segunda-feira, 26 de setembro de 2016

E já viu O RIO de Jez Butterworth? Está no Teatro da Politécnica. De 3a a sábado. E entra agora na terceira semana de exibição. E ainda a exposição NOITE, NOITE MAIS DO QUE HOJE de João Jacinto.


O RIO de Jez Butterworth Tradução Joana Frazão Com Rúben Gomes, Inês Pereira, Vânia Rodrigues e Maria Jorge Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistência Maria Jorge Coordenação Técnica João Chicó Encenação Jorge Silva Melo M14


No Teatro da Politécnica de 14 de Setembro a 22 de Outubro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00

Reservas: 961960281 | 213916750 (dias úteis das 10h00 às 18h00)

E no dia seguinte voltei ao rio, tirei as minhas roupas e mergulhei, procurei os peixes e não os consegui encontrar mas quando voltei à tona estava a segurar alguma coisa. Outra coisa.

Jez Butterworth, O Rio
 
Um pescador sem nome traz uma mulher sem nome até à sua cabana perto do rio. Ele diz à mulher que a ama e que nunca tinha trazido ninguém àquele lugar. Estranhamente, parece-nos que está a declarar-se a duas mulheres de uma só vez. Será que é com a memória de uma mulher que ele fala? Pode essa memória transformar-se? Numa meditação onírica sobre o amor e a saudade, Jez Butterworth torna visíveis os fantasmas de um passado mutável como o fluxo do rio.

Fotografia © Jorge Gonçalves


Exposição de João Jacinto
No Teatro da Politécnica de 14 de Setembro a 22 de Outubro
3ª a 6ª das 17h00 | Sábado das 15h00 até final do espectáculo 



"Quando a taciturna chegar e decapitar as túlipas", dizia Paul Celan, o poeta que logo procurei ao chegar um dia destes do atelier do João Jacinto e ele me mostrar uma infinidade de papéis (não disse desenhos, não sei se são, o carvão aqui pinta o magma, a noite sem redenção, serão pintura). "Quando a taciturna chegar." E neste poema, ele pergunta: "quem assomará à janela?" Procuro esta poesia para salvar o susto? Redimir o temor? Procuro estes dizeres para arrumar o medo? Para sobreviver ao inverno dos corpos? Na arte (mortuária? espectral?) de João Jacinto, emergem figuras, assombrações, pesadelos, fantasmagorias. Emergem, disse. Mas podia também dizer "afundam-se". E repetem-se, repetem-se, repetem-se, avassaladoras.

Jorge Silva Melo



quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Artistas Unidos no BAIRRO DAS ARTES, hoje, 5ª 22 de Setembro. NOITE, NOITE MAIS DO QUE HOJE de João Jacinto, no Teatro da Politécnica. E pelas 23h30 AINDA NÃO ACABÁMOS de Jorge Silva Melo no Cinema Ideal.


7ª EDIÇÃO DO BAIRRO DAS ARTES — A RENTRÉE CULTURAL DA SÉTIMA COLINA DE LISBOA

22.SETEMBRO, DAS 19H ÀS 23H. 34 ESPAÇOS DE ARTE CONTEMPORÂNEA

Na sua sétima edição, o Bairro das Artes reforça a oferta artística nesta área da cidade de Lisboa, apresentando aos diversos públicos, nacionais e estrangeiros, e de forma gratuita, cerca de 30 eventos que ocorrem em galerias, museus, livrarias e outros espaços ligados à Arte Contemporânea nesta colina da cidade. Inaugurações,visitas acompanhadas, lançamentos de livros, manifestações artísticas nas ruas deste “Bairro Aberto”, numa programação muito eclética no campo das Artes Visuais com Pintura, Fotografia, Instalação, Desenho, Gravura, que se volta a estender à Arte Urbana e, pela primeira vez, à Joalharia. A edição de 2016 do Bairro das Artes contempla a participação da quase totalidade dos espaços ligados à Arte Contemporânea, com programação regular na 7a colina de Lisboa, mantendo-se assim estes dois eixos que definem a génese deste evento.

O Bairro das Artes é uma organização de Isto não é um cachimbo. Associação em co-produção com a Galeria das Salgadeiras e o I Love Bairro Alto.



