segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

E bom ano! Daqui a dias estreamos no Teatro da Politécnica A MÁQUINA HAMLET de Heiner Müller. De 15 de Janeiro a 22 de Fevereiro. E já no sábado, 4 de Janeiro, apresentamos VIDAS ÍNTIMAS de Noël Coward no Cine-Teatro Garrett, na Póvoa de Varzim.


A MÁQUINA HAMLET de Heiner Müller Tradução Maria Adélia Silva Melo e Jorge Silva Melo Com Américo Silva, André Loubet, Hugo Tourita, Inês Pereira, João Estima, João Madeira, João Pedro Mamede e José Vargas Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Música original João Madeira Luz Pedro Domingos Assistência de Encenação Inês Pereira Encenação Jorge Silva Melo M12

No Teatro da Politécnica de 15 de Janeiro a 22 de Fevereiro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb às 16h00 e 21h00

Quero habitar nas minhas veias, na medula dos meus ossos, no labirinto do meu crânio.

Heiner Müller, A Máquina Hamlet

Um homem ergue-se das ruínas da história para anunciar que foi Hamlet. Para escapar à violência cíclica e contínua da história, o passado é questionado e desconstruído. Longe da narrativa psicológica, a paisagem da revolução traída. "O slogan da era Napoleónica ainda se aplica: Teatro é a Revolução em marcha."

Ainda li este texto manuscrito, passado clandestinamente da antiga RDA até à casa de Jean Jourdheuil no Bolulevard St Germain, em Paris onde tantas noites ouvi Heiner conversar bebendo uísque e café até nascer o dia. Traduzi-o então (1977?), no rescaldo do 25 de Novembro, quando sobre os nossos desejos se erguia a asa da normalização democrática. Li-o vezes sem conta, voltei a traduzi-lo. E eis que chega a altura de o lembrar. De o fazer com actores novos com quem quero conversar sobre o que perdemos, o que quisemos, o que tentámos, o que traímos, o que não soubemos, o preço desta vida que lhes deixamos, e as mulheres. E claro, convosco, falar da Esperança, imensa Maldição. Volto a Heiner Müller como quem volta àquelas longas conversas na cozinha do Jean. “Olha, já é manhã! Temos de ir dormir!”

JSM

Fotografia © Jorge Gonçalves



VIDAS ÍNTIMAS de Noël Coward Tradução Miguel Esteves Cardoso Com Rúben Gomes, Rita Durão, Tiago Matias, Vânia Rodrigues, Isabel Muñoz Cardoso Cenografia Rita Lopes Alves e José Manuel Reis Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Apoio Musical Rui Rebelo Encenação Jorge Silva Melo Produção Artistas Unidos Co-Produção Teatro Nacional São João e Centro Cultural de Belém M12

Na Póvoa de Varzim, no Cine-Teatro Garrett a 4 de Janeiro de 2020


Devem ser muito raras as pessoas que são completamente normais, lá no fundo das vidas privadas de cada um. Tudo depende de um dado conjunto de circunstâncias. Se todas as geringonças cósmicas se fundem ao mesmo tempo e se solta a faísca certa, sabe-se lá o que uma pessoa não será capaz de fazer.

Noël Coward, Vidas Íntimas

"A frivolidade só é frívola para aqueles que não são frívolos", diz a Madame De na obra-prima de Max Ophüls. E podia aplicar-se a este teatro de dinner jackets, champanhe, rosas, camélia e muita malícia. Mas vistas agora estas Private Lives são uma das mais cruéis análises das relações matrimoniais. Sob a doçura de uma primavera na Cote d´Azur quanto veneno, quanta maldade, quanto amor perdido? Uma obra-prima que queremos revisitar, um grande autor "menorizado" e fundamental. Depois de Pinter, Williams, Miller, quem? E com um sorriso de compreensão pelas fraquezas humanas.

