terça-feira, 24 de maio de 2022

A partir de 26 apresentamos MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller no TNDMII. Até 5 de Junho de 4ª a Sábado às 19h00 e ao Domingo às 16h00. Na cinemateca portuguesa poderá ver O CINEMA DE JORGE SILVA MELO E CARTA BRANCA SEM RECEITA de 9 a 31 de Maio. No Teatro da Politécnica recebemos o Teatro Meia Volta e Depois à Esquerda Quando Eu Disser, em breve com o espectáculo AS ONDAS a partir de Virginia Woolf de 8 a 25 de Junho. E voltamos a apresentar OBSTRUÇÃO de Dimítris Dimitriádis de 22 a 2 de Julho.

 


MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller Tradução Ana Raquel Fernandes e Rui Pina Coelho Com Américo Silva, Ana Amaral, André Loubet, António Simão, Hélder Braz, Joana Bárcia, Joana Resende, José Neves, Paula Mora, Pedro Baptista, Pedro Caeiro, Rita Rocha Silva / Nídia Roque e Tiago Matias Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Som André Pires Luz Pedro Domingos Assistentes Nuno Gonçalo Rodrigues e Joana Resende Encenação Jorge Silva Melo Co-produção Artistas Unidos, TNDM, TNSJ M12

 

No TNDMII de 26 de Maio a 5 de Julho

4ª a Sáb às 19h00 | Dom. às 16h00

 

HAPPY Vou mostrar-te a ti e a toda a gente que Willy Loman não morreu em vão. Ele tinha um sonho bom. O único sonho que vale a pena ter — ser o número um. Lutou muito, e agora hei-de consegui-lo por ele.


Arthur Miller, Morte de um Caixeiro Viajante


E agora, que é feito de nós? 

Estados Unidos, anos 40. Estamos no Sonho Americano, o ideal de self made man e o mito do sucesso. Willy Loman quer dar o mundo aos seus filhos, quer que o conquistem. Depois de 34 anos a trabalhar como caixeiro viajante, vê os seus sonhos desvanecerem-se, perdendo o chão e, consequentemente, a noção de realidade. Uma tragédia moderna do cidadão comum, que encontra na impotência do fracasso a derradeira violência. É mesmo arrepiante ver, agora, esta Morte de um caixeiro viajante que sobressaltou o mundo na sua estreia, na Broadway, em 1949 (num espetáculo dirigido por Elia Kazan) e que a Portugal chegou com a histórica encenação de António Pedro para o TEP, em 1954. Escrita no imediato pós-guerra, é um sentido Requiem por uma sociedade que se baseia no triunfo individual, na competição, na exploração. Um Requiem pelo capitalismo. E um dos retratos mais magoados do Sonho Americano. E agora que outras crises do capitalismo se abatem sobre as nossas vidas? E agora que estamos metidos nisto? E agora, que é feito de nós?


JSM


Fotografia © Jorge Gonçalves




JSM: O CINEMA DE JORGE SILVA MELO E CARTA BRANCA SEM RECEITA

Na Cinemateca de 9 a 31 de Maio

 

É  em maio – “maduro maio” dizia Jorge Silva Melo a acertar a data para 2022 – que a Cinemateca volta integralmente à retrospetiva interrompida poucos dias após o início, em Março de 2020. A acompanhar a retrospectiva da sua obra, as 20 escolhas de Jorge Silva Melo em 2020, com a falha, por inacessibilidade de cópia de O Longo Adeus de Kira Muratova. E um 21º filme, um Lubitsch escolhido pela Cinemateca em raccord com a sua última encenação, Vida de Artistas de Noël Coward: Design for Living




AS ONDAS a partir da tradução de Francisco Vale / Relógio D’Água Editores do romance As Ondas de Virginia Woolf Adaptação do texto Ricardo Braun Criação e interpretação Alfredo Martins, Anabela Almeida, Duarte Guimarães, Luís Godinho, Sara Duarte e Tânia Alves Acompanhamento da criação Cláudia Gaiolas Cenografia Carla Martinez Figurinos Ainhoa Vidal Luz Joana Mário Música e desenho de som João Bento Produção executiva Mariana Rolim Design Luís Cepa Estagiários Carolina Macieira e Rafael Oliveira Consultoria Alda Correia e Luísa Flora Produção teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser Apoio – Governo de Portugal – Ministério da Cultura/Direcção-Geral das Artes, Residências – Quinta Alegre – Lugar de Cultura e Fábrica Braço de Prata M12


No Teatro da Politécnica de 8 a 25 de Junho

3ª a Sáb. às 21h00


“Começo a esquecer, começo a duvidar do aqui e do agora. Vi tantas coisas, pronunciei tantas frases. Por isso pergunto: “Quem sou eu?” Falei de Bernard, de Neville, de Jinny, de Susan, de Rhoda e Louis. Serei acaso todos eles ao mesmo tempo? Serei um ser distinto e único? Não sei. Sentamo-nos aqui juntos. Mas Percival morreu e Rhoda morreu. Dispersamo-nos. Não estamos aqui. Mas apesar disso, não vejo nada que nos separe. Somos a mesma pessoa. Essas diferenças que nos pareciam tão importantes, essa identidade a que concedíamos tanta importância, foi superada. Sim, ainda tenho na fronte o golpe que recebi quando Percival caiu. E na nuca guardo o beijo que Jinny deu em Louis. Os meus olhos enchem-se com as lágrimas de Susan. E ao longe, tremulando como um fio de ouro, vejo a coluna que Rhoda entreviu no deserto. Mas agora tudo terminou.”


