FOI ASSIM de Jon Fosse Tradução Pedro Porto Fernandes Com José Raposo Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Ponto Sara Barradas Assistente de encenação Pedro Cruzeiro Encenação António Simão A Classificar pela CCE
No Teatro da Politécnica de 14 de Março a 15 de Abril
3ª a 5ª às 19h00 | 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
14 de Março às 21h00 – Estreia de entrada livre (sujeito a reserva)
RESERVAS | 961960281 ou bilheteira@artistasunidos.pt
BILHETES | https://artistasunidos.bol.pt/
… se é que tenho alguma esperança / sim / em mim é que não tenho /
esperança nenhuma / isso é certo
Jon Fosse, Foi Assim
Foi Assim é um solo. Um homem no fim
da sua vida, um artista, um pintor, faz um balanço da sua existência, dos seus
afectos, da sua condição. Um exercício individualista ao estilo Fosse, de
escrita rarefeita e com muitas repetições, um ruminar de sentidos e de
emoções.
Jon Fosse foi o autor do primeiro espectáculo que apresentámos no espaço A
Capital, em 2000: Vai Vir Alguém. Com a vinda do autor a Lisboa, através
da realização de conversas e leituras e de uma continuada apresentação do seu
trabalho, estabelecemos uma relação próxima com a sua obra.
Uma das frases que mais me marcou, das primeiras vezes que falou da sua
escrita, foi ter referido que tinha sido cantor de uma banda de punk-rock e que
escrevia como um baixista, “como se as palavras fossem as notas graves e
quentes de um baixo.” Esta confissão veio a comprovar-se na musicalidade da sua
escrita; das repetições, dos parágrafos, das pausas e da meticulosa estrutura.
Como se tornasse o trabalho de repetição do texto por parte do actor em escrita
dramática, sabendo que cada vez que um actor repete a mesma frase, vai
revelando a multiplicidade de sentidos, tonalidades, nuances e um mais profundo
sentido poético. Jon Fosse cria as suas personagens, leves e violentas, com uma
escrita rarefeita, despojada, musical, que vai revelando ecos e resquícios –
porque é predominante o passado –, onde o silêncio domina.
António Simão
Fotografia © Susana Paiva
PROXIMIDADE de Arne Lygre
Tradução Pedro
Porto Fernandes
Com Isabel
Muñoz Cardoso, Rita Durão, Pedro Carraca e Simon Frankel
Direcção de
António Simão
Proximidade é o falhanço. A crise de Ela. Ela coloca em causa relações, questiona o tempo e relembra o espaço. Os locais onde foi feliz, onde virá a ser… Os momentos que passaram ou que ainda virão. E os outros, serão passado, serão futuro, acabaram ou ainda chegarão? Estaremos sempre juntos ou estaremos sempre sozinhos?
UMA ESTRANHA (...) mas, quando deixa de se estar na proximidade do outro, afinal não se criou uma relação suficientemente forte, dilui-se em nada.
Arne Lygre, Proximidade
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informações: asimao@artistasunidos.pt
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