Exposição de João Jacinto
No Teatro da Politécnica de 14 de Setembro a 22 de Outubro
3ª a 6ª das 17h00 | Sábado das 15h00 até final do espectáculo


Bairro das Artes, 5ª 22 de Setembro no Teatro da Politécnica exposição aberta com presença do artista, 19h00-20h30



"Quando a taciturna chegar e decapitar as túlipas", dizia Paul Celan, o poeta que logo procurei ao chegar um dia destes do atelier do João Jacinto e ele me mostrar uma infinidade de papéis (não disse desenhos, não sei se são, o carvão aqui pinta o magma, a noite sem redenção, serão pintura). "Quando a taciturna chegar." E neste poema, ele pergunta: "quem assomará à janela?" Procuro esta poesia para salvar o susto? Redimir o temor? Procuro estes dizeres para arrumar o medo? Para sobreviver ao inverno dos corpos? Na arte (mortuária? espectral?) de João Jacinto, emergem figuras, assombrações, pesadelos, fantasmagorias. Emergem, disse. Mas podia também dizer "afundam-se". E repetem-se, repetem-se, repetem-se, avassaladoras.

Jorge Silva Melo



AINDA NÃO ACABÁMOS como se fosse uma carta de Jorge Silva Melo Com Américo SilvaAntónio SimãoCatarina Wallenstein, Jean Jourdheuil, Spiro ScimoneElmano SanchoManuel WiborgIsabel Muñoz CardosoSylvie Rocha, Fernando Lemos, Jorge Martins,João Pedro Mamede, José Medeiros Ferreira, Pedro CarracaJoão MeirelesVânia RodriguesMaria João PinhoMaria João Luís, Miguel Borges, Pedro GilRita BrüttRúben GomesSofia Areal Direcção de Fotografia José Luís Carvalhosa Som Armanda CarvalhoMontagem Miguel Aguiar e Vítor Alves Realização Jorge Silva Melo Produção Artistas Unidos



Bairro das Artes, 
5ª 22 de Setembro no Cinema Ideal, 23h30


Sou eu que escrevo esta carta, como se fosse uma carta, sim, sou eu. Não tanto para falar de mim, mas do que me prometeram, daquilo que perdi, daquilo que consegui continuar. Prometeram-me um mundo de linhas simples, cresci quando se fazia, ao lado da minha escola, o edifício das Águas Livres de Nuno Teotónio Pereira, Portugal saía do português-suave que se sobrepôs ao modernismo. O mundo que imaginei meu seria assim, simples, sem enfeites. Foi o que me prometeram tantos dos que vieram antes de mim. Visito aqui os locais - nem todos - que me disseram seriam os da minha vida. Que foi feita por outros que a desenharam. Em Lisboa, ou em Paris, onde trabalhei e onde me sinto em casa. Ou Roma onde não cheguei a instalar-me. Lembro muita gente que me contou o mundo - mas nem todos.. É uma carta. Ou... É um auto-retrato (auto-filme? auto-golo) comigo de costas: para que quem veja, veja o que eu vejo. Aquilo que vejo (vi, verei) será aquilo que sou? Mas é uma carta, é a ti que quero contar, a ti, rapaz que quiseste ser actor. 

Jorge Silva Melo





terça-feira, 20 de setembro de 2016

Hoje é 3ª feira e, pelas 19h, voltam a abrir-se as portas do Teatro da Politécnica. Em cena, O RIO de Jez Butterworth e uma exposição de João Jacinto, NOITE, NOITE MAIS DO QUE HOJE. E na quinta feira é dia de BAIRRO DAS ARTES.


O RIO de Jez Butterworth Tradução Joana Frazão Com Rúben GomesInês PereiraVânia Rodrigues e Maria Jorge Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistência Maria Jorge Coordenação Técnica João Chicó Encenação Jorge Silva Melo M14


No Teatro da Politécnica de 14 de Setembro a 22 de Outubro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Reservas: 961960281 | 213916750 (dias úteis das 10h00 às 18h00)

E no dia seguinte voltei ao rio, tirei as minhas roupas e mergulhei, procurei os peixes e não os consegui encontrar mas quando voltei à tona estava a segurar alguma coisa. Outra coisa.

Jez Butterworth, O Rio
 
Um pescador sem nome traz uma mulher sem nome até à sua cabana perto do rio. Ele diz à mulher que a ama e que nunca tinha trazido ninguém àquele lugar. Estranhamente, parece-nos que está a declarar-se a duas mulheres de uma só vez. Será que é com a memória de uma mulher que ele fala? Pode essa memória transformar-se? Numa meditação onírica sobre o amor e a saudade, Jez Butterworth torna visíveis os fantasmas de um passado mutável como o fluxo do rio.