Virginia Woolf, As Ondas


Em 2022, a equipa do teatro meia volta propõe-se a adaptar para cena o romance As Ondas, de Virginia Woolf. Esta proposta dá continuidade a uma reflexão sobre a passagem do tempo e os processos de crescimento/envelhecimento, iniciada no espetáculo Joyeux Anniversaire, criado em 2021, para a comemoração dos 15 anos de existência da estrutura.  Em As Ondas, Virginia Woolf constrói uma delicada partitura que se movimenta entre seis monólogos interiores. O texto segue os seis narradores-personagens desde a infância à idade adulta, explorando os processos de construção e mediação da individualidade e do coletivo. Há ainda uma sétima personagem que não tem voz, mas é descrita e referenciada pelas outras. Marguerite Yourcenar, tradutora francesa do romance, descreveu-o assim: As Ondas é um livro com seis personagens, ou melhor, seis instrumentos musicais, pois consiste unicamente em monólogos interiores, cujas curvas se sucedem e entrecruzam com uma segurança que lembra a Arte da Fuga de Bach. Nesta narrativa musical, os breves pensamentos de infância, as rápidas reflexões sobre os momentos de juventude e de confiante camaradagem desempenham o mesmo papel dos allegri nas sinfonias de Mozart, abrindo espaço para os lentos andantes dos imensos solilóquios sobre a experiência, a solidão e a maturidade.


Tanto como uma meditação sobre a vida, As Ondas é um ensaio sobre a solidão. Trata-se de seis crianças, três raparigas, Rhoda, Jinny e Susan; e de três rapazes, Louis, Neville e Bernard, que vemos crescer, diferenciar-se e envelhecer. Uma sétima criança, que nunca toma a palavra e que só conhecemos através das outras, é o centro do livro, ou melhor, o seu coração.



OBSTRUÇÃO de Dimítris Dimitriádis Tradução José António Costa Ideias Com André Loubet, Diogo Freitas, Simon Frankel, Pedro Caeiro, Pedro Lacerda Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistente Nuno Gonçalo Rodrigues Encenação Jorge Silva Melo M16


No Teatro da Politécnica de 22 de Junho a 2 de Julho

3ª a Sáb às 19h00


NARCISO É isto que sou / Um não / Um só não


Dimitris Dimitriadis, Obstrução


São pequeníssimos textos – escritos por Dimítris Dimitriádis, autor imprescindível para nós – a partir de mitos gregos. Mas aquilo que ele quer não é voltar a falar do passado, é questionar o presente: quem é agora Narciso? Quem é agora Tântalo? Que desejo (porque é disso que se trata), se imiscui no meio destas personagens desabrigadas, nuas, tristes?


Um espectáculo experimental com os textos inéditos de Dimítris Dimitriádis.


Fotografia © Jorge Gonçalves

quinta-feira, 19 de maio de 2022

E estamos quase a chegar ao Teatro Nacional D. Maria II com MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller. De 26 de Maio a 5 de Junho. Hoje pode ouvir LUA AMARELA de David Greig na Antena 2 às 19h00. Em breve OBSTRUÇÃO de Dimítris Dimitriádis regressa ao Teatro da Politécnica. E temos Livrinhos de Teatro novos na nossa livraria online. Já viu as novidades?

 


MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller Tradução Ana Raquel Fernandes e Rui Pina Coelho Com Américo Silva, Joana Bárcia, André Loubet, Pedro Caeiro, Pedro Baptista, José Neves, Paula Mora, Tiago Matias, Rita Rocha Silva / Nídia Roque, Ana Amaral, António Simão, Hélder Braz e Joana Resende Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Som André Pires Luz Pedro Domingos Assistentes Nuno Gonçalo Rodrigues e Joana Resende Encenação Jorge Silva Melo Co-produção Artistas Unidos, TNDM, TNSJ M12

 

No TNDMII de 26 de Maio a 5 de Julho

4ª a Sáb às 20h00 | Dom. às 16h00

 

E agora, que é feito de nós? 

Estados Unidos, anos 40. Estamos no Sonho Americano, o ideal de self made man e o mito do sucesso. Willy Loman quer dar o mundo aos seus filhos, quer que o conquistem. Depois de 34 anos a trabalhar como caixeiro viajante, vê os seus sonhos desvanecerem-se, perdendo o chão e, consequentemente, a noção de realidade. Uma tragédia moderna do cidadão comum, que encontra na impotência do fracasso a derradeira violência. É mesmo arrepiante ver, agora, esta Morte de um caixeiro viajante que sobressaltou o mundo na sua estreia, na Broadway, em 1949 (num espetáculo dirigido por Elia Kazan) e que a Portugal chegou com a histórica encenação de António Pedro para o TEP, em 1954. Escrita no imediato pós-guerra, é um sentido Requiem por uma sociedade que se baseia no triunfo individual, na competição, na exploração. Um Requiem pelo capitalismo. E um dos retratos mais magoados do Sonho Americano. E agora que outras crises do capitalismo se abatem sobre as nossas vidas? E agora que estamos metidos nisto? E agora, que é feito de nós? 