Jorge Silva Melo

Fotografia © Jorge Gonçalves

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Boas Festas! E que tal oferecer uma Assinatura de Livrinhos de Teatro? A 15 de Janeiro, no Teatro da Politécnica, estreamos A MÁQUINA HAMLET de Heiner Müller. E já no dia 4 de Janeiro, voltamos à Póvoa de Varzim com VIDAS ÍNTIMAS de Noël Coward.


Assinaturas Livrinhos de Teatro 2020

Vamos continuar com os Livrinhos de Teatro. Em 2020, queremos editar 10 volumes. Enviaremos 4 remessas durante o ano. Sem portes de correio. Mas, se preferir levantar os seus livros no Teatro da Politécnica, oferecemos-lhe 1 bilhete para qualquer espectáculo dos Artistas Unidos no Teatro da Politécnica em 2020.

Quanto tem de pagar? 50 euros no acto da assinatura. Por transferência bancária IBAN PT50 0007 0018 00257 880006 19

FEVEREIRO

Ödon von Horvath - Noite Italiana/ Fé, Esperança e Caridade
Jean Cocteau – A Águia Das Duas Cabeça/ Os Pais Terríveis

MAIO

Lluïsa Cunillé – Dinamarca/ Sul/ Boria
Roger Vitrac - Victor ou as Crianças no Poder
Ricardo Neves-Neves - Swimming Pool Party/ Banda Sonora

SETEMBRO

García Lorca - A Casa de Bernarda Alba/ Bodas de Sangue
García Lorca - Mariana Pineda/ A Sapateira Prodigiosa
Giovanni Testori – Conversa com a Morte

NOVEMBRO
Yannis Mavritsakis – V.I.T.R.I O.L./ Ponto Cego
Witold Gombrowicz -Opereta / História



A MÁQUINA HAMLET de Heiner Müller Tradução Maria Adélia Silva Melo e Jorge Silva Melo Com Américo Silva, André Loubet, Hugo Tourita, Inês Pereira, João Estima, João Madeira, João Pedro Mamede e José Vargas Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Música original João Madeira Luz Pedro Domingos Assistência de Encenação Inês Pereira Encenação Jorge Silva Melo M12

No Teatro da Politécnica de 15 de Janeiro a 22 de Fevereiro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb às 16h00 e 21h00

Quero habitar nas minhas veias, na medula dos meus ossos, no labirinto do meu crânio.
Heiner Müller, A Máquina Hamlet

Um homem ergue-se das ruínas da história para anunciar que foi Hamlet. Para escapar à violência cíclica e contínua da história, o passado é questionado e desconstruído. Longe da narrativa psicológica, a paisagem da revolução traída. "O slogan da era Napoleónica ainda se aplica: Teatro é a Revolução em marcha."

Ainda li este texto manuscrito, passado clandestinamente da antiga RDA até à casa de Jean Jourdheuil no Bolulevard St Germain, em Paris onde tantas noites ouvi Heiner conversar bebendo uísque e café até nascer o dia. Traduzi-o então (1977?), no rescaldo do 25 de Novembro, quando sobre os nossos desejos se erguia a asa da normalização democrática. Li-o vezes sem conta, voltei a traduzi-lo. E eis que chega a altura de o lembrar. De o fazer com actores novos com quem quero conversar sobre o que perdemos, o que quisemos, o que tentámos, o que traímos, o que não soubemos, o preço desta vida que lhes deixamos, e as mulheres. E claro, convosco, falar da Esperança, imensa Maldição. Volto a Heiner Müller como quem volta àquelas longas conversas na cozinha do Jean. “Olha, já é manhã! Temos de ir dormir!”