Fotografia © Jorge Gonçalves


Exposição de João Jacinto
No Teatro da Politécnica de 14 de Setembro a 22 de Outubro
3ª a 6ª das 17h00 | Sábado das 15h00 até final do espectáculo 



"Quando a taciturna chegar e decapitar as túlipas", dizia Paul Celan, o poeta que logo procurei ao chegar um dia destes do atelier do João Jacinto e ele me mostrar uma infinidade de papéis (não disse desenhos, não sei se são, o carvão aqui pinta o magma, a noite sem redenção, serão pintura). "Quando a taciturna chegar." E neste poema, ele pergunta: "quem assomará à janela?" Procuro esta poesia para salvar o susto? Redimir o temor? Procuro estes dizeres para arrumar o medo? Para sobreviver ao inverno dos corpos? Na arte (mortuária? espectral?) de João Jacinto, emergem figuras, assombrações, pesadelos, fantasmagorias. Emergem, disse. Mas podia também dizer "afundam-se". E repetem-se, repetem-se, repetem-se, avassaladoras.

Jorge Silva Melo



7ª EDIÇÃO DO BAIRRO DAS ARTES — A RENTRÉE CULTURAL DA SÉTIMA COLINA DE LISBOA
22.SETEMBRO, DAS 19H ÀS 23H. 34 ESPAÇOS DE ARTE CONTEMPORÂNEA

Os Artistas Unidos associam-se ao Bairro das Artes, com a exposição NOITE, NOITE MAIS DO QUE HOJE de João Jacinto.
 
Na sua sétima edição, o Bairro das Artes reforça a oferta artística nesta área da cidade de Lisboa, apresentando aos diversos públicos, nacionais e estrangeiros, e de forma gratuita, cerca de 30 eventos que ocorrem em galerias, museus, livrarias e outros espaços ligados à Arte Contemporânea nesta colina da cidade. Inaugurações,visitas acompanhadas, lançamentos de livros, manifestações artísticas nas ruas deste “Bairro Aberto”, numa programação muito eclética no campo das Artes Visuais com Pintura, Fotografia, Instalação, Desenho, Gravura, que se volta a estender à Arte Urbana e, pela primeira vez, à Joalharia. A edição de 2016 do Bairro das Artes contempla a participação da quase totalidade dos espaços ligados à Arte Contemporânea, com programação regular na 7a colina de Lisboa, mantendo-se assim estes dois eixos que definem a génese deste evento.
O Bairro das Artes é uma organização de Isto não é um cachimbo. Associação em co-produção com a Galeria das Salgadeiras e o I Love Bairro Alto

sábado, 17 de setembro de 2016

É com a leitura de poemas de MÁRIO DIONÍSIO por Jorge Silva Melo que os Artistas Unidos iniciam uma série de recitais na biblioteca da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (Rua da Escola Politécnica, 135). Pelas 18.30 (entrada livre na medida dos lugares disponíveis). E entretanto, no Teatro da Politécnica, prossegue a carreira de O RIO de Jez Butterworth e a exposição NOITE, NOITE MAIS DO QUE HOJE de João Jacinto.



Imprensa Nacional-Casa da Moeda /Artistas Unidos

E na Biblioteca da Imprensa Nacional (Rua da Escola Politécnica) vamos ler poesias. De dois em dois meses vamos ler alguns poetas editados pela INCM. Porque gostamos de dar a voz aos poetas, voz alta.

 
19 de Setembro, 18h30: Mário Dionísio por Jorge Silva Melo

14 de Novembro, 18h30: Alexandre O´Neill por João Meireles e Jorge Silva Melo

23 de Janeiro, 18h30: Vitorino Nemésio por Lia Gama e Jorge Silva Melo

13 de Fevereiro, 18h30: Afonso Duarte por Luis Lucas e Jorge Silva Melo

(entrada livre na medida dos lugares disponíveis)


O RIO de Jez Butterworth Tradução Joana Frazão Com Rúben GomesInês PereiraVânia Rodrigues e Maria Jorge Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistência Maria Jorge Coordenação Técnica João Chicó Encenação Jorge Silva Melo M14
No Teatro da Politécnica de 14 de Setembro a 22 de Outubro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Reservas: 961960281 | 213916750 (dias úteis das 10h00 às 18h00)

E no dia seguinte voltei ao rio, tirei as minhas roupas e mergulhei, procurei os peixes e não os consegui encontrar mas quando voltei à tona estava a segurar alguma coisa. Outra coisa.