JSM

 

Fotografia © Jorge Gonçalves



LUA AMARELA de David Greig
Tradução Pedro Marques
Com Gonçalo Norton, Rita Rocha Silva, Paulo Pinto e Inês Pereira
Música Rui Rebelo
Direcção Pedro Carraca

Na Antena 2, a 3 de Maio de 2022

São dois adolescentes em fuga. Ela, Leila, é uma garota introvertida apaixonada por revistas de celebridades, ele o mais morto dos rapazes, sem  qualquer saída, numa cidade sem saída. E é uma balada, a balada de Lee e Leila.

Fotografia © Jorge Gonçalves





AS ONDAS a partir da tradução de Francisco Vale / Relógio D’Água Editores do romance As Ondas de Virginia Woolf Adaptação do texto Ricardo Braun Criação e interpretação Alfredo Martins, Anabela Almeida, Duarte Guimarães, Luís Godinho, Sara Duarte e Tânia Alves Acompanhamento da criação Cláudia Gaiolas Cenografia Carla Martinez Figurinos Ainhoa Vidal Luz Joana Mário Música e desenho de som João Bento Produção executiva Mariana Rolim Design Luís Cepa Estagiários Carolina Macieira e Rafael Oliveira Consultoria Alda Correia e Luísa Flora Produção teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser Apoio – Governo de Portugal – Ministério da Cultura/Direcção-Geral das Artes, Residências – Quinta Alegre – Lugar de Cultura e Fábrica Braço de Prata A Classificar pela CCE

No Teatro da Politécnica de 8 a 25 de Junho
3ª a Sáb. às 21h00

“Começo a esquecer, começo a duvidar do aqui e do agora. Vi tantas coisas, pronunciei tantas frases. Por isso pergunto: “Quem sou eu?” Falei de Bernard, de Neville, de Jinny, de Susan, de Rhoda e Louis. Serei acaso todos eles ao mesmo tempo? Serei um ser distinto e único? Não sei. Sentamo-nos aqui juntos. Mas Percival morreu e Rhoda morreu. Dispersamo-nos. Não estamos aqui. Mas apesar disso, não vejo nada que nos separe. Somos a mesma pessoa. Essas diferenças que nos pareciam tão importantes, essa identidade a que concedíamos tanta importância, foi superada. Sim, ainda tenho na fronte o golpe que recebi quando Percival caiu. E na nuca guardo o beijo que Jinny deu em Louis. Os meus olhos enchem-se com as lágrimas de Susan. E ao longe, tremulando como um fio de ouro, vejo a coluna que Rhoda entreviu no deserto. Mas agora tudo terminou.”

Virginia Woolf, As Ondas

Em 2022, a equipa do teatro meia volta propõe-se a adaptar para cena o romance As Ondas, de Virginia Woolf. Esta proposta dá continuidade a uma reflexão sobre a passagem do tempo e os processos de crescimento/envelhecimento, iniciada no espetáculo Joyeux Anniversaire, criado em 2021, para a comemoração dos 15 anos de existência da estrutura.  Em As Ondas, Virginia Woolf constrói uma delicada partitura que se movimenta entre seis monólogos interiores. O texto segue os seis narradores-personagens desde a infância à idade adulta, explorando os processos de construção e mediação da individualidade e do coletivo. Há ainda uma sétima personagem que não tem voz, mas é descrita e referenciada pelas outras. Marguerite Yourcenar, tradutora francesa do romance, descreveu-o assim: As Ondas é um livro com seis personagens, ou melhor, seis instrumentos musicais, pois consiste unicamente em monólogos interiores, cujas curvas se sucedem e entrecruzam com uma segurança que lembra a Arte da Fuga de Bach. Nesta narrativa musical, os breves pensamentos de infância, as rápidas reflexões sobre os momentos de juventude e de confiante camaradagem desempenham o mesmo papel dos allegri nas sinfonias de Mozart, abrindo espaço para os lentos andantes dos imensos solilóquios sobre a experiência, a solidão e a maturidade.

Tanto como uma meditação sobre a vida, As Ondas é um ensaio sobre a solidão. Trata-se de seis crianças, três raparigas, Rhoda, Jinny e Susan; e de três rapazes, Louis, Neville e Bernard, que vemos crescer, diferenciar-se e envelhecer. Uma sétima criança, que nunca toma a palavra e que só conhecemos através das outras, é o centro do livro, ou melhor, o seu coração.



