terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Ensaiamos FOI ASSIM de Jon Fosse, que estreia na 3ª 14 de Março às 21h00 no Teatro da Politécnica. Nesta data celebramos o Jorge às 19h00, com JORGE SILVA MELO - 365 dias depois por actrizes e actores que com ele trabalharam. Na 3ª 7 de Março poderá ouvir PROXIMIDADE de Arne Lygre na Antena 2 – Teatro Sem Fios às 19h00. Este mês chegam novos Livrinhos Trilogia do Fim do Mundo de Alex Cassal e O Riso Agora / Febre dos Fenos de Noël Coward. E ainda vai a tempo de fazer a Assinatura de Livrinhos 2023.

 


FOI ASSIM de Jon Fosse Tradução Pedro Porto Fernandes Com José Raposo Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Ponto Sara Barradas Assistente de encenação Pedro Cruzeiro Encenação António Simão A Classificar pela CCE 

No Teatro da Politécnica de 14 de Março a 15 de Abril
3ª a 5ª às 19h00 | 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
14 de Março às 21h00 – Estreia de entrada livre (sujeito a reserva)

RESERVAS | 961960281 ou bilheteira@artistasunidos.pt
BILHETES | https://artistasunidos.bol.pt/

… se é que tenho alguma esperança / sim / em mim é que não tenho / esperança nenhuma / isso é certo 
Jon Fosse, Foi Assim 

 

Foi Assim é um solo. Um homem no fim da sua vida, um artista, um pintor, faz um balanço da sua existência, dos seus afectos, da sua condição. Um exercício individualista ao estilo Fosse, de escrita rarefeita e com muitas repetições, um ruminar de sentidos e de emoções. 

Jon Fosse foi o autor do primeiro espectáculo que apresentámos no espaço A Capital, em 2000: Vai Vir Alguém. Com a vinda do autor a Lisboa, através da realização de conversas e leituras e de uma continuada apresentação do seu trabalho, estabelecemos uma relação próxima com a sua obra. 
Uma das frases que mais me marcou, das primeiras vezes que falou da sua escrita, foi ter referido que tinha sido cantor de uma banda de punk-rock e que escrevia como um baixista, “como se as palavras fossem as notas graves e quentes de um baixo.” Esta confissão veio a comprovar-se na musicalidade da sua escrita; das repetições, dos parágrafos, das pausas e da meticulosa estrutura. Como se tornasse o trabalho de repetição do texto por parte do actor em escrita dramática, sabendo que cada vez que um actor repete a mesma frase, vai revelando a multiplicidade de sentidos, tonalidades, nuances e um mais profundo sentido poético. Jon Fosse cria as suas personagens, leves e violentas, com uma escrita rarefeita, despojada, musical, que vai revelando ecos e resquícios – porque é predominante o passado –, onde o silêncio domina. 


António Simão 

Fotografia © Jorge Gonçalves



JORGE SILVA MELO – 365 dias depois
Andreia Bento, António Simão, Daniel Martinho, Elsa Galvão, Hugo Samora, Inês Pereira, Isabel Muñoz Cardoso, Ivo Canelas, Joana Bárcia, João Meireles, João Pedro Mamede, João Saboga, Lia Gama, Manuel Wiborg, Miguel Borges, Nuno Gonçalo Rodrigues, Pedro Lacerda, Sylvie Rocha…
lêem excertos de
ANTÓNIO, UM RAPAZ DE LISBOA, O FIM OU TENDE MISERICÓRDIA DE NÓS, PROMETEU AGRILHOADO/LIBERTADO,O NAVIO DOS NEGROS, FALA DA CRIADA DOS NOAILLES QUE NO FIM DE CONTAS VAMOS DESCOBRIR CHAMAR-SE TAMBÉM SÉVERINE NUMA NOITE DO INVERNO 1975 EM HYÈRES de Jorge Silva Melo
E, ainda, CONFERÊNCIA DE IMPRENSA E OUTRAS ALDRABICES de Harold Pinter e Spiro Scimone e ESTA NOITE IMPROVISA-SE de Luigi Pirandello

No Teatro da Politécnica a 14 de Março de 2023

A entrada é livre. Os bilhetes podem ser levantados no próprio dia, na bilheteira, a partir das 17h00.

