segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

E até 28 de Fevereiro, no São Luiz, GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE de Tennessee Williams. E hoje, pelas 18.30, o filme é BARTOLOMEU CID DOS SANTOS: POR TERRAS DEVASTADAS. Enquanto no Teatro da Politécnica, Ricardo Neves-Neves estreia A NOITE DA DONA LUCIANA, um Copi!



GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE de Tennessee Williams Tradução Helena Briga Nogueira Com Catarina WallensteinRúben GomesAmérico SilvaIsabel Muñoz CardosoJoão MeirelesJoão VazTiago MatiasVânia RodriguesRafael Barreto e as estagiárias da ESTC Inês Laranjeira e Margarida Correia Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Construção Thomas Kahrel Luz Pedro Domingos Som André Pires Operação de Som Flávio Martins Fotografia Jorge Gonçalves Assistência Leonor Carpinteiro Produção Executiva João Meireles e João Chicó Encenação Jorge Silva Melo Uma Produção Artistas Unidos/ Teatro Viriato / Fundação Centro Cultural de Belém / Teatro Nacional S. João, com o apoio do Centro Cultural do Cartaxo M16
 

No S. Luiz Teatro Municipal de 18 a 28 de Fevereiro de 2016

 
PAPÁ POLLITT (devagar e num tom violento): MALDITOS SEJAM TODOS OS MENTIROSOS E MENTIROSAS! FILHOS DA PUTA (...) Sim, todos mentirosos, todos mentirosos, todos mentirosos, moribundos mentirosos. (...) Mentirosos, moribundos, mentirosos!

Tennessee Williams, Gata em Telhado de Zinco Quente

 
Um casamento destruído pelo álcool, a ausência de filhos, mistérios e mentiras. Heranças, valores, filhos, sexo. E a doença, a morte. O que é a propriedade privada?


Gata em Telhado de Zinco Quente é uma tragédia: a passagem do mundo velho a um novo que não há meio de nascer. No trágico Sul de Tennessee Williams tudo se agita em volta do dinheiro. Estreada em Nova Iorque em 1955 com direcção de Elia Kazan, esta peça ficou célebre graças ao belíssimo filme com Elizabeth Taylor, Paul Newman e Burl Ives nos papéis principais. No entanto, que a versão de Kazan, quer filme realizado por Richard Brooks em 1958 evitaram muitos dos problemas da peça original.
Será possível devolver ao teatro aquilo que aparentemente o cinema fixou para sempre? Será possível voltar a fazer estas peças sem as cores esplendorosas de Hollywood? Será possível ver outra vez Maggie, a Gata como uma aventureira que a falta de dinheiro cega? Será possível voltar a pôr no palco estes dilemas, esta ansiedade, esta sofreguidão? Eu aposto que sim. Mas é uma peça de teatro.

Jorge Silva Melo 

Fotografia © Jorge Gonçalves




Por ocasião da exposição Narrativa de uma Colecção – Arte Portuguesa na Colecção da Secretaria de Estado da Cultura (1960-1990), (actualmente no novo espaço do MNAC-MC na Rua Capelo), o São Luiz Teatro Municipal e o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado promovem uma mostra dos filmes realizados pelos Artistas Unidos sobre artistas cujas obras integram a colecção.
Continuamos o ciclo A PALAVRA AOS ARTISTAS com a projecção de Bartolomeu Cid dos Santos: Por Terras Devastadas de Jorge Silva Melo, no dia 22 de Fevereiro, pelas 18h30, no São Luiz Teatro Municipal.