OBSTRUÇÃO de Dimítris Dimitriádis Tradução José António Costa Ideias Com André Loubet, Diogo Freitas, Simon Frankel, Pedro Caeiro, Pedro Lacerda Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistente Nuno Gonçalo Rodrigues Encenação Jorge Silva Melo M16

No Teatro da Politécnica de 22 de Junho a 2 de Julho
3ª a Sáb às 19h00

NARCISO É isto que sou / Um não / Um só não

Dimitris Dimitriadis, Obstrução

São pequeníssimos textos – escritos por Dimítris Dimitriádis, autor imprescindível para nós – a partir de mitos gregos. Mas aquilo que ele quer não é voltar a falar do passado, é questionar o presente: quem é agora Narciso? Quem é agora Tântalo? Que desejo (porque é disso que se trata), se imiscui no meio destas personagens desabrigadas, nuas, tristes?

Um espectáculo experimental com os textos inéditos de Dimítris Dimitriádis.

Fotografia © Jorge Gonçalves


E temos novos Livrinhos de Teatro na nossa Livraria Online: 


Nº 155 - O Dia do Juízo Final / Para Cá e Para Lá de Ödön von Hórvath
Nº 156 - Taco a Taco de Kieran Hurley e Gary McNair 
Nº 157 - Comboio da Madrugada de Tennessee Williams


terça-feira, 26 de abril de 2022

Esta 5ª apresentamos A CORAGEM DA MINHA MÃE de George Tabori nas Caldas da Rainha. De 5ª a Sáb no Teatro da Rainha às 21h30. A 3 de Maio poderá ouvir LUA AMARELA de David Greig no Teatro Sem Fios da Antena 2 às 19h00. E em breve apresentamos MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller no Teatro Nacional D. Maria II de 26 de Maio a 5 de Junho.

 


A CORAGEM DA MINHA MÃE de George Tabori Tradução Antonio Conde Com Pedro Carraca, Antónia Terrinha, Hélder Braz e vozes de Carla Bolito, Américo Silva, António Simão, João Meireles, Jorge Silva Melo, Nuno Gonçalo Rodrigues, Pedro Caeiro e Tiago Matias Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Encenação Jorge Silva Melo M12

Nas Caldas da Rainha, no Teatro da Rainha de 28 a 30 de Abril
5ª a Sáb às 21h30

Oficial Alemão
 Eu, pessoalmente, sou vegetariano. É extraordinário, mas só de imaginar comer carne morta, repugna-me.
George Tabori, A Coragem da Minha Mãe

A improvável salvação da mãe de Tabori, por ele contada, aquando da deportação de 4.000 judeus de Budapeste para Auschwitz em Julho de 1944.


Reservas e Informações:
966 186 871/ comunicacao@teatrodarainha.pt
Segunda a Sexta das 9h às 18h

Fotografia ©  Jorge Gonçalves



LUA AMARELA de David Greig
Tradução Pedro Marques
Com Gonçalo Norton, Rita Rocha Silva, Paulo Pinto e Inês Pereira
Música Rui Rebelo
Direcção Pedro Carraca

Na Antena 2, a 3 de Maio de 2022

São dois adolescentes em fuga. Ela, Leila, é uma garota introvertida apaixonada por revistas de celebridades, ele o mais morto dos rapazes, sem  qualquer saída, numa cidade sem saída. E é uma balada, a balada de Lee e Leila.

Fotografia ©  Jorge Gonçalves



MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller Tradução Ana Raquel Fernandes e Rui Pina Coelho Com Américo Silva, Joana BárciaAndré Loubet, Pedro Caeiro, Pedro Baptista, José Neves, Paula Mora, Tiago Matias, Rita Rocha Silva, Ana Amaral, António Simão, Hélder Braz e Joana Resende Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Som André Pires Luz Pedro Domingos Assistentes Nuno Gonçalo Rodrigues e Joana Resende Encenação Jorge Silva Melo Co-produção Artistas Unidos, TNDM, TNSJ M12

No Teatro Nacional D. Maria II de 26 Maio a 5 de Junho
4ª a Sáb às 19h | Dom às 16h

Happy  Tudo bem, miúdo. Vou mostrar-te a ti e a toda a gente que Willy Loman não morreu em vão. Ele tinha um sonho bom. O único sonho que vale a pena ter — ser o número um. Lutou muito, e agora hei-de consegui-lo por ele.
Arthur Miller, Morte de um Caixeiro Viajante

Estados Unidos, anos 40. Como pano de fundo o sonho americano, o ideal de self made man e o mito do sucesso. Willy Loman quer dar o mundo aos seus filhos, quer que o conquistem. Depois de 34 anos a trabalhar como caixeiro viajante, vê os seus sonhos, esperanças e ilusões desvanecerem-se, perdendo o chão e, consequentemente, a noção de realidade. Uma tragédia moderna do cidadão comum, que encontra na impotência e inutilidade do fracasso a derradeira violência.

É tão bom voltar àqueles autores que foram abrindo caminhos inesperados ao teatro. Fizemo-lo com Harold Pinter, fizemo-lo com Pirandello, fizemo-lo recentemente com Tennessee Williams. Tão bom passar uns tempos, uns anos, com o mesmo autor, ver-lhe os recursos, as obsessões, os segredos. E mostrar aos espectadores que o teatro se vai fazendo. Sim, somos herdeiros. Herdeiros daqueles que não se subjugaram a uma lógica do entretenimento nem se resumem a “eventos” e que obrigaram o palco a ser um lugar de conflito e pensamento. Agora, com Arthur Miller.