O teatro não é imitação da vida, não é a gente entrar aqui muito natural de jeans e não sei quê a fingir que está na tasca da esquina a beber uma imperial… há qualquer coisa de sagrado nisto… de pecado e de sagrado.
Jorge Silva Melo, Prometeu Agrilhoado/Libertado

Foram tantos os autores, autoras, tradutores, tradutoras, foram mais de quatrocentas peças editadas,  mais de cento e cinquenta espectáculos, foram exposições, filmes sobre artistas, peças gravadas na rádio, leituras encenadas, seminários, foram textos em publicações, nos prefácios, na imprensa. Foi descobrir novas gerações de actores, actrizes, autores e autoras, foi um pezinho nas artes plásticas, no teatro radiofónico, televisivo. Foi tanta coisa! Foi controvérsia, foi combatividade, foi génio, inconformismo, não cedência, teimosia e foi tanta generosidade, foi tanto saber acumulado e foi também tanta a alegria. Foi estarmos uns com os outros. Uns com os outros olhos nos olhos, dizendo palavras noite dentro.
E cá estamos. Unidos. Cá estamos preocupados, cá estamos decididos, cá estamos a fazer teatro, a ler, a preencher formulários e papéis, a ensaiar, a representar, a encenar, a editar, mas sobretudo… cá estamos juntos. E “a vida continua” como dizia o Jorge, que nesse gesto fundador a que deu o nome de Artistas Unidos abriu espaço e tempo para que uns com os outros pudéssemos continuar.
Artistas Unidos

Fotografia © Susana Paiva


PROXIMIDADE de Arne Lygre 
Tradução Pedro Porto Fernandes 
Com Isabel Muñoz Cardoso, Rita Durão, Pedro Carraca e Simon Frankel 
Direcção de António Simão 

 

Na Antena 2, a 7 de Março às 19h00

Proximidade é o falhanço. A crise de Ela. Ela coloca em causa relações, questiona o tempo e relembra o espaço. Os locais onde foi feliz, onde virá a ser… Os momentos que passaram ou que ainda virão. E os outros, serão passado, serão futuro, acabaram ou ainda chegarão? Estaremos sempre juntos ou estaremos sempre sozinhos? 

UMA ESTRANHA (...) mas, quando deixa de se estar na proximidade do outro, afinal não se criou uma relação suficientemente forte, dilui-se em nada. 

Arne Lygre, Proximidade 

Fotografia © Jorge Gonçalves


Novos Livrinhos de Teatro
Chegam novos Livrinhos de Teatro à nossa livraria


Nº 165 - Trilogia do Fim do Mundo de Alex Cassal 

Nº 166 - Agora o Riso / Febre dos Fenos de Noël Coward



Assinaturas Livrinhos de Teatro 2023


Vamos publicar mais 10 volumes em 2023. Não quer assinar? São 55 euros.     
Para mais informações: asimao@artistasunidos.pt



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

E é já esta 5ª feira que recebemos o Teatro da Rainha com POLICE MACHINE de Joseph Danan, no Teatro da Politécnica de 5ª a Sábado. Este mês chegam novos Livrinhos de Teatro à nossa livraria: Trilogia do Fim do Mundo de Alex Cassal e O Riso Agora / Febre dos Fenos de Noël Coward. E estamos quase a fechar as Assinatura de Livrinhos 2023, já fez a sua?

 


POLICE MACHINE de Joseph Danan Tradução  Isabel Lopes Com Beatriz Antunes, Mafalda Taveira, Marta Taveira, Fábio Costa, Fernando Mora Ramos e Nuno Machado Dispositivo cénico Joseph Danan Conselheiro artístico Fernando Mora Ramos Desenho de Luz António Anunciação Sonoplastia Lucas Keating Vídeo Lucas Keating assistido por Inês Almeida Encenação Joseph Danan Uma Produção Teatro da Rainha M16
 
No Teatro da Politécnica de 9 a 11 de Fevereiro 
5ª às 19h00 | 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
RESERVAS | 961960281 ou bilheteira@artistasunidos.pt
BILHETES | https://artistasunidos.bol.pt/

LITTLE JOEY JOE Vamos, Joana, está em directo na rádio CLC com Pierre-Albert. Faça-lhe uma pergunta.  
JOANA Será que vou morrer.  
Joseph Danan, Police Machine  