Jez Butterworth, O Rio
 
Um pescador sem nome traz uma mulher sem nome até à sua cabana perto do rio. Ele diz à mulher que a ama e que nunca tinha trazido ninguém àquele lugar. Estranhamente, parece-nos que está a declarar-se a duas mulheres de uma só vez. Será que é com a memória de uma mulher que ele fala? Pode essa memória transformar-se? Numa meditação onírica sobre o amor e a saudade, Jez Butterworth torna visíveis os fantasmas de um passado mutável como o fluxo do rio.

Fotografia © Jorge Gonçalves


Exposição de João Jacinto
No Teatro da Politécnica de 14 de Setembro a 22 de Outubro3ª a 6ª das 17h00 | Sábado das 15h00 até final do espectáculo


"Quando a taciturna chegar e decapitar as túlipas", dizia Paul Celan, o poeta que logo procurei ao chegar um dia destes do atelier do João Jacinto e ele me mostrar uma infinidade de papéis (não disse desenhos, não sei se são, o carvão aqui pinta o magma, a noite sem redenção, serão pintura). "Quando a taciturna chegar." E neste poema, ele pergunta: "quem assomará à janela?" Procuro esta poesia para salvar o susto? Redimir o temor? Procuro estes dizeres para arrumar o medo? Para sobreviver ao inverno dos corpos? Na arte (mortuária? espectral?) de João Jacinto, emergem figuras, assombrações, pesadelos, fantasmagorias. Emergem, disse. Mas podia também dizer "afundam-se". E repetem-se, repetem-se, repetem-se, avassaladoras.

Jorge Silva Melo




segunda-feira, 12 de setembro de 2016

E esta quarta feira, 14, abrimos o Teatro da Politécnica. Com O RIO de Jez Butterworth e uma exposição de João Jacinto NOITE, NOITE MAIS DO QUE HOJE. Já reservaram? E na 2ª 19 de Setembro, às 18h30, Jorge Silva Melo lê Mário Dionísio na Biblioteca da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, dando início ao ciclo A VOZ DOS POETAS. Entrada livre.


O RIO de Jez Butterworth Tradução Joana Frazão Com Rúben GomesInês PereiraVânia Rodrigues e Maria Jorge Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistência Maria Jorge Coordenação Técnica João Chicó Encenação Jorge Silva Melo M14

No Teatro da Politécnica de 14 de Setembro a 22 de Outubro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Reservas: 961960281 | 213916750 (dias úteis das 10h00 às 18h00)
 
E no dia seguinte voltei ao rio, tirei as minhas roupas e mergulhei, procurei os peixes e não os consegui encontrar mas quando voltei à tona estava a segurar alguma coisa. Outra coisa.

Jez Butterworth, O Rio
 
Um pescador sem nome traz uma mulher sem nome até à sua cabana perto do rio. Ele diz à mulher que a ama e que nunca tinha trazido ninguém àquele lugar. Estranhamente, parece-nos que está a declarar-se a duas mulheres de uma só vez. Será que é com a memória de uma mulher que ele fala? Pode essa memória transformar-se? Numa meditação onírica sobre o amor e a saudade, Jez Butterworth torna visíveis os fantasmas de um passado mutável como o fluxo do rio.
 
Fotografia © Jorge Gonçalves


Exposição de João Jacinto

No Teatro da Politécnica de 14 de Setembro a 22 de Outubro
3ª a 6ª das 17h00 | Sábado das 15h00 até final do espectáculo
Inauguração dia 14 de Setembro pelas 21h00
"Quando a taciturna chegar e decapitar as túlipas", dizia Paul Celan, o poeta que logo procurei ao chegar um dia destes do atelier do João Jacinto e ele me mostrar uma infinidade de papéis (não disse desenhos, não sei se são, o carvão aqui pinta o magma, a noite sem redenção, serão pintura). "Quando a taciturna chegar." E neste poema, ele pergunta: "quem assomará à janela?" Procuro esta poesia para salvar o susto? Redimir o temor? Procuro estes dizeres para arrumar o medo? Para sobreviver ao inverno dos corpos? Na arte (mortuária? espectral?) de João Jacinto, emergem figuras, assombrações, pesadelos, fantasmagorias. Emergem, disse. Mas podia também dizer "afundam-se". E repetem-se, repetem-se, repetem-se, avassaladoras.

