e referenciada pelas outras. Marguerite Yourcenar, tradutora francesa do romance, descreveu-o assim: “As Ondas é um livro com seis personagens, ou melhor, seis instrumentos musicais, pois consiste unicamente em monólogos interiores, cujas curvas se sucedem e entrecruzam com uma segurança que lembra a Arte da Fuga de Bach. Nesta narrativa musical, os breves pensamentos de infância, as rápidas reflexões sobre os momentos de juventude e de confiante camaradagem desempenham o mesmo papel dos allegri nas sinfonias de Mozart, abrindo espaço para os lentos andantes dos imensos solilóquios sobre a experiência, a solidão e a maturidade.

Tanto como uma meditação sobre a vida, As Ondas é um ensaio sobre a solidão. Trata-se de seis crianças, três raparigas, Rhoda, Jinny e Susan; e de três rapazes, Louis, Neville e Bernard, que vemos crescer, diferenciar-se e envelhecer. Uma sétima criança, que nunca toma a palavra e que só conhecemos através das outras, é o centro do livro, ou melhor, o seu coração.”

 

Fotografia © João Tuna


TACO A TACO de Kieran Hurley e Gary McNair Tradução Eduardo Calheiros Com Marco Mendonça e Tiago Dinis Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves (com a colaboração dos alunos do 12º I de Realização Plástica do Espectáculo da Escola Artística António Arroio) Luz Pedro Domingos Som André Pires Assistente Inês Pereira e Manuel Petiz Encenação Pedro Carraca M12

 

No Festival de Almada, no Incrível Almadense de 11 a 13 de Julho
2ª e 4ª às 21h30 | 3ª às 18h30

MAX  Daqui por uma hora este duelo de luta livre, tornar-se-á, tipo, uma cena real. 
Kieran Hurley e Gary McNair, Taco a Taco

 

O recreio é o ringue onde vítimas e bullies se degladiam diariamente. Agora o combate final! Ouve-se o sino, e começa o espectáculo! 
Uma peça hilariante, sob a forma de um combate de wrestling, sobre violência e masculinidade e a forma como estes conceitos se inscrevem no desenvolvimento humano.

 

Fotografia © Jorge Gonçalves 
 


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