Bartolomeu Cid dos Santos: Por Terras Devastadas Argumento e Realização Jorge Silva Melo Depoimentos Alan Sillitoe, Hélder Macedo, João Cutileiro, John Aiken, Manuel Augusto Araújo, Paula Rego, Valter Vinagre Imagem José Luís Carvalhosa Som Armanda Carvalho Montagem Vítor AlvesAssistente de montagem Miguel Aguiar Mistura de som Tiago Matos Assistência de realização Maria do Mar Fazenda, Andreia Bento Produção João Matos, Joana Cunha Ferreira, Alexandra Caiano ProdutorPedro Borges Apoio Câmara Municipal de Tavira, Instituto Camões Produtor associado Artistas UnidosUma produção Midas Filmes © 2009 RTP 2

 
Um mundo crepuscular, o do fim dos muitos impérios, será o mundo de Bartolomeu. Que, em 65, criou uma das primeiras metáforas contra o Poder Colonial Português, a gravura "Portuguese Men of War". E que no fim da vida, com fúria visível e renovada vitalidade, se insurge contra a Nova Ordem Mundial. Mas um mundo também no anoitecer dos sentimentos amorosos, à procura de mais alguma coisa, de algum além para além do mar. Entre conversas com Bartolomeu e alguns dos seus mais próximos (como Paula Rego, Helder Macedo, John Aiken, Manuel Augusto Araújo, Valter Vinagre), procuro fazer um breve restrato deste homem das sete partidas do mundo, artista multifacetado, irónico, romântico, terno, grande conhecedor do mundo, das viagens e das técnicas, grande conhecedor das letras, e fazer ver como ele, em cada obra que faz, gravura, pintura, escultura ou... convoca todo o tempo passado, todas as terras distantes, sabendo, com Eliot, que "tempo passado e tempo futuro estão ambos presentes no tempo presente".
Um retrato de um homem que, aos 14 anos, no Chrysler do seu avô, foi de Lisboa a Paris em 1946, e viu desfilar a terra devastada depois da II Guerra Mundial.
E é por terras devastadas, ruínas, labirintos, mares que ele, sempre menino e sempre marinheiro, procura... e procura o quê? 

Próxima sessão:
14 MAR 

Segunda às 18h30 
ÂNGELO DE SOUSA
Conversa com José Gil

(2010, 60 min, a classificar pela CCE)

Pode consultar toda a programação aqui.





A NOITE DA DONA LUCIANA de Copi Tradução Isabel Alves Com Custódia GallegoJosé Leite, Patrícia Andrade, Rafael Gomes, Rita Cruz e Vítor Oliveira Figurinos José António Tenente Luz Elduplo MúsicaSérgio Delgado Fotografias Alípio Padilha Designer Pedro Frois Meneses Vídeo Promocional Eduardo Breda Comunicação Mafalda Simões Assistência de encenação Catarina Rôlo Salgueiro Encenação Ricardo Neves-Neves Produção Teatro do Eléctrico M16

No Teatro da Politécnica de 24 de Fevereiro a 19 de Março
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00


MAQUINISTA Até que horas vamos ficar?
AUTOR Que horas são?
MAQUINISTA Três e vinte cinco da manhã.
ACTRIZ Via láctea: reboliço entre as vacas.

Copi, A Noite da Dona Luciana

A Noite da Dona Luciana (1985) é uma comédia irreverente e florida, ao estilo de Copi. Num teatro acontece um ensaio tardio, onde estão presentes o autor, a actriz e o maquinista. O ensaio é interrompido por uma velha stripper transexual, que se envolve num confronto com a Companhia, lançando o espectador numa espiral entre a verdade e o delírio, a paixão e o humor negro.

Fotografia © Alípio Padilha


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

E a partir de 18, no São Luiz, GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE de Tennessee Williams (até 28 de Fevereiro). E na segunda, 22, pelas 18.30 voltam as projecções dos filmes no ciclo A PALAVRA AOS ARTISTAS. O filme é BARTOLOMEU CID DOS SANTOS: POR TERRAS DEVASTADAS e a conversa no final é com Samuel Rama.



GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE de Tennessee Williams Tradução Helena Briga Nogueira Com Catarina WallensteinRúben GomesAmérico SilvaIsabel Muñoz CardosoJoão MeirelesJoão VazTiago MatiasVânia RodriguesRafael Barreto e as estagiárias da ESTC Inês Laranjeira e Margarida Correia Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Construção Thomas Kahrel Luz Pedro Domingos Som André Pires Operação de Som Flávio Martins Fotografia Jorge Gonçalves Assistência Leonor Carpinteiro Produção Executiva João Meireles e João Chicó Encenação Jorge Silva Melo Uma Produção Artistas Unidos/ Teatro Viriato / Fundação Centro Cultural de Belém / Teatro Nacional S. João, com o apoio do Centro Cultural do Cartaxo M16
 
No S. Luiz Teatro Municipal de 18 a 28 de Fevereiro de 20164ª a Sáb. às 21h00 | Dom. às 17h30
RESERVAS | 213 257 650

PAPÁ POLLITT
 (devagar e num tom violento): MALDITOS SEJAM TODOS OS MENTIROSOS E MENTIROSAS! FILHOS DA PUTA (...) Sim, todos mentirosos, todos mentirosos, todos mentirosos, moribundos mentirosos. (...) Mentirosos, moribundos, mentirosos!

Tennessee Williams, Gata em Telhado de Zinco Quente
Um casamento destruído pelo álcool, a ausência de filhos, mistérios e mentiras. Heranças, valores, filhos, sexo. E a doença, a morte. O que é a propriedade privada?

Gata em Telhado de Zinco Quente é uma tragédia: a passagem do mundo velho a um novo que não há meio de nascer. No trágico Sul de Tennessee Williams tudo se agita em volta do dinheiro. Estreada em Nova Iorque em 1955 com direcção de Elia Kazan, esta peça ficou célebre graças ao belíssimo filme com Elizabeth Taylor, Paul Newman e Burl Ives nos papéis principais. No entanto, que a versão de Kazan, quer filme realizado por Richard Brooks em 1958 evitaram muitos dos problemas da peça original.
Será possível devolver ao teatro aquilo que aparentemente o cinema fixou para sempre? Será possível voltar a fazer estas peças sem as cores esplendorosas de Hollywood? Será possível ver outra vez Maggie, a Gata como uma aventureira que a falta de dinheiro cega? Será possível voltar a pôr no palco estes dilemas, esta ansiedade, esta sofreguidão? Eu aposto que sim. Mas é uma peça de teatro.

Jorge Silva Melo 

Fotografia © Jorge Gonçalves



Por ocasião da exposição Narrativa de uma Colecção – Arte Portuguesa na Colecção da Secretaria de Estado da Cultura (1960-1990), (actualmente no novo espaço do MNAC-MC na Rua Capelo), o São Luiz Teatro Municipal e o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado promovem uma mostra dos filmes realizados pelos Artistas Unidos sobre artistas cujas obras integram a colecção.
Continuamos o ciclo A PALAVRA AOS ARTISTAS com a projecção de Bartolomeu Cid dos Santos: Por Terras Devastadas de Jorge Silva Melo, no dia 22 de Fevereiro, pelas 18h30, no São Luiz Teatro Municipal.

Bartolomeu Cid dos Santos: Por Terras Devastadas Argumento e Realização Jorge Silva Melo Depoimentos Alan Sillitoe, Hélder Macedo, João Cutileiro, John Aiken, Manuel Augusto Araújo, Paula Rego, Valter Vinagre Imagem José Luís Carvalhosa Som Armanda Carvalho Montagem Vítor AlvesAssistente de montagem Miguel Aguiar Mistura de som Tiago Matos Assistência de realização Maria do Mar Fazenda, Andreia Bento Produção João Matos, Joana Cunha Ferreira, Alexandra Caiano ProdutorPedro Borges Apoio Câmara Municipal de Tavira, Instituto Camões Produtor associado Artistas UnidosUma produção Midas Filmes © 2009 RTP 2