Police Machine oferece-nos uma montagem de sequências que permitem pensar a violência. Aqui e acolá caricaturais, por vezes cruéis, outras vezes atravessadas pela ironia e pelo absurdo, exploram a pulsão por detrás da barbárie. Carrascos e vítimas confundem-se numa máquina desmontada em fragmentos que tornam perceptível a engrenagem do mal. Contai com um animador de rádio incendiário, com uma dupla de insaciáveis predadores sexuais, com uma jovem prostituta acossada pelo medo, com os gémeos William & Wilfrid, hilariante sociedade de benfeitores em clima hostil, com um puto de rua, com um Deus indigente e, claro está, com 591 chuis praticantes do ódio. 

Fotografia © Paulo Nuno Silva 


Este mês chegam novos Livrinhos de Teatro

 

Livrinho nº 165 

Trilogia do Fim do Mundo de Alex Cassal.

Ex-Zombies: uma conferência /  Morrer no Teatro / Síndrome de Chimpanzé

Uma edição Artistas Unidos/SNOB com o apoio Caixa Cultura

 

Livrinho nº 166

Agora o Riso /  Febre dos Fenos de Noël Coward

Uma edição Artistas Unidos/ SNOB com o apoio Millennium BCP


Assinaturas Livrinhos de Teatro 2023

 

Vamos publicar mais 10 volumes em 2023. Não quer assinar? São 55 euros.    
Enviamos quatro remessas durante o ano. Mas, se preferir, pode levantar os seus livros no Teatro da Politécnica, oferecemos-lhe 1 bilhete para qualquer espectáculo dos Artistas Unidos no Teatro da Politécnica desse ano.  

Para mais informações: asimao@artistasunidos.pt

A sair em 2023

 

FEVEREIRO  
Nº 164 – Alex Cassal – Trilogia do Fim do Mundo  
Nº 165 – Noël Coward Agora o Riso / Febre dos Fenos

 

ABRIL  
Nº 166 – Enis Maci – Wunder  
Nº 167 – Roland Dubillard – Andorinhas Ingénuas


SETEMBRO  
Nº 168 – Pau Miró – Um Tiro na Cabeça / Eva contra Eva / Uma História  
Nº 169 – Jardiel Poncela – Quatro Corações com travão e marcha atrás / Um Marido de Ida e Volta

Nº 170 – Eugene O´Neill – Rumo a Cardiff Zona de Guerra / Longa viagem de volta para casa / Luar sobre o Caribe 

 

NOVEMBRO

Nº 171 – Kieran Hurley – Mouthpiece Heads UP / Beats

Nº 172 – Ruby Thomas – Animal Kingdom

Nº 173 – Enda Walsh Medicine


segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

É já esta semana que recebemos o Teatro das Beiras com MOLLY SWEENEY de Brian Friel, com encenação de Nuno Carinhas, só de 5ª a Sábado no Teatro da Politécnica. Para a semana, acolhemos o Teatro da Rainha com POLICE MACHINE, texto e encenação de Joseph Danan, só de 5ª a Sábado também.

 


MOLLY SWEENEY de Brian Friel Tradução Paulo Eduardo Carvalho Com João Melo, Susana Gouveia e Tiago Moreira Cenografia e Figurinos Luís Mouro Desenho de luz Fernando Sena Sonoplastia Hâmbar de Sousa Confecção de Pano de Terra Rafaela Graça e Susana Gouveia Pintura de Pano de Terra Luís Mouro Carpintaria Ivo Cunha Costureira Sofia Craveiro Direcção de Produção e Comunicação Celina Gonçalves Assistência de produção e comunicação Patrícia Morais Vídeo promocional e fotografias Ovelha Elétrica Assistência de encenação Sílvia Morais Encenação Nuno Carinhas Uma Produção Teatro das Beiras M12
 
No Teatro da Politécnica de 2 a 4 de Fevereiro
5ª às 19h00 | 6ª e Sáb. às 21h00
RESERVAS | 961960281 ou bilheteira@artistasunidos.pt
BILHETES | https://artistasunidos.bol.pt/

DR. RICE E pela primeira vez na sua vida – como é que São Marcos diz nos evangelhos? – pela primeira vez na sua vida ela vai “ver homens a caminhar como se fossem árvores”.
Brian Friel,Molly Sweeney

 

O Teatro das Beiras regressa à dramaturgia irlandesa com Molly Sweeney, de Brian Friel. Molly, uma mulher independente e capaz, cega desde a infância, submete-se a uma cirurgia para tentar restaurar a visão; Frank, o entusiasta e inquieto marido que faz da cegueira da esposa a sua última causa; e Dr. Rice, outrora um famoso cirurgião, agora um alcoólico caído em desgraça que tenta restaurar a visão de Molly, numa tentativa de recompor a sua reputação.