JSM

Fotografia © Jorge Gonçalves



VIDAS ÍNTIMAS de Noël Coward Tradução Miguel Esteves Cardoso Com Rúben Gomes, Rita Durão, Tiago Matias, Vânia Rodrigues, Isabel Muñoz Cardoso Cenografia Rita Lopes Alves e José Manuel Reis Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Apoio Musical Rui Rebelo Encenação Jorge Silva Melo Produção Artistas Unidos Co-Produção Teatro Nacional São João e Centro Cultural de Belém M12

Na Póvoa de Varzim, no Cine-Teatro Garrett a 4 de Janeiro de 2020

Devem ser muito raras as pessoas que são completamente normais, lá no fundo das vidas privadas de cada um. Tudo depende de um dado conjunto de circunstâncias. Se todas as geringonças cósmicas se fundem ao mesmo tempo e se solta a faísca certa, sabe-se lá o que uma pessoa não será capaz de fazer.

Noël Coward, Vidas Íntimas

"A frivolidade só é frívola para aqueles que não são frívolos", diz a Madame De na obra-prima de Max Ophüls. E podia aplicar-se a este teatro de dinner jackets, champanhe, rosas, camélia e muita malícia. Mas vistas agora estas Private Lives são uma das mais cruéis análises das relações matrimoniais. Sob a doçura de uma primavera na Cote d´Azur quanto veneno, quanta maldade, quanto amor perdido? Uma obra-prima que queremos revisitar, um grande autor "menorizado" e fundamental. Depois de Pinter, Williams, Miller, quem? E com um sorriso de compreensão pelas fraquezas humanas.

Jorge Silva Melo

Fotografia © Jorge Gonçalves

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Em breve, no Teatro da Politécnica, estreamos A MÁQUINA HAMLET de Heiner Müller. E VIDAS ÍNTIMAS, de Noël Coward seguirá para o Cine-Teatro Garrett, na Póvoa de Varzim, onde se apresenta a 4 de Janeiro. E são os últimos dias para assinar os Livrinhos de Teatro para 2020.


A MÁQUINA HAMLET de Heiner Müller Tradução Maria Adélia Silva Melo e Jorge Silva Melo Com Américo Silva, André Loubet, Hugo TouritaInês Pereira, João Estima, João Madeira, João Pedro Mamede e José Vargas Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Música original João Madeira Luz Pedro Domingos Assistência de Encenação Inês Pereira Encenação Jorge Silva Melo M12

No Teatro da Politécnica de 15 de Janeiro a 22 de Fevereiro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª  e 6ª às 21h00  |   Sáb às 16h00 e 21h00

Quero habitar nas minhas veias, na medula dos meus ossos, no labirinto do meu crânio.

Heiner Müller, A Máquina Hamlet

Um homem ergue-se das ruínas da história para anunciar que foi Hamlet. Para escapar à violência cíclica e contínua da história, o passado é questionado e desconstruído. Longe da narrativa psicológica, a paisagem da revolução traída. "O slogan da era Napoleónica ainda se aplica: Teatro é a Revolução em marcha."

Ainda li este texto manuscrito, passado clandestinamente da antiga RDA até à casa de Jean Jourdheuil no Bolulevard St Germain, em Paris onde tantas noites ouvi Heiner conversar bebendo uísque e café até nascer o dia. Traduzi-o então (1977?), no rescaldo do 25 de Novembro, quando sobre os nossos desejos se erguia a asa da normalização democrática. Li-o vezes sem conta, voltei a traduzi-lo. E eis que chega a altura de o lembrar. De o fazer com actores novos com quem quero conversar sobre o que perdemos, o que quisemos, o que tentámos, o que traímos, o que não soubemos,  o preço desta vida que lhes deixamos, e as mulheres. E claro, convosco, falar da Esperança, imensa Maldição. Volto a Heiner Müller como quem volta àquelas longas conversas na cozinha do Jean. “Olha, já é manhã! Temos de ir dormir!”

JSM


Fotografia © Jorge Gonçalves



VIDAS ÍNTIMAS de Noël Coward Tradução Miguel Esteves Cardoso Com Rúben Gomes, Rita Durão, Tiago Matias, Vânia Rodrigues, Isabel Muñoz Cardoso Cenografia Rita Lopes Alves e José Manuel Reis Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Apoio Musical Rui Rebelo Encenação Jorge Silva Melo Produção Artistas Unidos Co-Produção Teatro Nacional São João e Centro Cultural de Belém M12

Na Póvoa de Varzim, no Cine-Teatro Garrett a 4 de Janeiro de 2020

Devem ser muito raras as pessoas que são completamente normais, lá no fundo das vidas privadas de cada um. Tudo depende de um dado conjunto de circunstâncias. Se todas as geringonças cósmicas se fundem ao mesmo tempo e se solta a faísca certa, sabe-se lá o que uma pessoa não será capaz de fazer.