Um mundo crepuscular, o do fim dos muitos impérios, será o mundo de Bartolomeu. Que, em 65, criou uma das primeiras metáforas contra o Poder Colonial Português, a gravura "Portuguese Men of War". E que no fim da vida, com fúria visível e renovada vitalidade, se insurge contra a Nova Ordem Mundial. Mas um mundo também no anoitecer dos sentimentos amorosos, à procura de mais alguma coisa, de algum além para além do mar. Entre conversas com Bartolomeu e alguns dos seus mais próximos (como Paula Rego, Helder Macedo, John Aiken, Manuel Augusto Araújo, Valter Vinagre), procuro fazer um breve restrato deste homem das sete partidas do mundo, artista multifacetado, irónico, romântico, terno, grande conhecedor do mundo, das viagens e das técnicas, grande conhecedor das letras, e fazer ver como ele, em cada obra que faz, gravura, pintura, escultura ou... convoca todo o tempo passado, todas as terras distantes, sabendo, com Eliot, que "tempo passado e tempo futuro estão ambos presentes no tempo presente".
Um retrato de um homem que, aos 14 anos, no Chrysler do seu avô, foi de Lisboa a Paris em 1946, e viu desfilar a terra devastada depois da II Guerra Mundial.
E é por terras devastadas, ruínas, labirintos, mares que ele, sempre menino e sempre marinheiro, procura... e procura o quê? 

Jorge Silva Melo

Próxima sessão:
14 MAR 

Segunda às 18h30 
ÂNGELO DE SOUSA
Conversa com José Gil

(2010, 60 min, a classificar pela CCE)

Pode consultar toda a programação aqui.



sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Último fim-de-semana de QUARTETO de Heiner Müller no Teatro da Politécnica (acaba no sábado, 13). E de DOCE PÁSSARO DA JUVENTUDE de Tennessee Williams, (acaba domingo, 14, no São Luiz.) Para a semana, volta Tennessee Williams ao São Luiz, sim, GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE estará em cena de 18 a 28 de Fevereiro. E no dia 22 de Fevereiro, às 18h30, o ciclo A PALAVRA AOS ARTISTAS continua com a projecção de BARTOLOMEU CID DOS SANTOS / POR TERRAS DEVASTADAS de Jorge Silva Melo.



QUARTETO de Heiner Müller Tradução Maria Adélia Silva Melo Com Crista Alfaiate e Ivo CanelasCenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistência António SimãoEncenação Jorge Silva Melo M14

Crista Alfaiate e Ivo Canelas vestidos por Fuzão.
No Teatro da Politécnica de 6 de Janeiro a 13 de Fevereiro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00 
Valmont Acho que podia habituar-me a ser mulher, Marquesa.
Merteuil Eu gostaria de poder.
 
Quando escrevo sobre um tema, só me interessa o seu esqueleto. O que me interessou aqui foi analisar as relações entre os sexos, mostrá-las como me parece que são, destruir os preconceitos. O meu impulso fundamental é a destruição.
(...)
No fundo, é o que as crianças fazem aos brinquedos. Às vezes, querem saber o que há lá dentro. E é preciso partir a boneca. E lá dentro, há serradura. E é por isso que isto passa a ser teatro. 
Heiner Müller adaptado de uma conversa com Jean Jourdheuil e jean François Peyret

Fotografia © 
Jorge Gonçalves


DOCE PÁSSARO DA JUVENTUDE de Tennessee Williams Tradução José Agostinho Baptista Com Maria João Luís, Rúben Gomes, Américo Silva, Catarina Wallenstein, Eugeniu Ilco, Isabel Muñoz Cardoso, Nuno PardalPedro Carraca, Pedro Gabriel Marques, Rui Rebelo, Simon Frankel, Tiago Matias, Vânia Rodrigues, Alexandra Pato, Francisco Lobo Faria, João Delgado, João Estima, Mauro Hermínio, Mia Tomé, Nuno Gonçalo Rodrigues e a participação de João Vaz Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Assistência de encenação Leonor Carpinteiro e Nuno Gonçalo Rodrigues Produção Executiva João Meireles Encenação Jorge Silva Melo Uma produção Artistas Unidos/S. Luiz Teatro Municipal/Teatro Nacional S. João M14

No S. Luiz Teatro Municipal de 4 a 14 de Fevereiro de 2016
 
CHANCE - Eu não peço piedade, só peço compreensão – nem sequer isso – não. Apenas o reconhecimento de mim em ti, e do inimigo, o tempo, em todos nós.