Inspirada no estudo “Ver e Não Ver” de Oliver Sacks, mais especificamente em Virgil, que, como Molly, vê o seu mundo perceptivo desmoronar e não se consegue ajustar ao novo mundo visual. Molly diz: “vivo agora num país de fronteiras” onde as percepções deixaram de ser fidedignas, e a loucura e a realidade se fundem no mesmo caos.

Fotografia © Ovelha Elétrica


POLICE MACHINE de Joseph Danan Tradução  Isabel Lopes Com Beatriz Antunes, Mafalda Taveira, Marta Taveira, Fábio Costa, Fernando Mora Ramos e Nuno Machado Dispositivo cénico Joseph Danan Conselheiro artístico Fernando Mora Ramos Desenho de Luz António Anunciação Sonoplastia Lucas Keating Vídeo Lucas Keating assistido por Inês Almeida Encenação Joseph Danan Uma Produção Teatro da Rainha M16

 

No Teatro da Politécnica de 9 a 11 de Fevereiro
5ª às 19h00 | 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00

RESERVAS | 961960281 ou bilheteira@artistasunidos.pt

LITTLE JOEY JOE Vamos, Joana, está em directo na rádio CLC com Pierre-Albert. Faça-lhe uma pergunta. 
JOANA Será que vou morrer. 
Joseph Danan, Police Machine 

Police Machine oferece-nos uma montagem de sequências que permitem pensar a violência. Aqui e acolá caricaturais, por vezes cruéis, outras vezes atravessadas pela ironia e pelo absurdo, exploram a pulsão por detrás da barbárie. Carrascos e vítimas confundem-se numa máquina desmontada em fragmentos que tornam perceptível a engrenagem do mal. Contai com um animador de rádio incendiário, com uma dupla de insaciáveis predadores sexuais, com uma jovem prostituta acossada pelo medo, com os gémeos William & Wilfrid, hilariante sociedade de benfeitores em clima hostil, com um puto de rua, com um Deus indigente e, claro está, com 591 chuis praticantes do ódio. 

Fotografia ©  Margarida Araújo

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

É a última semana para ver TACO A TACO de Kieran Hurley e Gary McNair. De 3ª a Sábado no Teatro da Politécnica. Amanhã poderá ouvir VENTO FORTE de Jon Fosse na Antena 2 - Teatro Sem Fios, às 19h00. Na 6ª 27 de Janeiro, apresentamos VIDA DE ARTISTAS de Noël Coward no Teatro Aveirense. Para a semana recebemos o Teatro das Beiras com MOLLY SWEENEY de Brian Friel, com encenação de Nuno Carinhas, de 5ª a Sábado no Teatro da Politécnica. E, na semana seguinte, acolhemos o Teatro da Rainha com POLICE MACHINE, texto e encenação de Joseph Danan, de 5ª a Sábado também. Ainda vai a tempo de Assinar os Espectáculos de 2023 no Teatro da Politécnica e os Livrinhos de Teatro deste ano.

 


TACO A TACO de Kieran Hurley e Gary McNair Tradução Eduardo Calheiros Com Marco Mendonça e Tiago Dinis Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves (com a colaboração dos alunos do 12º I de Realização Plástica do Espectáculo da Escola Artística António Arroio) Luz Pedro Domingos Som André Pires Direcção técnica Diana dos Santos Assistente Inês Pereira e Manuel Petiz Encenação Pedro Carraca M12
 
No Teatro da Politécnica de 12 a 28 Janeiro
3ª a 5ª às 19h00 | 6ª às 21h00 | Sáb às 16h00
RESERVAS | 961960281 ou bilheteira@artistasunidos.pt

MAX  Daqui por uma hora este duelo de luta livre, tornar-se-á, tipo, uma cena real.
Kieran Hurley e Gary McNair,Taco a Taco

 

O recreio é o ringue onde vítimas e bullies se degladiam diariamente. Agora o combate final! Ouve-se o sino, e começa o espectáculo!
Uma peça hilariante, sob a forma de um combate de wrestling, sobre violência e masculinidade e a forma como estes conceitos se inscrevem no desenvolvimento humano.