Jorge Silva Melo

Fotografia ©  Jorge Gonçalves


segunda-feira, 18 de abril de 2022

E é já esta 5ª que recebemos PERTINHO DA TORRE EIFFEL de Abel Neves. O Teatro da Rainha no Teatro da Politécnica de 21 a 23 de Abril, 5ª a Sáb às 19h00. Para a semana estaremos nas Caldas da Rainha com A CORAGEM DA MINHA MÃE de George Tabori. De 28 a 30 de Abril, de 5ª a Sáb às 21h30. E nos dias 25 e 30 de Abril, o Nimas homenageia Jorge Silva Melo com a exibição de vários filmes, conversas e leituras ENTRE O CINEMA E O TEATRO.

 


PERTINHO DA TORRE EIFFEL de Abel Neves Com Fábio Costa e Marta Taveira Cenografia Fernando Mora Ramos Iluminação António Anunciação Música Augusto Lino Direcção de produção Ana Pereira Assistente de produção Beatriz Aurélio Montagem cenográfica Joel Pereira, António Anunciação, Sandra Teixeira e Lucas Keating Montagem de luz e som António Anunciação, Lucas Keating e Sandra Teixeira Operação de luz e som Lucas Keating Maquinaria de cena Sandra Teixeira Programa Henrique Manuel Bento Fialho Ilustração e design gráfico José Serrão Fotografia Margarida Araújo e Paulo Nuno Silva Comunicação e públicos Cibele Maçãs e Nuno Machado Secretariado geral Teresa Almeida Encenação Fernando Mora Ramos Produção Teatro da Rainha Duração 1h20 M12

No Teatro da Politécnica 21 a 23 Abril
5ª a Sáb às 19h00

JANA Há gente normal que é feliz.
Abel Neves, Pertinho da Torre Eiffel

«É normal um gajo ali parado sem saber ao que vai?», pergunta Jasmim logo no início de Pertinho da Torre Eiffel. A questão é dirigida a Jana, cuja presença notamos por lhe escutarmos a voz enquanto trauteia um fado. Assim começa esta peça de Abel Neves (n. 1956) Os actores Fábio Costa e Marta Taveira serão, respectivamente, Jasmim e Jana, o jovem casal urbano emparedado numa precariedade ao mesmo tempo material e amorosa, porque ambas as dimensões se interligam e se condicionam.

Pertinho da Torre Eiffel explora a instabilidade doméstica a partir de duas personagens fisicamente presentes e outras tantas ausentes, num jogo de interacções que excede aquilo que se vê. O visível assume pontos de vista diversos, desde logo, num cenário móvel que oferece diferentes ângulos de observação de uma relação amorosa em busca de equilíbrio na corda bamba existencial. Em cena, tudo parece vacilar e perder-se em hesitações inconsequentes. O que é um casal normal? Poderá a ruptura ser rotina? O que esperam da vida Jana e Jasmim? Têm sonhos? Ambições? São perguntas cujas respostas se estudam a partir de quadros proporcionalmente cómicos e melancólicos, como se estivéssemos a olhar para alguém que patina sem sair do mesmo lugar. Ou talvez como um daqueles globos de neve que os turistas compram para se sentirem Pertinho da Torre Eiffel.

Fotografia © Paulo Nuno Silva 



A CORAGEM DA MINHA MÃE de George Tabori Tradução Antonio Conde Com Pedro Carraca, Antónia Terrinha, Hélder Braz e vozes de Carla Bolito, Américo Silva, António Simão, João Meireles, Jorge Silva Melo, Nuno Gonçalo RodriguesPedro Caeiro Tiago Matias Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Encenação Jorge Silva Melo M12

Nas Caldas da Rainha, no Teatro da Rainha de 28 a 30 de Abril
5ª a Sáb às 21h30

Oficial Alemão
 Eu, pessoalmente, sou vegetariano. É extraordinário, mas só de imaginar comer carne morta, repugna-me.
George Tabori, A Coragem da Minha Mãe

A improvável salvação da mãe de Tabori, por ele contada, aquando da deportação de 4.000 judeus de Budapeste para Auschwitz em Julho de 1944.


Reservas e Informações:
966 186 871/ comunicacao@teatrodarainha.pt
Segunda a Sexta das 9h às 18h

Fotografia ©  Jorge Gonçalves




Homenagem Jorge Silva Melo - Entre o Cinema e o Teatro
25 e 30 de Abril
Cinema Medeia Nimas


25 de Abril às 12h00 -
 Silvestre de João César Monteiro
25 de Abril às 14h30 -
 António, um rapaz de Lisboa de Jorge Silva Melo
25 de Abril às 17h00 - 
Leituras de textos de Jorge Silva Melo + Conversa + “NUM PAÍS ONDE NÃO DEFENDEM OS MEUS DIREITOS EU NÃO QUERO VIVER” de /a partir de “Michael Kolhaas” de Heinrich von Kleist
25 de Abril às 20h30 - Agosto de Jorge Silva Melo
30 de Abril às 12h30 -
 E não se pode exterminá-lo? (Cenas de Karl Valentin) de Solveig Nordlund e Jorge Silva Melo
30 de Abril às 15h30 - Álvaro Lapa: A Literatura de Jorge Silva Melo