Noël Coward, Vidas Íntimas

"A frivolidade só é frívola para aqueles que não são frívolos", diz a Madame De na obra-prima de Max Ophüls. E podia aplicar-se a este teatro de dinner jackets, champanhe, rosas, camélia e muita malícia. Mas vistas agora estas Private Lives são uma das mais cruéis análises das relações matrimoniais. Sob a doçura de uma primavera na Cote d´Azur quanto veneno, quanta maldade, quanto amor perdido? Uma obra-prima que queremos revisitar, um grande autor "menorizado" e fundamental. Depois de Pinter, Williams, Miller, quem? E com um sorriso de compreensão pelas fraquezas humanas.
Jorge Silva Melo


Fotografia © Jorge Gonçalves



Assinaturas Livrinhos de Teatro 2020

Vamos continuar com os Livrinhos de Teatro. Em 2020, queremos editar 10 volumes. Enviaremos 4 remessas durante o ano. Sem portes de correio. Mas, se preferir levantar os seus livros no Teatro da Politécnica, oferecemos-lhe 1 bilhete para qualquer espectáculo dos Artistas Unidos no Teatro da Politécnica em 2020.

Quanto tem de pagar? 50 euros no acto da assinatura. Por transferência bancária IBAN PT50 0007 0018 00257 880006 19

FEVEREIRO

Ödon von Horvath - Noite Italiana/ Fé, Esperança e Caridade
Jean Cocteau – A Águia Das Duas Cabeça/ Os Pais Terríveis

MAIO

Lluïsa Cunillé – Dinamarca/ Sul/ Boria
Roger Vitrac - Victor ou as Crianças no Poder
Ricardo Neves-Neves - Swimming Pool Party/ Banda Sonora

SETEMBRO

García Lorca - A Casa de Bernarda Alba/ Bodas de Sangue
García Lorca - Mariana Pineda/ A Sapateira Prodigiosa
Giovanni Testori – Conversa com a Morte

NOVEMBRO

Yannis Mavritsakis – V.I.T.R.I O.L./ Ponto Cego
Witold Gombrowicz -Opereta / História

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Termina já este sábado, 14, a carreira de VEMO-NOS AO NASCER DO DIA de Zinnie Harris. Até esse dia, pode também ver no Teatro da Politécnica a exposição DE NOITE, TODOS OS GATOS de João Gabriel. No mesmo dia, VIDAS ÍNTIMAS de Noël Coward estará em Ponte de Lima, no Teatro Diogo Bernardes. E em Cascais, na Casa Sommer, também no sábado 14, Luís Lucas e Manuel Wiborg lêem o Cancioneiro de Natal de David Mourão-Ferreira.


VEMO-NOS AO NASCER DO DIA de Zinnie Harris Tradução Francisco Frazão Com Andreia Bento e Joana Bárcia Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistência de Encenação Inês Pereira Encenação Pedro Carraca Uma produção Artistas Unidos M14

No Teatro da Politécnica de 6 de Novembro a 14 de Dezembro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. 16h00 e às 21h00

Helen
 Eu tinha-te ajudado se pudesse.
Robyn Também eu. Já disse que está tudo bem.
Helen Teria nadado de volta para te ir buscar. Teria feito tudo por ti, só que -

Zinnie Harris, Vemo-nos ao nascer do dia

Estamos junto ao mar, e houve um naufrágio. Duas mulheres. Uma delas vê a outra surgir na neblina. Tentam reconstruir o que se passou para perceber como chegaram ali e como podem voltar a terra. Mas nada é o que parece. Quem já perdeu alguém perceberá este desejo de mais uns minutos com a pessoa amada.