Fotografia © Jorge Gonçalves



VENTO FORTE de Jon Fosse

Tradução Pedro Porto Fernandes

Com Rita Durão, Américo Silva e Nuno Gonçalo Rodrigues

Direcção de António Simão

 

Eu escrevo quase sem ponto de partida, sem imagem, sem plano, escrevo só. Vou escrevendo, variações. Há um momento em que tudo tem de se resolver. Se calhar é por isso que as coisas acontecem tão abruptamente no final das minhas peças.

Jon Fosse, Artistas Unidos – Revista, nº 4


Um homem que esteve na estrada por um longo período de tempo, olha pela janela do apartamento que partilha com a sua mulher. Mas é ainda a mesma janela, apartamento, mundo? Quanto tempo esteve ele ausente? Terá ele um lugar, tempo e presença aqui? Ou pertence ao passado e é um mero espectador do seu desaparecimento… Em Vento Forte, Fosse conta a história não só da tentativa de regresso à vida, mas também ao mundo do teatro, cujos parametros se alteraram e cujas antigas certezas se perderam.  

Fotografia © Jorge Gonçalves


VIDA DE ARTISTAS de Noël Coward Tradução José Maria Vieira Mendes Com Nuno Pardal, Rita Brütt, Pedro Caeiro, Américo Silva, Antónia Terrinha, Tiago Matias, Raquel Montenegrio, Ana Amaral, Pedro Cruzeiro, Jefferson Oliveira Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Coordenação Técnica João Chicó Assistentes Nuno Gonçalo Rodrigues, António Simão Encenação Jorge SIlva Melo Coprodução Artistas Unidos / SLTM / TNSJ M12

 

No Teatro Aveirense a 27 de Janeiro de 2023

6ª às 21h30

RESERVAS | 234 400 920 ou info-teatroaveirense@cm-aveiro.pt

BILHETES | https://www.ticketline.pt/evento/alma-vida-de-artistas-69788

 

LEO Eu amo-te. Tu amas-me. Tu amas o Otto. Eu amo o Otto. O Otto ama-te. O Otto ama-me.
Noël Coward, Vida de Artistas

 

Noël Coward escreve Vida de Artistas para cumprir um pacto celebrado 11 anos antes entre o próprio e os seus dois amigos, Alfred Lunt e Lynn Fontanne. “Os Lunt”, como eram conhecidos, tornaram-se o mais celebrado casal do teatro na América mas, em 1921, quando Coward os visitou em Nova Iorque, estavam a começar a viver num alojamento barato para actores em dificuldades. Coward também ainda era relativamente desconhecido, mas partilhava com Lunt e Fontanne uma fome por fama e sucesso. A produção estreou na Broadway em 1933 e, depois, em Inglaterra, com imediato sucesso crítico e comercial, apesar das suas personagens amorais e da proclamada bissexualidade. Dela disse Coward: “Gostaram e detestaram, odiaram e admiraram, não sei se realmente a amaram. São criaturas superficiais, sobre-articuladas e amorais movidas pelo impacto das suas personalidades uns sobre os outros, são traças à volta da luz, incapazes de tolerar a escuridão solitária e igualmente incapazes de partilhar a luz sem colidirem constantemente, ferindo as asas uns dos outros.”

 

Ah, como eu gosto de Noël Coward. Como quem ‘não quer a coisa’, com um brilho único, anda connosco há quase um século, despistando, contrariando ideias feitas, na curva da História. Frívolo? Ou realmente profundo? Fantasista ou realmente realista? Olha: teatral, aposto. 