Tennessee Williams, Doce Pássaro da Juventude
 
Uma actriz enfrenta o desastre de uma vida, longe dos doces anos da sua juventude. Um rapaz, Chance Wayne, de regresso à terra de onde partiu há anos à conquista do mundo. É Páscoa, mas não haverá ressurreição. Todos procuram voltar a um passado que imaginaram feliz. Enquanto decorre uma sórdida manobra política.


Jorge Silva Melo

Fotografia © Jorge Gonçalves



GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE de Tennessee Williams Tradução Helena Briga Nogueira Com Catarina WallensteinRúben GomesAmérico SilvaIsabel Muñoz CardosoJoão MeirelesJoão VazTiago MatiasVânia RodriguesRafael Barreto e as estagiárias da ESTC Inês Laranjeira e Margarida Correia Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Construção Thomas Kahrel Luz Pedro Domingos Som André Pires Operação de Som Flávio Martins Fotografia Jorge Gonçalves Assistência Leonor Carpinteiro Produção Executiva João Meireles e João Chicó Encenação Jorge Silva Melo Uma Produção Artistas Unidos/ Teatro Viriato / Fundação Centro Cultural de Belém / Teatro Nacional S. João, com o apoio do Centro Cultural do Cartaxo M16

No S. Luiz Teatro Municipal de 18 a 28 de Fevereiro de 2016

PAPÁ POLLITT (devagar e num tom violento): MALDITOS SEJAM TODOS OS MENTIROSOS E MENTIROSAS! FILHOS DA PUTA (...) Sim, todos mentirosos, todos mentirosos, todos mentirosos, moribundos mentirosos. (...) Mentirosos, moribundos, mentirosos!

Tennessee Williams, Gata em Telhado de Zinco Quente

Um casamento destruído pelo álcool, a ausência de filhos, mistérios e mentiras. Heranças, valores, filhos, sexo. E a doença, a morte. O que é a propriedade privada?

Gata em Telhado de Zinco Quente é uma tragédia: a passagem do mundo velho a um novo que não há meio de nascer. No trágico Sul de Tennessee Williams tudo se agita em volta do dinheiro. Estreada em Nova Iorque em 1955 com direcção de Elia Kazan, esta peça ficou célebre graças ao belíssimo filme com Elizabeth Taylor, Paul Newman e Burl Ives nos papéis principais. No entanto, que a versão de Kazan, quer filme realizado por Richard Brooks em 1958 evitaram muitos dos problemas da peça original.
Será possível devolver ao teatro aquilo que aparentemente o cinema fixou para sempre? Será possível voltar a fazer estas peças sem as cores esplendorosas de Hollywood? Será possível ver outra vez Maggie, a Gata como uma aventureira que a falta de dinheiro cega? Será possível voltar a pôr no palco estes dilemas, esta ansiedade, esta sofreguidão? Eu aposto que sim. Mas é uma peça de teatro.

Jorge Silva Melo 

Fotografia © Jorge Gonçalves





Por ocasião da exposição Narrativa de uma Colecção – Arte Portuguesa na Colecção da Secretaria de Estado da Cultura (1960-1990), (actualmente no novo espaço do MNAC-MC na Rua Capelo), o São Luiz Teatro Municipal e o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado promovem uma mostra dos filmes realizados pelos Artistas Unidos sobre artistas cujas obras integram a colecção.

Continuamos o ciclo A PALAVRA AOS ARTISTAS com a projecção de Bartolomeu Cid dos Santos: Por Terras Devastadas de Jorge Silva Melo, no dia 22 de Fevereiro, pelas 18h30, no São Luiz Teatro Municipal.


