FOI ASSIM de
Jon Fosse Tradução Pedro
Porto Fernandes Com José
Raposo Cenografia e
Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Ponto Sara Barradas Assistente de encenação
Pedro Cruzeiro Encenação António
Simão M12
No Teatro da Politécnica de 14 de Março a 15 de Abril
3ª a 5ª às 19h00 | 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Sessão especial de entrada livre na 2ª 27 de Março, Dia Mundial do Teatro.
Mediante reserva e sujeito à lotação da sala.
… se é que tenho alguma esperança / sim / em mim é que não tenho / esperança nenhuma / isso é certo
Jon Fosse, Foi Assim
Foi Assim é um solo. Um homem no fim da sua vida, um artista, um pintor, faz um balanço da sua existência, dos seus afectos, da sua condição. Um exercício individualista ao estilo Fosse, de escrita rarefeita e com muitas repetições, um ruminar de sentidos e de emoções.
Jon Fosse foi o autor do primeiro espectáculo que apresentámos no espaço A Capital, em 2000: Vai Vir Alguém. Com a vinda do autor a Lisboa, através da realização de conversas e leituras e de uma continuada apresentação do seu trabalho, estabelecemos uma relação próxima com a sua obra.
Uma das frases que mais me marcou, das primeiras vezes que falou da sua escrita, foi ter referido que tinha sido cantor de uma banda de punk-rock e que escrevia como um baixista, “como se as palavras fossem as notas graves e quentes de um baixo.” Esta confissão veio a comprovar-se na musicalidade da sua escrita; das repetições, dos parágrafos, das pausas e da meticulosa estrutura. Como se tornasse o trabalho de repetição do texto por parte do actor em escrita dramática, sabendo que cada vez que um actor repete a mesma frase, vai revelando a multiplicidade de sentidos, tonalidades, nuances e um mais profundo sentido poético. Jon Fosse cria as suas personagens, leves e violentas, com uma escrita rarefeita, despojada, musical, que vai revelando ecos e resquícios – porque é predominante o passado –, onde o silêncio domina.
António Simão
Fotografia © Jorge Gonçalves
AVÓ Não estejas tão zangado, é a tua família, é assim. Que hás-de
fazer?
Claudio Tolcachir, A Omissão da Família Coleman
Uma família à beira da
dissolução, vivendo juntos numa casa. A difícil construção de espaços pessoais
e o complexo conciliar dos espaços partilhados, tão presente na nossa memória
pelo confinamento que nos fechou com aqueles que connosco dividem a casa. Uma
coexistência impossível num ambiente de caos e privação. A omissão é a regra
que rege as relações familiares, até que um acontecimento inesperado obriga a
família a confrontar-se com uma nova realidade. A Omissão da Família Coleman é
uma comédia dramática que explora com humor e sensibilidade o absurdo da vida
quotidiana e o desamparo humano.
Pedro Carraca
Fotografia © Jorge Gonçalves
TERTÚLIA JORDI GALCERAN
Conversa com o dramaturgo
catalão
Promovida
pelo Institut Ramon Llull e o núcleo de Estudos Catalães do Departamento de
Linguística Geral e Românica da FLUL.
No Teatro da Politécnica a
19 de Abril
4ª às 17h00
Jordi
Galceran é um escritor e tradutor nascido em Barcelona que se deu a conhecer
internacionalmente a partir da obra O Método Grönholm. Esta peça chegou
a Portugal em 2005, com uma tradução de Joana Frazão. Também se apresentaram em
Lisboa outras peças, como Fuga (2012), traduzida por Joaquim Monchique,
e O Crédito (2022), com a tradução e encenação da actriz Rita Lello.
Fotografia © David Ruano
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