“Meet me at Dawn é uma peça sobre o amor e o luto. Queria que a peça tivesse uma relação com o mito de Orfeu e Eurídice, um mito criado para abordar a impossibilidade da morte; quando alguém morre, simplesmente não conseguimos aceitar que nunca mais veremos essa pessoa. Mas, e se pudéssemos ver essa pessoa mais uma vez? A forma não naturalista do teatro permite-nos imaginar um pouco de pó mágico e apresentar essa possibilidade.”
Zinnie Harris
Fotografia © Jorge Gonçalves



DE NOITE, TODOS OS GATOS de João Gabriel

No Teatro da Politécnica de 6 de Novembro a 14 de Dezembro
3ª a 6ª das 17h00 | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo

Entrevêem-se corpos à distância. É nesta penumbra, olhando as personagens destas histórias e as acções congeladas num tempo impossível de localizar, que se encontram os gatos. Esguios observadores, os seus contornos tão indefinidos como os das figuras que desenham contra a escuridão, são espectadores passivos do que se faz nas sombras. São eles que vêem quem olha e quem é olhado, sem nunca intervir no enquadramento, existindo num plano intocável duma narrativa tão maleável e lúbrica quanto a sua compleição. De noite, todos os corpos, e todos os gatos, são pardos.

Marta Espiridião
Curadoria: Marta Espiridião
Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian

Fotografia © Jorge Gonçalves



VIDAS ÍNTIMAS de Noël Coward Tradução Miguel Esteves Cardoso Com Rúben Gomes, Rita Durão, Tiago Matias, Vânia Rodrigues, Isabel Muñoz Cardoso Cenografia Rita Lopes Alves e José Manuel Reis Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Apoio Musical Rui Rebelo Encenação Jorge Silva Melo Produção Artistas Unidos Co-Produção Teatro Nacional São João e Centro Cultural de Belém M12

Em Ponte de Lima, no Teatro Diogo Bernardes a 14 de Dezembro de 2019

Devem ser muito raras as pessoas que são completamente normais, lá no fundo das vidas privadas de cada um. Tudo depende de um dado conjunto de circunstâncias. Se todas as geringonças cósmicas se fundem ao mesmo tempo e se solta a faísca certa, sabe-se lá o que uma pessoa não será capaz de fazer.

Noël Coward, Vidas Íntimas


"A frivolidade só é frívola para aqueles que não são frívolos", diz a Madame De na obra-prima de Max Ophüls. E podia aplicar-se a este teatro de dinner jackets, champanhe, rosas, camélia e muita malícia. Mas vistas agora estas Private Lives são uma das mais cruéis análises das relações matrimoniais. Sob a doçura de uma primavera na Cote d´Azur quanto veneno, quanta maldade, quanto amor perdido? Uma obra-prima que queremos revisitar, um grande autor "menorizado" e fundamental. Depois de Pinter, Williams, Miller, quem? E com um sorriso de compreensão pelas fraquezas humanas.
Jorge Silva Melo

Fotografia © Jorge Gonçalves



EM VOZ ALTA
os nossos poetas
leituras de poesia portuguesa pelos Artistas Unidos

Eu gosto de ler em voz alta, eu gosto de ouvir poesia lida pelos actores com quem trabalho, eu gosto de poesia lida para várias pessoas, eu gosto de leituras de poesia, ver gente, sentir gente à volta das palavras suspensas do poeta.

Em Cascais, na Casa Sommer, às 18h30:Sábado, 14 de Dezembro - Cancioneiro de Natal de David Mourão-Ferreira por Luís Lucas e Manuel Wiborg.

Fotografia © Jorge Gonçalves

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Já assinou os Livrinhos de Teatro 2020? Ainda pode assinar! E que tal oferecer? Se levantar os Livrinhos no Teatro da Politécnica oferecemos um bilhete para qualquer espectáculo dos Artistas Unidos neste teatro.