Bartolomeu Cid dos Santos: Por Terras Devastadas Argumento e Realização Jorge Silva Melo Depoimentos Alan Sillitoe, Hélder Macedo, João Cutileiro, John Aiken, Manuel Augusto Araújo, Paula Rego, Valter Vinagre Imagem José Luís Carvalhosa Som Armanda Carvalho Montagem Vítor AlvesAssistente de montagem Miguel Aguiar Mistura de som Tiago Matos Assistência de realização Maria do Mar Fazenda, Andreia Bento Produção João Matos, Joana Cunha Ferreira, Alexandra Caiano ProdutorPedro Borges Apoio Câmara Municipal de Tavira, Instituto Camões Produtor associado Artistas UnidosUma produção Midas Filmes © 2009 RTP 2


Um mundo crepuscular, o do fim dos muitos impérios, será o mundo de Bartolomeu. Que, em 65, criou uma das primeiras metáforas contra o Poder Colonial Português, a gravura "Portuguese Men of War". E que no fim da vida, com fúria visível e renovada vitalidade, se insurge contra a Nova Ordem Mundial. Mas um mundo também no anoitecer dos sentimentos amorosos, à procura de mais alguma coisa, de algum além para além do mar. Entre conversas com Bartolomeu e alguns dos seus mais próximos (como Paula Rego, Helder Macedo, John Aiken, Manuel Augusto Araújo, Valter Vinagre), procuro fazer um breve restrato deste homem das sete partidas do mundo, artista multifacetado, irónico, romântico, terno, grande conhecedor do mundo, das viagens e das técnicas, grande conhecedor das letras, e fazer ver como ele, em cada obra que faz, gravura, pintura, escultura ou... convoca todo o tempo passado, todas as terras distantes, sabendo, com Eliot, que "tempo passado e tempo futuro estão ambos presentes no tempo presente".

Um retrato de um homem que, aos 14 anos, no Chrysler do seu avô, foi de Lisboa a Paris em 1946, e viu desfilar a terra devastada depois da II Guerra Mundial.

E é por terras devastadas, ruínas, labirintos, mares que ele, sempre menino e sempre marinheiro, procura... e procura o quê? 

Próxima sessão:14 MAR Segunda às 18h30 
ÂNGELO DE SOUSA
Conversa com José Gil

(2010, 60 min, a classificar pela CCE)

Pode consultar toda a programação aqui.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Últimas semanas de QUARTETO de Heiner Müller no Teatro da Politécnica (até sábado, 13). E de DOCE PÁSSARO DA JUVENTUDE de Tennessee Williams, (até 14, no São Luiz.). E da exposição de Álvaro Lapa no Teatro da Politécnica.



QUARTETO de Heiner Müller Tradução Maria Adélia Silva Melo Com Crista Alfaiate e Ivo CanelasCenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistência António SimãoEncenação Jorge Silva Melo M14

Crista Alfaiate e Ivo Canelas vestidos por 
Fuzão.
No Teatro da Politécnica de 6 de Janeiro a 13 de Fevereiro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00 
Valmont Acho que podia habituar-me a ser mulher, Marquesa.
Merteuil Eu gostaria de poder.
 
Quando escrevo sobre um tema, só me interessa o seu esqueleto. O que me interessou aqui foi analisar as relações entre os sexos, mostrá-las como me parece que são, destruir os preconceitos. O meu impulso fundamental é a destruição.
(...)
No fundo, é o que as crianças fazem aos brinquedos. Às vezes, querem saber o que há lá dentro. E é preciso partir a boneca. E lá dentro, há serradura. E é por isso que isto passa a ser teatro. 
Heiner Müller adaptado de uma conversa com Jean Jourdheuil e jean François Peyret

Fotografia © 
Jorge Gonçalves


DOCE PÁSSARO DA JUVENTUDE de Tennessee Williams Tradução José Agostinho Baptista Com Maria João Luís, Rúben GomesAmérico Silva, Catarina Wallenstein, Eugeniu Ilco, Isabel Muñoz Cardoso, Nuno Pardal, Pedro CarracaPedro Gabriel Marques, Rui Rebelo, Simon Frankel, Tiago Matias, Vânia Rodrigues, Alexandra Pato, Francisco Lobo Faria, João Delgado, João Estima, Mauro Hermínio, Mia Tomé, Nuno Gonçalo Rodrigues e a participação de João Vaz Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Assistência de encenação Leonor Carpinteiro e Nuno Gonçalo Rodrigues Produção Executiva João Meireles Encenação Jorge Silva Melo Uma produção Artistas Unidos/S. Luiz Teatro Municipal/Teatro Nacional S. João M14

No Teatro Nacional S. João de 14 a 31 de Janeiro de 2016

No S. Luiz Teatro Municipal de 4 a 14 de Fevereiro de 2016
 
CHANCE - Eu não peço piedade, só peço compreensão – nem sequer isso – não. Apenas o reconhecimento de mim em ti, e do inimigo, o tempo, em todos nós.


