quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Ano Novo! E chegamos a Lisboa, ao São Luiz, Com DO ALTO DA PONTE de Arthur Miller. De 10 a 27 de Janeiro. Enquanto, no Teatro da Politécnica estaremos com O FILHO de Jon Fosse, do Teatro da Rainha, e preparamos OS ALIENS de Annie Baker que estreia a 23 de Janeiro. E teremos uma exposição de Avelino de Sá, SANGUE BRANCO NA SOMBRA DO PRESENTE. Mas ainda pode assinar os Livrinhos de Teatro 2019: 10 livros por 50 euros. E a 11 e 12 de Janeiro temos o TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras no Teatro do Bolhão.


DO ALTO DA PONTE de Arthur Miller Tradução Ana Raquel Fernandes e Rui Pina Coelho Com Américo Silva (Eddie), Joana Bárcia (Beatrice), Vânia Rodrigues (Catherine), António Simão (Alfieri),  Bruno Vicente (Marco), André Loubet (Rodolpho) Tiago Matias (Primeiro Agente), Hugo Tourita (Louis), Gonçalo Carvalho (Segundo Agente) João Estima (Mike), Hélder Braz (Sr. Lipari), Inês PereiraSara Inês Gigante (Sra. Lipari), Romeu Vala (Tony e Clandestino) e Miguel Galamba (Clandestino) Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Produção João Meireles Assistência de Encenação Nuno Gonçalo RodriguesInês Pereira Encenação Jorge Silva Melo M12
 
No S. Luiz Teatro Municipal de 10 a 27 de Janeiro de 2019
Em Faro, no Teatro das Figuras a 31 de Janeiro de 2019
No Teatro Municipal de Almada a 9 e 10 de Fevereiro de 2019
Em Setúbal, no Fórum Municipal Luísa Todi a 16 de Fevereiro de 2019
Em Viana do Castelo, no Teatro Municipal Sá de Miranda a 16 de Março de 2019



Catherine Diz-me uma coisa. Quer dizer, diz-me só isto, Rodolpho - ainda quererias casar comigo se afinal tivéssemos que ir viver para itália? Se tivesse que ser.
Rodolpho Quem está a perguntar. Tu ou ele?
Arthur Miller, Do Alto da Ponte


Um drama passional, um dilema moral, uma tragédia contemporânea? Nos portos de Nova Iorque, entre emigrantes italianos. A suspeição, o ciúme, a delação, a traição numa altura em que arranca a caça às bruxas do MacCarthismo. Que lei é esta que não respeita a lei de cada um? Quem são os vitoriosos, quais os derrotados? Depois de visitar com regularidade Harold Pinter (15 peças), Pirandello (2), Bertolt Brecht (3) e Tennessee Williams (4), os Artistas Unidos que dedicam particular atenção ao que se escreve agora, entregam-se desta vez ao teatro de Arthur Miller, descobrindo personagens escritos para eles. Traições, contradições, cegueira, leis antigas, leis e morte, sangue de gente pobre. Em palco, falar-se-á de emigrantes, de escolhas difíceis, dos anos 50, dos dias de hoje.



O FILHO de Jon Fosse Tradução Isabel Lopes e Fernando Mora Ramos Com Isabel Lopes, António Parra, Carlos Borges e Fernando Mora Ramos Cenografia José Carlos Faria Som Francisco Leal Luz Filipe Lopes e António Anunciação Produção Teatro da Rainha Encenação Fernando Mora Ramos M12
 
No Teatro da Politécnica a 4 e 5 de Janeiro
6ª às 21h00 | Sáb. às 21h00
Reservas: 961960281 | 213916750


Peça sobre o extremo isolamento, pela distância territorial - a estória acontece nos confins de um fiorde, no interior norueguês em pleno inverno - e pelo isolamento que a idade traz. O que surpreende é, no entanto, uma mistura de clima psicológico vivida entre a ansiedade que o casal de pais, já de uma certa idade, vai mostrando que tem em relação ao filho ausente - único - a extrema solidão em que vivem, a quase nenhuma vizinhança em torno da casa - a aldeia de que se fala são casas vazias - e um tempo a gerir que, no fundo, não é mais que o próprio tempo a passar e uma hipotética visita do filho.