Jorge Silva Melo 


Fotografia © Jorge Gonçalves


MOLLY SWEENEY de Brian Friel Tradução Paulo Eduardo Carvalho Com João Melo, Susana Gouveia e Tiago Moreira Cenografia e Figurinos Luís Mouro Desenho de luz Fernando Sena Sonoplastia Hâmbar de Sousa Confecção de Pano de Terra Rafaela Graça e Susana Gouveia Pintura de Pano de Terra Luís Mouro Carpintaria Ivo Cunha Costureira Sofia Craveiro Direcção de Produção e Comunicação Celina Gonçalves Assistência de produção e comunicação Patrícia Morais Vídeo promocional e fotografias Ovelha Elétrica Assistência de encenação Sílvia Morais Encenação Nuno Carinhas Uma Produção Teatro das Beiras M12

 

No Teatro da Politécnica de 2 a 4 de Fevereiro
5ª às 19h00 | 6ª e Sáb. às 21h00

RESERVAS | 961960281 ou bilheteira@artistasunidos.pt

DR. RICE E pela primeira vez na sua vida – como é que São Marcos diz nos evangelhos? – pela primeira vez na sua vida ela vai “ver homens a caminhar como se fossem árvores”.
Brian Friel,Molly Sweeney

 

O Teatro das Beiras regressa à dramaturgia irlandesa com Molly Sweeney, de Brian Friel. Molly, uma mulher independente e capaz, cega desde a infância, submete-se a uma cirurgia para tentar restaurar a visão; Frank, o entusiasta e inquieto marido que faz da cegueira da esposa a sua última causa; e Dr. Rice, outrora um famoso cirurgião, agora um alcoólico caído em desgraça que tenta restaurar a visão de Molly, numa tentativa de recompor a sua reputação.

Inspirada no estudo “Ver e Não Ver” de Oliver Sacks, mais especificamente em Virgil, que, como Molly, vê o seu mundo perceptivo desmoronar e não se consegue ajustar ao novo mundo visual. Molly diz: “vivo agora num país de fronteiras” onde as percepções deixaram de ser fidedignas, e a loucura e a realidade se fundem no mesmo caos.

Fotografia © Ovelha Elétrica


POLICE MACHINE de Joseph Danan Tradução  Isabel Lopes Com Beatriz Antunes, Mafalda Taveira, Marta Taveira, Fábio Costa, Fernando Mora Ramos e Nuno Machado Dispositivo cénico Joseph Danan Conselheiro artístico Fernando Mora Ramos Desenho de Luz António Anunciação Sonoplastia Lucas Keating Vídeo Lucas Keating assistido por Inês Almeida Encenação Joseph Danan Uma Produção Teatro da Rainha M16

 

No Teatro da Politécnica de 9 a 11 de Fevereiro
5ª às 19h00 | 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00

RESERVAS | 961960281 ou bilheteira@artistasunidos.pt

LITTLE JOEY JOE Vamos, Joana, está em directo na rádio CLC com Pierre-Albert. Faça-lhe uma pergunta. 
JOANA Será que vou morrer. 
Joseph Danan, Police Machine 

Police Machine oferece-nos uma montagem de sequências que permitem pensar a violência. Aqui e acolá caricaturais, por vezes cruéis, outras vezes atravessadas pela ironia e pelo absurdo, exploram a pulsão por detrás da barbárie. Carrascos e vítimas confundem-se numa máquina desmontada em fragmentos que tornam perceptível a engrenagem do mal. Contai com um animador de rádio incendiário, com uma dupla de insaciáveis predadores sexuais, com uma jovem prostituta acossada pelo medo, com os gémeos William & Wilfrid, hilariante sociedade de benfeitores em clima hostil, com um puto de rua, com um Deus indigente e, claro está, com 591 chuis praticantes do ódio.

Fotografia © Margarida Araújo


Assinatura Espectáculos Teatro da Politécnica 2023

De 1 de Janeiro a 31 de Dezembro são 9 os espectáculos que teremos em cena no Teatro da Politécnica. A assinatura de espectáculos inclui um bilhete para cada um dos espectáculos do Teatro da Politécnica, produções dos Artistas Unidos e acolhimentos de outras companhias, ao longo de 2023. As assinaturas poderão ser a título individual, tendo o custo de 45€, ou dupla, com dois bilhetes para cada uma das produções de 2023, por 85€.  



Assinaturas Livrinhos de Teatro 2023

Vamos publicar mais 10 volumes em 2023. Não quer assinar? São 55 euros.    
Enviamos quatro remessas durante o ano. Mas, se preferir, pode levantar os seus livros no Teatro da Politécnica, oferecemos-lhe 1 bilhete para qualquer espectáculo dos Artistas Unidos no Teatro da Politécnica desse ano.  

