segunda-feira, 4 de março de 2019

Na 5ª 7 de Março, lançamos A MESA ESTÁ POSTA de Jorge Silva Melo. E no Teatro da Politécnica temos GEMINIS de António Torres e Sérgio Diogo Matias Enquanto preparamos BALLYTURK de Enda Walsh, com que comemoraremos o Dia Mundial do Teatro, a 27 de Março. No mesmo dia inauguramos também a exposição NESTES ÚLTIMOS TEMPOS de Jorge Gonçalves. Entretanto, chegam ao fim as digressões de DO ALTO DA PONTE de Arthur Miller que estará em cena em Viana do Castelo, no Teatro Sá de Miranda, a 15 de Março. E na Casa Sommer no sábado 16, Lia Gama, João Meireles e Nuno Gonçalo Rodrigues lêem José Afonso.



Lançamento de A MESA ESTÁ POSTA de Jorge Silva Melo
(Cotovia)
Apresentação Lia Gama, Mariana Maurício e Eduardo Calheiros Figueiredo
Com a presença de Jorge Silva Melo

No Teatro da Politécnica a 7 de Março às 18h30
(Entrada Livre)

São textos dispersos, textos que escrevi, entrevistas, coisas que disse, cinquenta anos de viver e de andar a pensar e a fazer. É uma escolha, são textos díspares em que água mole foi batendo em pedra sempre dura, mas não está cá tudo, nem pensar, há textos perdidos, outros que ficaram de lado, outros que andam por outras recolhas*. São cinquenta anos insistentes, felizes, teimosos, sempre a defender, ó monotonia!, essa coisa mais linda que é viver entre palavras, palavras de outros, antigos, modernos, tantos. São textos recuperados, corrigidos, revistos, alguns inéditos, tanta coisa sobre Teatro, pois é, foi uma vida.

JSM, Dezembro de 2018

* Deixar a Vida, Cotovia, 2002 e Século Passado, Cotovia, 2008 





GEMINIS
Criação, interpretação e figurinos 
António Torres e Sérgio Diogo Matias Música Mestre André Desenho de Luz Carolina Caramelo Fotografia e Vídeo Miguel Bartolomeu Documentação Telma João Santos Apoio Fundação GDA e Temps d´Images

No Teatro da Politécnica de 6 a 9 de Março

4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00

Geminis é uma coreografia interseccional onde, a partir das multiplicidades transversais individuais e biográficas de dois corpos, se procuram unicidades, analogias para a construção e um novo corpo. Desenvolvem-se paradigmas de um corpo de hoje, um corpo referencial, imagético, enérgico, que engole o ar na construção de si, através do encontro e da possibilidade de infiltração no/do outro. Não enquanto projecção, antes enquanto contaminação de lugares comuns.




BALLYTURK de Enda Walsh Tradução Nuno Ventura Barbosa Com Américo Silva, António Simão e Pedro Carraca Cenografia Rita Lopes Alves e José Manuel Reis Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Assistente de Encenação Inês Pereira Produção João Meireles Encenação Jorge Silva Melo A Classificar pela CCE

No Teatro da Politécnica de 27 Março a 4 Maio
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00

VOZ 1 Sempre senti que o meu corpo me seguia.

3 Quer dizer, como um estranho?

VOZ 1 Mais como um amigo de quem fora próximo, mas já não sou.

Ballyturk, Enda Walsh

Dois homens num armazém. Mas onde? Quem são? Que quarto é este e o que poderá estar para além das paredes? Presos numa sala, passam o tempo imaginando que ainda estão numa aldeia irlandesa.

“Enda Walsh é único, só ele sabe aliar o grotesco mais sórdido ao sublime, a tragédia à paródia, só ele pode gostar dos Karamazov e dos Três Estarolas, aliar a cerveja operária ao sonho da vida, só ele sabe encarcerar as personagens nos seus sonhos de poder, pesadelos horrivelmente cómicos, é um extraordinário escritor. É tão bom viver ao mesmo tempo que este rapaz (nasceu em 1967, que raio!) - e ele mostra-me tão bem estes tempos escuros que nos foi dado viver.”
Jorge Silva Melo





NESTES ÚLTIMOS TEMPOS de Jorge Gonçalves

No Teatro da Politécnica de 27 de Março a 4 de Maio
3ª a 6ª das 17h00 | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo

Inauguração a 27 de Março às 21h00
(Entrada Livre)

São retratos, são cenas de peças, são planos gerais, são cenas de conjunto, são momentos. Jorge Gonçalves fotografa os nossos espectáculos desde 1998. E estes são os trabalhos que temos vindo a fazer no Teatro da Politécnica que abrimos a 19 de Outubro de 2011. Sim tantos actores, tantas peças, tantos autores. Tem sido assim a nossa vida. E connosco ficam estes momentos sensíveis. Tanta gente, nestes últimos tempos. Com o coração.





DO ALTO DA PONTE de Arthur Miller Tradução Ana Raquel Fernandes e Rui Pina Coelho Com Américo Silva, Joana Bárcia, Vânia Rodrigues, António Simão,  Bruno Vicente, André Loubet, Tiago Matias, Hugo TouritaGonçalo Carvalho, João Estima, Hélder Braz, Inês Pereira, Romeu Vala e Miguel Galamba Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Produção João Meireles Assistência de Encenação Nuno Gonçalo Rodrigues e Inês Pereira Encenação Jorge Silva Melo M12

Em Viana do Castelo, no Teatro Municipal Sá de Miranda a 15 de Março

Em Coimbra, no Convento de S. Francisco a 22 de Março 

Catherine Diz-me uma coisa. Quer dizer, diz-me só isto, Rodolpho - ainda quererias casar comigo se afinal tivéssemos que ir viver para itália? Se tivesse que ser.
Rodolpho Quem está a perguntar. Tu ou ele?
Arthur Miller, Do Alto da Ponte

Um drama passional, um dilema moral, uma tragédia contemporânea? Nos portos de Nova Iorque, entre emigrantes italianos. A suspeição, o ciúme, a delação, a traição numa altura em que arranca a caça às bruxas do MacCarthismo. Que lei é esta que não respeita a lei de cada um? Quem são os vitoriosos, quais os derrotados? Depois de visitar com regularidade Harold Pinter (15 peças), Pirandello (2), Bertolt Brecht (3) e Tennessee Williams (4), os Artistas Unidos que dedicam particular atenção ao que se escreve agora, entregam-se desta vez ao teatro de Arthur Miller, descobrindo personagens escritos para eles. Traições, contradições, cegueira, leis antigas, leis e morte, sangue de gente pobre. Em palco, falar-se-á de emigrantes, de escolhas difíceis, dos anos 50, dos dias de hoje.





EM VOZ ALTA 
os nossos poetas 
Leituras de poesia portuguesa pelos Artistas Unidos
 
Eu gosto de ler em voz alta, eu gosto de ouvir poesia lida pelos actores com quem trabalho, eu gosto de poesia lida para várias pessoas, eu gosto de leituras de poesia, ver gente, sentir gente à volta das palavras suspensas do poeta.
Em Cascais, na Casa Sommer, às 18h30

16 de Março - José Afonso por Lia Gama, João Meireles e Nuno Gonçalo Rodrigues

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