Assinaturas Livrinhos de Teatro 2020
Vamos continuar com os Livrinhos de Teatro. Em 2020, queremos editar 10 volumes. Enviaremos 4 remessas durante o ano. Sem portes de correio. Mas, se preferir levantar os seus livros no Teatro da Politécnica, oferecemos-lhe 1 bilhete para qualquer espectáculo dos Artistas Unidos no Teatro da Politécnica em 2020.
Quanto tem de pagar? 50 euros no acto da assinatura. Por transferência bancária IBAN PT50 0007 0018 00257 880006 19

FEVEREIRO

Ödon von Horvath - Noite Italiana/ Fé, Esperança e Caridade
Jean Cocteau – A Águia Das Duas Cabeça/ Os Pais Terríveis

MAIO

Lluïsa Cunillé – Dinamarca/ Sul/ Boria
Roger Vitrac - Victor ou as Crianças no Poder
Ricardo Neves-Neves - Swimming Pool Party/ Banda Sonora

SETEMBRO

García Lorca - A Casa de Bernarda Alba/ Bodas de Sangue
García Lorca - Mariana Pineda/ A Sapateira Prodigiosa
Giovanni Testori – Conversa com a Morte

NOVEMBRO
Yannis Mavritsakis – V.I.T.R.I O.L./ Ponto Cego
Witold Gombrowicz -Opereta / História

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Últimas semanas de VEMO-NOS AO NASCER DO DIA de Zinnie Harris. Só até sábado, 14 de Dezembro, no Teatro da Politécnica. Também até esse dia temos a exposição DE NOITE, TODOS OS GATOS de João Gabriel. E a 6 de Dezembro estaremos no Teatro Aveirense com VIDAS ÍNTIMAS de Noël Coward e NESTES ÚLTIMOS TEMPOS de Jorge Gonçalves. E não se esqueça de assinar os Livrinhos de Teatro para 2020!


VEMO-NOS AO NASCER DO DIA de Zinnie Harris Tradução Francisco Frazão Com Andreia Bento e Joana Bárcia Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistência de Encenação Inês Pereira Encenação Pedro Carraca Uma produção Artistas Unidos M14

No Teatro da Politécnica de 6 de Novembro a 14 de Dezembro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. 16h00 e às 21h00

Helen
 Eu tinha-te ajudado se pudesse.
Robyn Também eu. Já disse que está tudo bem.
Helen Teria nadado de volta para te ir buscar. Teria feito tudo por ti, só que -
Zinnie Harris, Vemo-nos ao nascer do dia


Estamos junto ao mar, e houve um naufrágio. Duas mulheres. Uma delas vê a outra surgir na neblina. Tentam reconstruir o que se passou para perceber como chegaram ali e como podem voltar a terra. Mas nada é o que parece. Quem já perdeu alguém perceberá este desejo de mais uns minutos com a pessoa amada.

“Meet me at Dawn é uma peça sobre o amor e o luto. Queria que a peça tivesse uma relação com o mito de Orfeu e Eurídice, um mito criado para abordar a impossibilidade da morte; quando alguém morre, simplesmente não conseguimos aceitar que nunca mais veremos essa pessoa. Mas, e se pudéssemos ver essa pessoa mais uma vez? A forma não naturalista do teatro permite-nos imaginar um pouco de pó mágico e apresentar essa possibilidade.”
Zinnie Harris

Fotografia © Jorge Gonçalves



DE NOITE, TODOS OS GATOS de João Gabriel

No Teatro da Politécnica de 6 de Novembro a 14 de Dezembro
3ª a 6ª das 17h00 | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo

Entrevêem-se corpos à distância. É nesta penumbra, olhando as personagens destas histórias e as acções congeladas num tempo impossível de localizar, que se encontram os gatos. Esguios observadores, os seus contornos tão indefinidos como os das figuras que desenham contra a escuridão, são espectadores passivos do que se faz nas sombras. São eles que vêem quem olha e quem é olhado, sem nunca intervir no enquadramento, existindo num plano intocável duma narrativa tão maleável e lúbrica quanto a sua compleição. De noite, todos os corpos, e todos os gatos, são pardos.