 

O Jorge cineasta, em AGOSTO (1988), ANTÓNIO, UM RAPAZ DE LISBOA (2002; que foi primeiro peça de teatro), e ÁLVARO LAPA: A LITERATURA (2008), um dos muitos filmes que fez sobre artistas, e que condensa as ideias que o levaram a fazê-los. O Jorge actor de cinema, em SILVESTRE (1981), de João César Monteiro. O Jorge encenador, e actor de teatro, em E NÃO SE PODE EXTERMINÁ-LO? (1979), de Karl Valentin, um dos grandes espectáculos da Cornucópia, que ele próprio filmou com Solveig Nordlung. O Jorge autor/leitor, numa leitura que realizou no LEFFEST, da sua peça NUM PAÍS ONDE NÃO DEFENDEM OS MEUS DIREITOS EU NÃO QUERO VIVER (1999), a partir do Michael Kolhaas de Heinrich von Kleist. O Jorge cronista, que escrevia muito sobre filmes, autores e actores, aqui lido pela voz de alguns dos seus amigos, entre eles os actores da sua companhia, Artistas Unidos. O Jorge abria-nos a vida. Guiados pelo seu trabalho, pela(s) sua(s) palavra(s), aqui estaremos de novo com ele. Vivendo o mais profundo prazer do cinema, do teatro, da leitura. Da vida. “A mesa está posta”. Celebremos o Jorge.

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Para a semana acolhemos PERTINHO DA TORRE EIFFEL de Abel Neves. O Teatro da Rainha no Teatro da Politécnica de 21 a 23 de Abril, 5ª a Sáb às 19h00. Depois estaremos nas Caldas da Rainha com A CORAGEM DA MINHA MÃE de George Tabori. De 28 a 30 de Abril, de 5ª a Sáb às 21h30 no Teatro da Rainha. E ainda pode assinar os Livrinhos de Teatro 2022 só até 15. Já assinou?

 


PERTINHO DA TORRE EIFFEL de Abel Neves Com Fábio Costa e Marta Taveira Cenografia Fernando Mora Ramos Iluminação António Anunciação Música Augusto Lino Direcção de produção Ana Pereira Assistente de produção Beatriz Aurélio Montagem cenográfica Joel Pereira, António Anunciação, Sandra Teixeira e Lucas Keating Montagem de luz e som António Anunciação, Lucas Keating e Sandra Teixeira Operação de luz e som Lucas Keating Maquinaria de cena Sandra Teixeira Programa Henrique Manuel Bento Fialho Ilustração e design gráfico José Serrão Fotografia Margarida Araújo e Paulo Nuno Silva Comunicação e públicos Cibele Maçãs e Nuno Machado Secretariado geral Teresa Almeida Encenação Fernando Mora Ramos Produção Teatro da Rainha Duração 1h20 M12

No Teatro da Politécnica 21 a 23 Abril
5ª a Sáb às 19h00

JANA Há gente normal que é feliz.
Abel Neves, Pertinho da Torre Eiffel

«É normal um gajo ali parado sem saber ao que vai?», pergunta Jasmim logo no início de Pertinho da Torre Eiffel. A questão é dirigida a Jana, cuja presença notamos por lhe escutarmos a voz enquanto trauteia um fado. Assim começa esta peça de Abel Neves (n. 1956) Os actores Fábio Costa e Marta Taveira serão, respectivamente, Jasmim e Jana, o jovem casal urbano emparedado numa precariedade ao mesmo tempo material e amorosa, porque ambas as dimensões se interligam e se condicionam.

Pertinho da Torre Eiffel explora a instabilidade doméstica a partir de duas personagens fisicamente presentes e outras tantas ausentes, num jogo de interacções que excede aquilo que se vê. O visível assume pontos de vista diversos, desde logo, num cenário móvel que oferece diferentes ângulos de observação de uma relação amorosa em busca de equilíbrio na corda bamba existencial. Em cena, tudo parece vacilar e perder-se em hesitações inconsequentes. O que é um casal normal? Poderá a ruptura ser rotina? O que esperam da vida Jana e Jasmim? Têm sonhos? Ambições? São perguntas cujas respostas se estudam a partir de quadros proporcionalmente cómicos e melancólicos, como se estivéssemos a olhar para alguém que patina sem sair do mesmo lugar. Ou talvez como um daqueles globos de neve que os turistas compram para se sentirem Pertinho da Torre Eiffel.