Jorge Silva Melo




Imprensa Nacional-Casa da Moeda /Artistas Unidos
E na Biblioteca da Imprensa Nacional (Rua da Escola Politécnica) vamos ler poesias. De dois em dois meses vamos ler alguns poetas editados pela INCM. Porque gostamos de dar a voz aos poetas, voz alta.
19 de Setembro, 18h30: Mário Dionísio por Jorge Silva Melo
14 de Novembro, 18h30: Alexandre O´Neill por João Meireles e Jorge Silva Melo
23 de Janeiro, 18h30: Vitorino Nemésio por Lia Gama e Jorge Silva Melo
13 de Fevereiro, 18h30: Afonso Duarte por Luis Lucas e Jorge Silva Melo
 
(entrada livre na medida dos lugares disponíveis)

 



terça-feira, 6 de setembro de 2016

Em ensaios finais no Teatro da Politécnica. Sim, para a semana estreamos O RIO de Jez Butterworth e inauguramos uma exposição de João Jacinto, NOITE, NOITE MAIS DO QUE HOJE. E a partir de 13 de Setembro retomamos o TEATRO SEM FIOS da Antena Dois com a transmissão de E DEPOIS O SILÊNCIO de Arne Lygre.


O RIO de Jez Butterworth Tradução Joana Frazão Com Rúben GomesInês PereiraVânia Rodrigues e Maria Jorge Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistência Maria Jorge Coordenação Técnica João Chicó Encenação Jorge Silva Melo M14

No Teatro da Politécnica de 14 de Setembro a 22 de Outubro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Reservas: 961960281 | 213916750 (dias úteis das 10h00 às 18h00)

E no dia seguinte voltei ao rio, tirei as minhas roupas e mergulhei, procurei os peixes e não os consegui encontrar mas quando voltei à tona estava a segurar alguma coisa. Outra coisa.

Jez Butterworth, O Rio

Um pescador sem nome traz uma mulher sem nome até à sua cabana perto do rio. Ele diz à mulher que a ama e que nunca tinha trazido ninguém àquele lugar. Estranhamente, parece-nos que está a declarar-se a duas mulheres de uma só vez. Será que é com a memória de uma mulher que ele fala? Pode essa memória transformar-se? Numa meditação onírica sobre o amor e a saudade, Jez Butterworth torna visíveis os fantasmas de um passado mutável como o fluxo do rio.

Fotografia © Jorge Gonçalves


E DEPOIS O SILÊNCIO de Arne Lyqre

Com David Esteves, João Cachola e Vicente Wallenstein Direção Álvaro Correia

Na Antena 2, 13 de Setembro, 21h00

Peça inquietante que procura a esperança num mundo que está a colapsar. Podemos mudar o curso das nossas vidas? Afundamo-nos ou nadamos? A peça assenta na batalha para nos definirmos a nós próprios, pelo poder e no nosso sentido de estarmos inexoravelmente sozinhos. A peça é criada na continuidade da peça “Homem sem Rumo”, já apresentada pela Comuna em 2008, recuperando uma das personagens da peça.
 Precisamos de histórias para nos assegurarmos de quem somos, para nos dar um sentido de identidade, de compreensão do outro, mas Arne Lygre acaba com a troca simbiótica entre quem conta e quem ouve de modo a que não seja possível a quem ouve confiar mais. Arne Lygre cria dez cenas densas de imagens poéticas, que explora o que cada homem é capaz de fazer para sobreviver. Sobreviver como uma memória, como um amante, como uma mãe cujo filho morre, como um prisioneiro que é torturado, como um rapaz que é vítima de bullying num jogo de guerra, ou então como líder de um país acabado de inventar. A peça traz-nos um momento de análise filosófica sobre uma problemática antropológica cada vez mais crescente na sociedade contemporânea: a solidão.

Fotografia © Bruno Simão



Exposição de João Jacinto

No Teatro da Politécnica de 14 de Setembro a 22 de Outubro
3ª a 6ª das 17h00 | Sábado das 15h00 até final do espectáculo
Inauguração dia 14 de Setembro pelas 21h00
 
"Quando a taciturna chegar e decapitar as túlipas", dizia Paul Celan, o poeta que logo procurei ao chegar um dia destes do atelier do João Jacinto e ele me mostrar uma infinidade de papéis (não disse desenhos, não sei se são, o carvão aqui pinta o magma, a noite sem redenção, serão pintura). "Quando a taciturna chegar." E neste poema, ele pergunta: "quem assomará à janela?" Procuro esta poesia para salvar o susto? Redimir o temor? Procuro estes dizeres para arrumar o medo? Para sobreviver ao inverno dos corpos? Na arte (mortuária? espectral?) de João Jacinto, emergem figuras, assombrações, pesadelos, fantasmagorias. Emergem, disse. Mas podia também dizer "afundam-se". E repetem-se, repetem-se, repetem-se, avassaladoras.

Jorge Silva Melo