Tennessee Williams, Doce Pássaro da Juventude
 
Uma actriz enfrenta o desastre de uma vida, longe dos doces anos da sua juventude. Um rapaz, Chance Wayne, de regresso à terra de onde partiu há anos à conquista do mundo. É Páscoa, mas não haverá ressurreição. Todos procuram voltar a um passado que imaginaram feliz. Enquanto decorre uma sórdida manobra política.

Jorge Silva Melo


Fotografia © Jorge Gonçalves


ÁLVARO LAPA - VOLTAR ÀS MORADAS E OUTRAS HISTÓRIAS
No Teatro da Politécnica de 6 de Janeiro a 13 de Fevereiro


Inauguração a 6 de Janeiro às 21h00


São 14 desenhos, as Moradas da Mãe Terra. Surgiram numa enigmática exposição em 1972   na Buchholz, "Catorze desenhos com as respectivas legendas. Textos-legenda", disse-me o Lapa. Integraram o livro Raso como o chão.  "Lápis, simples lápis. Lápis e papel, ver surgir no papel. Ver surgir a forma, o cenário, as personagens. Foi um acontecimento entre o lápis, o uso do lápis e movimento e o grão do papel. Os meus olhos, a minha cabeça. A descoberta do desenho. Depois não aconteceu mais."  Mais tarde, na Neupergama, em Torres Novas, havia uma série que era a passagem a quadro das Moradas na Mãe Terra. Era uma plastificação. Eu plastifiquei, tornei plásticos. Vi a cor, vi a tela, os desenhos, aqueles mínimos desenhos e autênticos desenhos.

Parceiro: Galeria Neupergama





terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Últimas semanas de QUARTETO de Heiner Müller no Teatro da Politécnica (até sábado, 13). E, a partir de 5ª, 4 de Fevereiro, DOCE PÁSSARO DA JUVENTUDE de Tennessee Williams, de represso ao São Luiz. Mas ainda está a tempo de assinar os Livrinhos de Teatro 2016. E de ver na Sala das Janelas do Teatro da Politécnica a exposição de Álvaro Lapa.


QUARTETO de Heiner Müller Tradução Maria Adélia Silva Melo Com Crista Alfaiate e Ivo Canelas Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistência António Simão Encenação Jorge Silva Melo M14

Crista Alfaiate e Ivo Canelas vestidos por
 Fuzão

No Teatro da Politécnica de 6 de Janeiro a 13 de Fevereiro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00 

Valmont Acho que podia habituar-me a ser mulher, Marquesa.
Merteuil Eu gostaria de poder.
 
Quando escrevo sobre um tema, só me interessa o seu esqueleto. O que me interessou aqui foi analisar as relações entre os sexos, mostrá-las como me parece que são, destruir os preconceitos. O meu impulso fundamental é a destruição.

(...)
No fundo, é o que as crianças fazem aos brinquedos. Às vezes, querem saber o que há lá dentro. E é preciso partir a boneca. E lá dentro, há serradura. E é por isso que isto passa a ser teatro. 
Heiner Müller adaptado de uma conversa com Jean Jourdheuil e jean François Peyret


Fotografia © 
Jorge Gonçalves


DOCE PÁSSARO DA JUVENTUDE de Tennessee Williams Tradução José Agostinho Baptista Com Maria João Luís, Rúben Gomes, Américo SilvaCatarina Wallenstein, Eugeniu Ilco, Isabel Muñoz CardosoNuno Pardal, Pedro CarracaPedro Gabriel Marques, Rui Rebelo, Simon Frankel, Tiago Matias, Vânia Rodrigues, Alexandra Pato, Francisco Lobo Faria, João Delgado, João Estima, Mauro Hermínio, Mia Tomé, Nuno Gonçalo Rodrigues e a participação de João Vaz Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Assistência de encenação Leonor Carpinteiro e Nuno Gonçalo Rodrigues Produção Executiva João Meireles Encenação Jorge Silva Melo Uma produção Artistas Unidos/S. Luiz Teatro Municipal/Teatro Nacional S. João M14