  
OS ALIENS de Annie Baker Tradução Mariana Maurício Com Afonso Lagarto, Pedro Baptista e Pedro Caeiro Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Músicas e letras originais Michael Chernus, Patch Darragh e Erin Gann Direcção musical Rui Rebelo Assistência Inês Pereira e Pedro Baptista Encenação Pedro Carraca A Classificar pela CCE
 
No Teatro da Politécnica de 23 de Janeiro a 2 de Março
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00


Estamos nas traseiras de um cafézito de província. Dir-se-ia que nada de importante pode acontecer aqui. Há um caixote do lixo à esquerda e outro à direita. E há três homens.
A peça que revelou Annie Baker, a autora de “O Cinema”.





Sangue Branco na Sombra do Presente de Avelino Sá
Apoio Galeria Fernando Santos
Curadoria Miguel von Hafe Pérez

No Teatro da Politécnica de 23 de Janeiro a 2 de Março
3ª a 6ª das 17h00 | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo

Percorrendo mais de duas décadas no trabalho de Avelino Sá (Santa Maria da Feira, 1961) a exposição sangue branco na sombra do presente reúne pinturas que põem em evidência um percurso singular, silencioso e incisivo. A pintura de Avelino Sá tem a urgência dos sem tempo e a sabedoria da palavra ecoante. Tal como Álvaro Lapa, que numa das poucas referências a artistas contemporâneos, considerou este autor nos anos noventa como alguém a destacar, este artista faz da palavra de autores como Paul Celan e Robert Walser morada permanente. O silêncio, a chamada para a morte, o insignificante e a impermanência, na senda da poesia oriental, são caminhos por vezes paralelos, noutros casos cruzados, que estas obras questionam em tensão permanente. Na sua maior parte encáusticas, nelas se privilegia um trabalho de ocultação e desocultação que se manifesta na luz buscada ou ofuscada que esta técnica permite tratar com artesanal e milenar sabedoria. Aí o artista trabalha um processo de inscrição da imagem ou da palavra, como fragmentos de realidade vivida. O branco é sangue, o presente é sombrio, porque não sabemos ouvir as palavras. Trata-se, então e acima de tudo, de um pungente exercício de memória crítica, num tempo em que a apreensão do passado se parece referir constantemente à efervescência de um ontem imediato.
Miguel Von Hafe Pérez




Assinaturas Livrinhos de Teatro 2019


Vamos continuar com os Livrinhos de Teatro. Em 2019, queremos editar 10 volumes. Enviaremos 4 remessas durante o ano. Sem portes de correio. Mas, se preferir levantar os seus livros no Teatro da Politécnica, oferecemos-lhe 1 bilhete para qualquer espectáculo dos Artistas Unidos no Teatro da Politécnica em 2019.

Quanto tem de pagar? 50 euros no acto da assinatura. Por cheque para Rua Campo de Ourique, 120 – 1250-062 Lisboa ou por transferência bancária IBAN PT50 0007 0018 00257 880006 19

Janeiro

Davide Carnevali – Retrato de Mulher Árabe que Olha o Mar + Variações sobre o modelo de Kraepelin
Annie Baker - Os Aliens

Março

Arthur Miller: Perigo: Memória!
Arthur Miller: Espelho de Dois Reflexos

Maio

Max Frisch – Andorra/ O Senhor Biederman e os Incendiários
Paul Claudel - Partir ao Meio Dia

Setembro

Witold Gombrowicz – Ivone, Princesa da Borgonha/ Casamento
Zinnie Harris – 2 títulos a indicar

Novembro


Jean Cocteau - Os Pais Terríveis/ A Águia de Duas Cabeças
Lola Arias - Striptease / Sonho com revólver / O Amor é um atirador furtivo




O TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras Tradução Luís Francisco Rebello Com Isabel Muñoz Cardoso, João Meireles e Pedro Carraca Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M12
 
No Porto, no Teatro do Bolhão a 11 e 12 de Janeiro
Em Aveiro, no GRETUA a 18 e 19 de Janeiro
No Cacém, no Auditório Municipal António Silva a 26 de Janeiro


Quem foi esta mulher que assassinou a prima e dispersou os pedaços do cadáver pelo viadutos do caminho de ferro? A notícia tocou Marguerite Duras. E o facto de a criminosa nunca ter parado de fazer perguntas sobre o que fizera e porquê. "Quem é esta mulher?" chamou-se a primeira versão feita em Portugal deste texto seco, duro e frio.


O Interrogador Confessou ser a autora da morte da sua prima Marie-Thérèse Bousquet?
Claire É verdade.
Marguerite Duras, O Teatro da Amante Inglesa

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