Marta Espiridião
Curadoria: Marta Espiridião
Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian

Fotografia © Jorge Gonçalves



VIDAS ÍNTIMAS de Noël Coward Tradução Miguel Esteves Cardoso Com Rúben Gomes, Rita Durão, Tiago Matias, Vânia Rodrigues, Isabel Muñoz Cardoso Cenografia Rita Lopes Alves e José Manuel Reis Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Apoio Musical Rui Rebelo Encenação Jorge Silva Melo Produção Artistas Unidos Co-Produção Teatro Nacional São João e Centro Cultural de Belém M12

No Teatro Aveirense a 6 de Dezembro de 2019

Devem ser muito raras as pessoas que são completamente normais, lá no fundo das vidas privadas de cada um. Tudo depende de um dado conjunto de circunstâncias. Se todas as geringonças cósmicas se fundem ao mesmo tempo e se solta a faísca certa, sabe-se lá o que uma pessoa não será capaz de fazer.
Noël Coward, Vidas Íntimas


"A frivolidade só é frívola para aqueles que não são frívolos", diz a Madame De na obra-prima de Max Ophüls. E podia aplicar-se a este teatro de dinner jackets, champanhe, rosas, camélia e muita malícia. Mas vistas agora estas Private Lives são uma das mais cruéis análises das relações matrimoniais. Sob a doçura de uma primavera na Cote d´Azur quanto veneno, quanta maldade, quanto amor perdido? Uma obra-prima que queremos revisitar, um grande autor "menorizado" e fundamental. Depois de Pinter, Williams, Miller, quem? E com um sorriso de compreensão pelas fraquezas humanas.
Jorge Silva Melo

O texto está editado nos Livrinhos de Teatro nº73 (Artistas Unidos/Cotovia).
Fotografia © Jorge Gonçalves



NESTES ÚLTIMOS TEMPOS de Jorge Gonçalves

No Teatro Aveirense de 6 de Dezembro a 25 de Janeiro


Inauguração a 6 de Dezembro às 21h00

São retratos, são cenas de peças, são planos gerais, são cenas de conjunto, são momentos. Jorge Gonçalves fotografa-nos  desde 1998. E agora, depois de exposição do Teatro da Politécnica, começamos a mostrá-los nos locais nossos amigos. Tanta gente, nestes últimos tempos. Com o coração.
Jorge Silva Melo
Fotografia © Jorge Gonçalves



Assinaturas Livrinhos de Teatro 2020

Vamos continuar com os Livrinhos de Teatro. Em 2020, queremos editar 10 volumes. Enviaremos 4 remessas durante o ano. Sem portes de correio. Mas, se preferir levantar os seus livros no Teatro da Politécnica, oferecemos-lhe 1 bilhete para qualquer espectáculo dos Artistas Unidos no Teatro da Politécnica em 2020.

Quanto tem de pagar? 50 euros no acto da assinatura. Por transferência bancária IBAN PT50 0007 0018 00257 880006 19

FEVEREIRO

Ödon von Horvath - Noite Italiana/ Fé, Esperança e Caridade
Jean Cocteau – A Águia Das Duas Cabeça/ Os Pais Terríveis

MAIO

Lluïsa Cunillé – Dinamarca/ Sul/ Boria
Roger Vitrac - Victor ou as Crianças no Poder
Ricardo Neves-Neves - Swimming Pool Party/ Banda Sonora

SETEMBRO

García Lorca - A Casa de Bernarda Alba/ Bodas de Sangue
García Lorca - Mariana Pineda/ A Sapateira Prodigiosa
Giovanni Testori – Conversa com a Morte

NOVEMBRO
Yannis Mavritsakis – V.I.T.R.I O.L./ Ponto Cego
Witold Gombrowicz -Opereta / História