Para mais informações: asimao@artistasunidos.pt 

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

São as últimas semanas para assistir a TACO A TACO de Kieran Hurley e Gary McNair. De 3ª a Sábado no Teatro da Politécnica até 28 de Janeiro. Esta 5ª chegamos ao Porto com VIDA DE ARTISTAS de Noël Coward, de 19 a 22 de Janeiro no TeCA - Teatro Carlos Alberto e, na 6ªa 27 de Janeiro, ao Teatro Aveirense. Este Sábado Inês Pereira e Luís Lucas lêem Ana Luísa Amaral EM VOZ ALTA na Casa Sommer em Cascais, às 18h00. E na próxima 3ª 24 poderá ouvir VENTO FORTE de Jon Fosse na Antena 2 - Teatro Sem Fios às 19h00. Em breve recebemos o Teatro das Beiras e o Teatro da Rainha no Teatro da Politécnica.

 


TACO A TACO de Kieran Hurley e Gary McNair Tradução Eduardo Calheiros Com Marco Mendonça e Tiago Dinis Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves (com a colaboração dos alunos do 12º I de Realização Plástica do Espectáculo da Escola Artística António Arroio) Luz Pedro Domingos Som André Pires Direcção técnica Diana dos Santos Assistente Inês Pereira e Manuel Petiz Encenação Pedro Carraca M12
 
No Teatro da Politécnica de 12 a 28 Janeiro
3ª a 5ª às 19h00 | 6ª às 21h00 | Sáb às 16h00
RESERVAS | 961960281 ou bilheteira@artistasunidos.pt
𝗕𝗜𝗟𝗛𝗘𝗧𝗘𝗦 | https://artistasunidos.bol.pt/

MAX  Daqui por uma hora este duelo de luta livre, tornar-se-á, tipo, uma cena real.
Kieran Hurley e Gary McNair,Taco a Taco

 

O recreio é o ringue onde vítimas e bullies se degladiam diariamente. Agora o combate final! Ouve-se o sino, e começa o espectáculo!
Uma peça hilariante, sob a forma de um combate de wrestling, sobre violência e masculinidade e a forma como estes conceitos se inscrevem no desenvolvimento humano.

Fotografia © Jorge Gonçalves 


VIDA DE ARTISTAS de Noël Coward Tradução José Maria Vieira Mendes Com Nuno Pardal, Rita Brütt, Pedro Caeiro, Américo Silva, Antónia Terrinha, Tiago Matias, Raquel Montenegrio, Ana Amaral, Pedro Cruzeiro, Jefferson Oliveira Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Coordenação Técnica João Chicó Assistentes Nuno Gonçalo Rodrigues, António Simão Encenação Jorge SIlva Melo Coprodução Artistas Unidos / SLTM / TNSJ M12

 

No TeCA – Teatro Carlos Alberto de 19 a 22 de Janeiro de 2023

5ª e Sáb. às 19h00 | 6ª às 21h00 | Dom. às 16h00

BILHETES | https://www.bol.pt/Comprar/Bilhetes/113924-vida_de_artistas-teatro_carlos_alberto/


No Teatro Aveirense a 27 de Janeiro de 2023

6ª às 21h30

RESERVAS | 234 400 920 ou info-teatroaveirense@cm-aveiro.pt

BILHETES | https://www.ticketline.pt/evento/alma-vida-de-artistas-69788

 

LEO Eu amo-te. Tu amas-me. Tu amas o Otto. Eu amo o Otto. O Otto ama-te. O Otto ama-me.
Noël Coward, Vida de Artistas

 

Noël Coward escreve Vida de Artistas para cumprir um pacto celebrado 11 anos antes entre o próprio e os seus dois amigos, Alfred Lunt e Lynn Fontanne. “Os Lunt”, como eram conhecidos, tornaram-se o mais celebrado casal do teatro na América mas, em 1921, quando Coward os visitou em Nova Iorque, estavam a começar a viver num alojamento barato para actores em dificuldades. Coward também ainda era relativamente desconhecido, mas partilhava com Lunt e Fontanne uma fome por fama e sucesso. A produção estreou na Broadway em 1933 e, depois, em Inglaterra, com imediato sucesso crítico e comercial, apesar das suas personagens amorais e da proclamada bissexualidade. Dela disse Coward: “Gostaram e detestaram, odiaram e admiraram, não sei se realmente a amaram. São criaturas superficiais, sobre-articuladas e amorais movidas pelo impacto das suas personalidades uns sobre os outros, são traças à volta da luz, incapazes de tolerar a escuridão solitária e igualmente incapazes de partilhar a luz sem colidirem constantemente, ferindo as asas uns dos outros.” 