No Teatro Nacional S. João de 14 a 31 de Janeiro de 2016

No S. Luiz Teatro Municipal de 4 a 14 de Fevereiro de 2016
 
CHANCE - Eu não peço piedade, só peço compreensão – nem sequer isso – não. Apenas o reconhecimento de mim em ti, e do inimigo, o tempo, em todos nós.

Tennessee Williams, Doce Pássaro da Juventude

Uma actriz enfrenta o desastre de uma vida, longe dos doces anos da sua juventude. Um rapaz, Chance Wayne, de regresso à terra de onde partiu há anos à conquista do mundo. É Páscoa, mas não haverá ressurreição. Todos procuram voltar a um passado que imaginaram feliz. Enquanto decorre uma sórdida manobra política.
Jorge Silva Melo

Fotografia © 
Jorge Gonçalves


Voltamos às assinaturas dos Livrinhos de Teatro. Em 2016, pensamos editar 9 volumes. Enviaremos 3 remessas durante o ano. Sem portes de correio. Mas, se preferir levantar os seus livros no Teatro da Politécnica, oferecemos-lhe 1 bilhete para qualquer espectáculo dos Artistas Unidos no Teatro da Politécnica em 2016.
Preço : 45 euros pagos no acto da assinatura por cheque para Rua Campo de Ourique, 120 - 1250-062 Lisboa 

ou por transferência bancária NIB 0007 0018 00257 880006 19

Nota: assinaturas até 31 de Janeiro (no caso de não obtermos número suficiente de assinantes devolveremos o dinheiro até fim de Fevereiro).

1ª remessa em Fevereiro

Nº 94 - Pascal Rambert - Final do Amor
Nº 95 - Marguerite Duras – La Musica / Eden cinema


2ª remessa em Julho

Nº 96 - Heiner Müller - Anatomia de Tito / Máquina Hamlet
Nº 97 - Arne Lygre - Desapareço / Nada de mim


3ª remessa em Setembro

Nº 98 - Rodrigo García - Ronald, o palhaço do McDonalds e Outras Peças
Nº 99 - título a indicar


4ª remessa em Novembro

Nº 100 - Arthur Miller Morte de um Caixeiro Viajante / Do Alto da Ponte
Nº 101 - Marguerite Duras – Dias Inteiros Nas árvores / Savannah Bay
Nº 102 - Rodrigo García - Comprei uma pá no Ikea para cavar a minha sepultura e Outras Peças

Se estiver interessado pode fazer a assinatura online.

Ou pode mandar email para abento@artistasunidos.pt.




ÁLVARO LAPA - VOLTAR ÀS MORADAS E OUTRAS HISTÓRIAS


No Teatro da Politécnica de 6 de Janeiro a 13 de Fevereiro

São 14 desenhos, as Moradas da Mãe Terra. Surgiram numa enigmática exposição em 1972   na Buchholz, "Catorze desenhos com as respectivas legendas. Textos-legenda", disse-me o Lapa. Integraram o livro Raso como o chão.  "Lápis, simples lápis. Lápis e papel, ver surgir no papel. Ver surgir a forma, o cenário, as personagens. Foi um acontecimento entre o lápis, o uso do lápis e movimento e o grão do papel. Os meus olhos, a minha cabeça. A descoberta do desenho. Depois não aconteceu mais."  Mais tarde, na Neupergama, em Torres Novas, havia uma série que era a passagem a quadro das Moradas na Mãe Terra. Era uma plastificação. Eu plastifiquei, tornei plásticos. Vi a cor, vi a tela, os desenhos, aqueles mínimos desenhos e autênticos desenhos.




Parceiro: Galeria Neupergama