terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Ensaiamos FOI ASSIM de Jon Fosse, que estreia na 3ª 14 de Março às 21h00 no Teatro da Politécnica. Nesta data celebramos o Jorge às 19h00, com JORGE SILVA MELO - 365 dias depois por actrizes e actores que com ele trabalharam. Na 3ª 7 de Março poderá ouvir PROXIMIDADE de Arne Lygre na Antena 2 – Teatro Sem Fios às 19h00. Este mês chegam novos Livrinhos Trilogia do Fim do Mundo de Alex Cassal e O Riso Agora / Febre dos Fenos de Noël Coward. E ainda vai a tempo de fazer a Assinatura de Livrinhos 2023.

 


FOI ASSIM de Jon Fosse Tradução Pedro Porto Fernandes Com José Raposo Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Ponto Sara Barradas Assistente de encenação Pedro Cruzeiro Encenação António Simão A Classificar pela CCE 

No Teatro da Politécnica de 14 de Março a 15 de Abril
3ª a 5ª às 19h00 | 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
14 de Março às 21h00 – Estreia de entrada livre (sujeito a reserva)

RESERVAS | 961960281 ou bilheteira@artistasunidos.pt
BILHETES | https://artistasunidos.bol.pt/

… se é que tenho alguma esperança / sim / em mim é que não tenho / esperança nenhuma / isso é certo 
Jon Fosse, Foi Assim 

 

Foi Assim é um solo. Um homem no fim da sua vida, um artista, um pintor, faz um balanço da sua existência, dos seus afectos, da sua condição. Um exercício individualista ao estilo Fosse, de escrita rarefeita e com muitas repetições, um ruminar de sentidos e de emoções. 

Jon Fosse foi o autor do primeiro espectáculo que apresentámos no espaço A Capital, em 2000: Vai Vir Alguém. Com a vinda do autor a Lisboa, através da realização de conversas e leituras e de uma continuada apresentação do seu trabalho, estabelecemos uma relação próxima com a sua obra. 
Uma das frases que mais me marcou, das primeiras vezes que falou da sua escrita, foi ter referido que tinha sido cantor de uma banda de punk-rock e que escrevia como um baixista, “como se as palavras fossem as notas graves e quentes de um baixo.” Esta confissão veio a comprovar-se na musicalidade da sua escrita; das repetições, dos parágrafos, das pausas e da meticulosa estrutura. Como se tornasse o trabalho de repetição do texto por parte do actor em escrita dramática, sabendo que cada vez que um actor repete a mesma frase, vai revelando a multiplicidade de sentidos, tonalidades, nuances e um mais profundo sentido poético. Jon Fosse cria as suas personagens, leves e violentas, com uma escrita rarefeita, despojada, musical, que vai revelando ecos e resquícios – porque é predominante o passado –, onde o silêncio domina. 


António Simão 

Fotografia © Jorge Gonçalves



JORGE SILVA MELO – 365 dias depois
Andreia Bento, António Simão, Daniel Martinho, Elsa Galvão, Hugo Samora, Inês Pereira, Isabel Muñoz Cardoso, Ivo Canelas, Joana Bárcia, João Meireles, João Pedro Mamede, João Saboga, Lia Gama, Manuel Wiborg, Miguel Borges, Nuno Gonçalo Rodrigues, Pedro Lacerda, Sylvie Rocha…
lêem excertos de
ANTÓNIO, UM RAPAZ DE LISBOA, O FIM OU TENDE MISERICÓRDIA DE NÓS, PROMETEU AGRILHOADO/LIBERTADO,O NAVIO DOS NEGROS, FALA DA CRIADA DOS NOAILLES QUE NO FIM DE CONTAS VAMOS DESCOBRIR CHAMAR-SE TAMBÉM SÉVERINE NUMA NOITE DO INVERNO 1975 EM HYÈRES de Jorge Silva Melo
E, ainda, CONFERÊNCIA DE IMPRENSA E OUTRAS ALDRABICES de Harold Pinter e Spiro Scimone e ESTA NOITE IMPROVISA-SE de Luigi Pirandello

No Teatro da Politécnica a 14 de Março de 2023

A entrada é livre. Os bilhetes podem ser levantados no próprio dia, na bilheteira, a partir das 17h00.

O teatro não é imitação da vida, não é a gente entrar aqui muito natural de jeans e não sei quê a fingir que está na tasca da esquina a beber uma imperial… há qualquer coisa de sagrado nisto… de pecado e de sagrado.
Jorge Silva Melo, Prometeu Agrilhoado/Libertado

Foram tantos os autores, autoras, tradutores, tradutoras, foram mais de quatrocentas peças editadas,  mais de cento e cinquenta espectáculos, foram exposições, filmes sobre artistas, peças gravadas na rádio, leituras encenadas, seminários, foram textos em publicações, nos prefácios, na imprensa. Foi descobrir novas gerações de actores, actrizes, autores e autoras, foi um pezinho nas artes plásticas, no teatro radiofónico, televisivo. Foi tanta coisa! Foi controvérsia, foi combatividade, foi génio, inconformismo, não cedência, teimosia e foi tanta generosidade, foi tanto saber acumulado e foi também tanta a alegria. Foi estarmos uns com os outros. Uns com os outros olhos nos olhos, dizendo palavras noite dentro.
E cá estamos. Unidos. Cá estamos preocupados, cá estamos decididos, cá estamos a fazer teatro, a ler, a preencher formulários e papéis, a ensaiar, a representar, a encenar, a editar, mas sobretudo… cá estamos juntos. E “a vida continua” como dizia o Jorge, que nesse gesto fundador a que deu o nome de Artistas Unidos abriu espaço e tempo para que uns com os outros pudéssemos continuar.
Artistas Unidos

Fotografia © Susana Paiva


PROXIMIDADE de Arne Lygre 
Tradução Pedro Porto Fernandes 
Com Isabel Muñoz Cardoso, Rita Durão, Pedro Carraca e Simon Frankel 
Direcção de António Simão 

 

Na Antena 2, a 7 de Março às 19h00

Proximidade é o falhanço. A crise de Ela. Ela coloca em causa relações, questiona o tempo e relembra o espaço. Os locais onde foi feliz, onde virá a ser… Os momentos que passaram ou que ainda virão. E os outros, serão passado, serão futuro, acabaram ou ainda chegarão? Estaremos sempre juntos ou estaremos sempre sozinhos? 

UMA ESTRANHA (...) mas, quando deixa de se estar na proximidade do outro, afinal não se criou uma relação suficientemente forte, dilui-se em nada. 

Arne Lygre, Proximidade 

Fotografia © Jorge Gonçalves


Novos Livrinhos de Teatro
Chegam novos Livrinhos de Teatro à nossa livraria


Nº 165 - Trilogia do Fim do Mundo de Alex Cassal 

Nº 166 - Agora o Riso / Febre dos Fenos de Noël Coward



Assinaturas Livrinhos de Teatro 2023


Vamos publicar mais 10 volumes em 2023. Não quer assinar? São 55 euros.     
Para mais informações: asimao@artistasunidos.pt



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