Fotografia © Margarida Araújo



A CORAGEM DA MINHA MÃE de George Tabori Tradução Antonio Conde Com Pedro CarracaAntónia Terrinha, Hélder Braz e vozes de Carla BolitoAmérico Silva, António SimãoJoão Meireles, Jorge Silva Melo, Nuno Gonçalo Rodrigues, Pedro Caeiro Tiago Matias Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Encenação Jorge Silva Melo M12

Nas Caldas da Rainha, no Teatro da Rainha de 28 a 30 de Abril
5ª a Sáb às 21h30

Oficial Alemão
 Eu, pessoalmente, sou vegetariano. É extraordinário, mas só de imaginar comer carne morta, repugna-me.
George Tabori, A Coragem da Minha Mãe

A improvável salvação da mãe de Tabori, por ele contada, aquando da deportação de 4.000 judeus de Budapeste para Auschwitz em Julho de 1944.


Reservas e Informações:
966 186 871/ comunicacao@teatrodarainha.pt
Segunda a Sexta das 9h às 18h

Fotografia ©  Jorge Gonçalves



Assinaturas Livrinhos de Teatro 2022

E voltamos. Em 2022, vamos publicar mais  10 volumes dos Livrinhos. Estamos a ver se conseguimos mais um para oferta aos assinantes como já fizemos com Enda Walsh e Thornton Wilder...

Não quer assinar? Não renova a assinatura?
São 55 euros pelos 10 envios (quatro remessas durante o ano). 

E, se preferir levantar os seus livros no Teatro da Politécnica, oferecemos-lhe 1 bilhete para qualquer espectáculo dos Artistas Unidos no Teatro da Politécnica  desse ano.

Pode assinar
 aqui.
Mais informações:
 asimao@artistasunidos.pt 

A sair em 2022

JANEIRO
Nº 153 - Dimítris Dimitriádis – Obstrução e Outras peças
Nº 154 - Matías Feldman – Reflexos Breve Relato Dominical

MARÇO
Nº 155 -Ödön Von Horváth – O Dia do Juizo / Para Cá e Para Lá
Nº 156 - Keiran Hurley Gary McNair - Taco a Taco (oferta assinantes)
Nº 157 - Tennessee Williams – Comboio Madrugada

MAIO
Nº 158 – Silly Season - Prado de Fundo / Dolls / Folle  Epoque
Nº 159 – André Murraças – Cabaret Repórter X
Nº 160 – Ricardo Neves-Neves – A Reconquista de Olivenza

SETEMBRO
Nº 161 – Béla Pintér – Os nossos segredos / A rainha dos Bolos
Nº 162 – Jon Fosse – Vento Forte
Nº 163 – Arne Lygre – Proximidade

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Continuamos a apresentar VIDA DE ARTISTAS de Noël Coward. No São Luiz Teatro Municipal até 10 de Abril. No Teatro da Politécnica acolhemos o Teatro da Rainha com PERTINHO DA TORRE EIFFEL de Abel Neves. Estaremos nas Caldas da Rainha com A CORAGEM DA MINHA MÃE de George Tabori. E ainda pode assinar os Livrinhos de Teatro 2022!

 


VIDA DE ARTISTAS de Noël Coward Tradução José Maria Vieira Mendes Com Nuno Pardal, Rita Brütt, Pedro Caeiro, Américo SilvaAntónia Terrinha, Tiago Matias, Raquel Montenegro, Ana Amaral, Pedro Cruzeiro, Jefferson Oliveira Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Assistente Nuno Gonçalo Rodrigues e Noeli Kikuchi Encenação Jorge Silva Melo Coprodução: Artistas Unidos / SLTM / TNSJ M12

No São Luiz Teatro Municipal de 23 de Março a 10 de Abril
4ª a Sáb às 20h00 | Dom às 17h30

LEO Eu amo-te. Tu amas-me. Tu amas o Otto. Eu amo o Otto. O Otto ama-te. O Otto ama-me.
Noël Coward, Vida de Artistas

Noël Coward escreve Vida de Artistas para cumprir um pacto celebrado 11 anos antes entre o próprio e os seus dois amigos, Alfred Lunt e Lynn Fontanne. “Os Lunt”, como eram conhecidos, tornaram-se o mais celebrado casal do teatro na América mas, em 1921, quando Coward os visitou em Nova Iorque, estavam a começar a viver num alojamento barato para actores em dificuldades. Coward também ainda era relativamente desconhecido, mas partilhava com Lunt e Fontanne uma fome por fama e sucesso. A produção estreou na Broadway em 1933 e, depois, em Inglaterra, com imediato sucesso crítico e comercial, apesar das suas personagens amorais e da proclamada bissexualidade. Dela disse Coward: “Gostaram e detestaram, odiaram e admiraram, não sei se realmente a amaram. São criaturas superficiais, sobre-articuladas e amorais movidas pelo impacto das suas personalidades uns sobre os outros, são traças à volta da luz, incapazes de tolerar a escuridão solitária e igualmente incapazes de partilhar a luz sem colidirem constantemente, ferindo as asas uns dos outros.”
Escreve Jorge Silva Melo: “Ah, como eu gosto de Noël Coward. Como quem ‘não quer a coisa’, com um brilho único, anda connosco há quase um século, despistando, contrariando ideias feitas, na curva da História. Frívolo? Ou realmente profundo? Fantasista ou realmente realista? Olha: teatral, aposto.”

