No Teatro da Politécnica de 14 de Março a 15 de Abril
3ª a 5ª às 19h00 | 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Mediante reserva e sujeito à lotação da sala.
Jon Fosse, Foi Assim
Foi Assim é um solo. Um homem no fim da sua vida, um artista, um pintor, faz um balanço da sua existência, dos seus afectos, da sua condição. Um exercício individualista ao estilo Fosse, de escrita rarefeita e com muitas repetições, um ruminar de sentidos e de emoções.
Jon Fosse foi o autor do primeiro espectáculo que apresentámos no espaço A Capital, em 2000: Vai Vir Alguém. Com a vinda do autor a Lisboa, através da realização de conversas e leituras e de uma continuada apresentação do seu trabalho, estabelecemos uma relação próxima com a sua obra.
Uma das frases que mais me marcou, das primeiras vezes que falou da sua escrita, foi ter referido que tinha sido cantor de uma banda de punk-rock e que escrevia como um baixista, “como se as palavras fossem as notas graves e quentes de um baixo.” Esta confissão veio a comprovar-se na musicalidade da sua escrita; das repetições, dos parágrafos, das pausas e da meticulosa estrutura. Como se tornasse o trabalho de repetição do texto por parte do actor em escrita dramática, sabendo que cada vez que um actor repete a mesma frase, vai revelando a multiplicidade de sentidos, tonalidades, nuances e um mais profundo sentido poético. Jon Fosse cria as suas personagens, leves e violentas, com uma escrita rarefeita, despojada, musical, que vai revelando ecos e resquícios – porque é predominante o passado –, onde o silêncio domina.
António Simão
PROXIMIDADE de Arne
Lygre
Tradução Pedro Porto Fernandes
Com Isabel Muñoz Cardoso, Rita
Durão, Pedro Carraca e Simon Frankel
Direcção António Simão
Na Antena 2, na 2ª 27 de
Março de 2023 às 19h00
Proximidade é o falhanço. A crise de
Ela. Ela coloca em causa relações, questiona o tempo e relembra o espaço. Os
locais onde foi feliz, onde virá a ser… Os momentos que passaram ou que ainda
virão. E os outros, serão passado, serão futuro, acabaram ou ainda chegarão?
Estaremos sempre juntos ou estaremos sempre sozinhos?
Arne Lygre, Proximidade
No Teatro da Politécnica de 27 de Abril a 27 de Maio
3ª a 5ª às 19h00 | 6ª às
21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
AVÓ Não estejas tão zangado, é a tua família, é assim. Que hás-de
fazer?
Claudio Tolcachir, A
Omissão da Família Coleman
Uma família à beira da dissolução, vivendo juntos numa casa; a construção de espaços pessoais e o complexo conciliar de espaços partilhados. Uma coexistência impossível a partir do absurdo da vida quotidiana. No mundo pós-pandemia, no “novo normal”, com a memória recente da perda de um espaço colectivo em prol de um confinamento que nos forçou a conviver com aqueles que connosco dividem a casa, e levando esse confronto entre espaço pessoal e partilhado ao extremo, é premente a reflexão sobre esse passado ainda vivo em nós, para melhor viver o futuro com os outros.
ASSINATURA LIVRINHOS DE TEATRO 2023
Vamos publicar mais 10
volumes em 2023. Não quer assinar?
São 55 euros.
Enviamos quatro remessas durante o ano. Mas, se preferir, pode levantar os seus
livros no Teatro da Politécnica, oferecemos-lhe 1 bilhete para qualquer
espectáculo dos Artistas Unidos no Teatro da Politécnica desse ano.
Para mais
informações: asimao@artistasunidos.pt
A sair em 2023:
FEVEREIRO
Nº 164 – Alex Cassal – Trilogia do Fim do Mundo
Nº 165 – Noël Coward – O Riso Agora / Febre de Fenos
ABRIL
Nº 166 – Enis Maci – Wunder
Nº 167 – Roland Dubillard – Andorinhas Ingénuas
SETEMBRO
Nº 168 – Pau Miró – Um Tiro na Cabeça / Eva contra Eva / Uma História
Nº 169 – Jardiel
Poncela – Quatro Corações com travão e
marcha atrás / Um Marido de Ida e Volta
Nº 170 – Eugene O´Neill – Rumo a Cardiff Zona de Guerra / Longa viagem de volta para
casa / Luar sobre o Caribe
Nº 171 – Kieran Hurley – Mouthpiece / Heads UP / Beats
Nº 172 – Ruby Thomas – Animal Kingdom
Nº 173 – Enda Walsh – Medicine