Ah, como eu gosto de Noël Coward. Como quem ‘não quer a coisa’, com um brilho único, anda connosco há quase um século, despistando, contrariando ideias feitas, na curva da História. Frívolo? Ou realmente profundo? Fantasista ou realmente realista? Olha: teatral, aposto. 
Jorge Silva Melo 

Fotografia © Jorge Gonçalves 


EM VOZ ALTA 

os nossos poetas 

leituras de poesia portuguesa pelos Artistas Unidos

Gostamos de ler em voz alta, de ouvir poesia lida pelos actores trabalham connosco, de poesia lida para várias pessoas, de leituras de poesia, ver gente, sentir gente à volta das palavras suspensas do poeta.

 

Em Cascais, na Casa Sommer, às 18h00:
21 de Janeiro– Ana Luísa Amaral por Inês Pereira e Luís Lucas


VENTO FORTE de Jon Fosse

Tradução Pedro Porto Fernandes

Com Rita Durão, Américo Silva e Nuno Gonçalo Rodrigues

Direcção de António Simão

 

Eu escrevo quase sem ponto de partida, sem imagem, sem plano, escrevo só. Vou escrevendo, variações. Há um momento em que tudo tem de se resolver. Se calhar é por isso que as coisas acontecem tão abruptamente no final das minhas peças.

Jon Fosse, Artistas Unidos – Revista, nº 4

 

Um homem que esteve na estrada por um longo período de tempo, olha pela janela do apartamento que partilha com a sua mulher. Mas é ainda a mesma janela, apartamento, mundo? Quanto tempo esteve ele ausente? Terá ele um lugar, tempo e presença aqui? Ou pertence ao passado e é um mero espectador do seu desaparecimento… Em Vento Forte, Fosse conta a história não só da tentativa de regresso à vida, mas também ao mundo do teatro, cujos parametros se alteraram e cujas antigas certezas se perderam.  


MOLLY SWEENEY de Brian Friel - Teatro das Beiras
Tradução Paulo Eduardo Carvalho Com João Melo, Susana Gouveia e Tiago Moreira Cenografia e Figurinos Luís Mouro Desenho de luz Fernando Sena Sonoplastia Hâmbar de Sousa Confecção de Pano de Terra Rafaela Graça e Susana Gouveia Pintura de Pano de Terra Luís Mouro Carpintaria Ivo Cunha Costureira Sofia Craveiro Direcção de Produção e Comunicação Celina Gonçalves Assistência de produção e comunicação Patrícia Morais Vídeo promocional e fotografias Ovelha Elétrica Assistência de encenação Sílvia Morais Encenação Nuno Carinhas Uma Produção Teatro das Beiras M12

No Teatro da Politécnica de 2 a 4 de Fevereiro 
5ª às 19h00 | 6ª e Sáb. às 21h00 

Fotografia © Ovelha Elétrica


POLICE MACHINE de Joseph Danan - Teatro da Rainha
Tradução  Isabel Lopes Com Cibele Maçãs, Beatriz Antunes, Mafalda Taveira, Marta Taveira, Fábio Costa, Fernando Mora Ramos e Nuno Machado  Dispositivo cénico Joseph Danan Conselheiro artístico Fernando Mora Ramos Desenho de Luz António Anunciação Sonoplastia Lucas Keating Vídeo Lucas Keating, assistido por Inês Almeida Encenação Joseph Danan Uma Produção Teatro da Rainha M16

No Teatro da Politécnica de 9 a 11 de Fevereiro

5ª às 19h00 | 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00

 

LITTLE JOEY JOE   Vamos, Joana, está em directo na rádio CLC com Pierre-Albert. Faça-lhe uma pergunta.

JOANA   Será que vou morrer.

 

Joseph Danan, Police Machine

Fotografia © Paulo Nuno Silva