Fotografia ©  Jorge Gonçalves



PERTINHO DA TORRE EIFFEL de Abel Neves Com Fábio Costa e Marta Taveira Cenografia Fernando Mora Ramos Iluminação António Anunciação Música Augusto Lino Direcção de produção Ana Pereira Assistente de produção Beatriz Aurélio Montagem cenográfica Joel Pereira, António Anunciação, Sandra Teixeira e Lucas Keating Montagem de luz e som António Anunciação, Lucas Keating e Sandra Teixeira Operação de luz e som Lucas Keating Maquinaria de cena Sandra Teixeira Programa Henrique Manuel Bento Fialho Ilustração e design gráfico José Serrão Fotografia Margarida Araújo e Paulo Nuno Silva Comunicação e públicos Cibele Maçãs e Nuno Machado Secretariado geral Teresa Almeida Encenação Fernando Mora Ramos Produção Teatro da Rainha Duração 1h20 M12

No Teatro da Politécnica 21 a 23 Abril
5ª a Sáb às 19h00

JANA Há gente normal que é feliz.
Abel Neves, Pertinho da Torre Eiffel

«É normal um gajo ali parado sem saber ao que vai?», pergunta Jasmim logo no início de Pertinho da Torre Eiffel. A questão é dirigida a Jana, cuja presença notamos por lhe escutarmos a voz enquanto trauteia um fado. Assim começa esta peça de Abel Neves (n. 1956) Os actores Fábio Costa e Marta Taveira serão, respectivamente, Jasmim e Jana, o jovem casal urbano emparedado numa precariedade ao mesmo tempo material e amorosa, porque ambas as dimensões se interligam e se condicionam.

Pertinho da Torre Eiffel explora a instabilidade doméstica a partir de duas personagens fisicamente presentes e outras tantas ausentes, num jogo de interacções que excede aquilo que se vê. O visível assume pontos de vista diversos, desde logo, num cenário móvel que oferece diferentes ângulos de observação de uma relação amorosa em busca de equilíbrio na corda bamba existencial. Em cena, tudo parece vacilar e perder-se em hesitações inconsequentes. O que é um casal normal? Poderá a ruptura ser rotina? O que esperam da vida Jana e Jasmim? Têm sonhos? Ambições? São perguntas cujas respostas se estudam a partir de quadros proporcionalmente cómicos e melancólicos, como se estivéssemos a olhar para alguém que patina sem sair do mesmo lugar. Ou talvez como um daqueles globos de neve que os turistas compram para se sentirem Pertinho da Torre Eiffel.

Fotografia © Margarida Araújo



A CORAGEM DA MINHA MÃE de George Tabori Tradução Antonio Conde Com Pedro Carraca, Antónia Terrinha, Hélder Braz e vozes de Carla Bolito, Américo Silva, António SimãoJoão Meireles, Jorge Silva Melo, Nuno Gonçalo Rodrigues, Pedro Caeiro e Tiago Matias Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Encenação Jorge Silva Melo M12

Nas Caldas da Rainha, no Teatro da Rainha de 28 a 30 de Abril
5ª a Sáb às 21h30

Oficial Alemão
 Eu, pessoalmente, sou vegetariano. É extraordinário, mas só de imaginar comer carne morta, repugna-me.
George Tabori, A Coragem da Minha Mãe

A improvável salvação da mãe de Tabori, por ele contada, aquando da deportação de 4.000 judeus de Budapeste para Auschwitz em Julho de 1944.


Reservas e Informações:
966 186 871/ comunicacao@teatrodarainha.pt
Segunda a Sexta das 9h às 18h

Fotografia ©  Jorge Gonçalves



Assinaturas Livrinhos de Teatro 2022

E voltamos. Em 2022, vamos publicar mais  10 volumes dos Livrinhos. Estamos a ver se conseguimos mais um para oferta aos assinantes como já fizemos com Enda Walsh e Thornton Wilder...

Não quer assinar? Não renova a assinatura?
São 55 euros pelos 10 envios (quatro remessas durante o ano). 

E, se preferir levantar os seus livros no Teatro da Politécnica, oferecemos-lhe 1 bilhete para qualquer espectáculo dos Artistas Unidos no Teatro da Politécnica  desse ano.

Pode assinar
 aqui.
Mais informações: 
asimao@artistasunidos.pt 

A sair em 2022

JANEIRO
Nº 153 - Dimítris Dimitriádis – Obstrução e Outras peças
Nº 154 - Matías Feldman – Reflexos Breve Relato Dominical

MARÇO
Nº 155 -Ödön Von Horváth – O Dia do Juizo / Para Cá e Para Lá
Nº 156 - Keiran Hurley Gary McNair - Taco a Taco (oferta assinantes)
Nº 157 - Tennessee Williams – Comboio Madrugada

MAIO
Nº 158 – Silly Season - Prado de Fundo / Dols / Folle  Epoque
Nº 159 – André Murraças – Cabaret Repórter X
Nº 160 – Ricardo Neves-Neves – A Reconquista de Olivença

SETEMBRO
Nº 161 – Béla Pintér – Os nossos segredos / A rainha dos Bolos
Nº 162 – Jon Fosse – Vento Forte
Nº 163 – Arne Lygre – Proximidade