3ª a 5ª às 19h00 | 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
14 de Março às 21h00 – Estreia
14 e 15 de Março são dias de entrada livre.
… se é que tenho alguma esperança / sim / em mim é que não tenho /
esperança nenhuma / isso é certo
Jon Fosse, Foi Assim
Foi Assim é um solo. Um homem no fim
da sua vida, um artista, um pintor, faz um balanço da sua existência, dos seus
afectos, da sua condição. Um exercício individualista ao estilo Fosse, de
escrita rarefeita e com muitas repetições, um ruminar de sentidos e de
emoções.
Jon Fosse foi o autor do primeiro espectáculo que apresentámos no espaço A
Capital, em 2000: Vai Vir Alguém. Com a vinda do autor a Lisboa, através
da realização de conversas e leituras e de uma continuada apresentação do seu
trabalho, estabelecemos uma relação próxima com a sua obra.
Uma das frases que mais me marcou, das primeiras vezes que falou da sua
escrita, foi ter referido que tinha sido cantor de uma banda de punk-rock e que
escrevia como um baixista, “como se as palavras fossem as notas graves e
quentes de um baixo.” Esta confissão veio a comprovar-se na musicalidade da sua
escrita; das repetições, dos parágrafos, das pausas e da meticulosa estrutura.
Como se tornasse o trabalho de repetição do texto por parte do actor em escrita
dramática, sabendo que cada vez que um actor repete a mesma frase, vai
revelando a multiplicidade de sentidos, tonalidades, nuances e um mais profundo
sentido poético. Jon Fosse cria as suas personagens, leves e violentas, com uma
escrita rarefeita, despojada, musical, que vai revelando ecos e resquícios –
porque é predominante o passado –, onde o silêncio domina.
António Simão
Andreia Bento, António Simão, Daniel Martinho, Elsa Galvão, Hugo Samora, Inês Pereira, Isabel Muñoz Cardoso, Ivo Canelas, Joana Bárcia, João Meireles, João Pedro Mamede, João Saboga, Lia Gama, Manuel Wiborg, Miguel Borges, Nuno Gonçalo Rodrigues, Pedro Lacerda, Sylvie Rocha...
lêem excertos de
ANTÓNIO, UM RAPAZ DE LISBOA, O FIM OU TENDE MISERICÓRDIA DE NÓS, PROMETEU AGRILHOADO/LIBERTADO,O NAVIO DOS NEGROS, FALA DA CRIADA DOS NOAILLES QUE NO FIM DE CONTAS VAMOS DESCOBRIR CHAMAR-SE TAMBÉM SÉVERINE NUMA NOITE DO INVERNO 1975 EM HYÈRES de Jorge Silva Melo
E, ainda, CONFERÊNCIA DE IMPRENSA E OUTRAS ALDRABICES de Harold Pinter e Spiro Scimone.
3ª às 19h00
A entrada é livre. Os bilhetes podem ser levantados no próprio dia, na bilheteira, a partir das 17h00.
A CORAGEM DA MINHA MÃE de George Tabori Tradução Antonio Conde Com Pedro Carraca, Antónia Terrinha, Hélder Braz e vozes de Carla Bolito, Américo Silva, António Simão, João Meireles, Jorge Silva Melo, Nuno Gonçalo Rodrigues, Pedro Caeiro e Tiago Matias Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Encenação Jorge Silva Melo M12
Na Covilhã, no Auditório do
Teatro das Beiras a 15 de Março
4ª às 21h30
Na Moita, no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo a 25 de Março
Sáb. às 21h30
George Tabori, A Coragem da Minha Mãe
Chegam novos Livrinhos de
Teatro à nossa livraria:
Nº 165 - Trilogia do Fim do Mundo de Alex Cassal
Nº 166 - Agora o Riso / Febre dos Fenos de Noël Coward
Para mais informações: asimao@artistasunidos.pt
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