segunda-feira, 5 de julho de 2021

Últimas semanas de A CIRCULARIDADE DO QUADRADO de Dimítris Dimitriádis. No Teatro da Politécnica, de 3ª a Sábado, sempre às 19h00. E em breve apresentaremos MORTE DE UM CAIXEIRO-VIAJANTE de Arthur Miller. De 6 a 15 de Agosto, no Centro Cultural de Belém.

 


A CIRCULARIDADE DO QUADRADO de Dimítris Dimitriádis Tradução José António Costa Ideias Com Hugo Tourita, Antónia Terrinha, Inês Pereira, Pedro Caeiro, Nuno Pardal, Simon Frankel, Bruno Vicente, Nuno Gonçalo Rodrigues Vânia Rodrigues Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M16

No Teatro da Politécnica de 23 de Junho a 17 de Julho
3ª a Sáb. às 19h00

Queremos sempre algo que não existe. Nunca nos satisfazemos com o que é. É esse o nosso erro, mas não há como evitá-lo. Está na nossa natureza. Deitamos as nossas vidas fora assim, mas não há outra maneira de as tornar nossas.

Dimítris Dimitriádis, A Circularidade do Quadrado

A Circularidade que o dramaturgo dedica “àqueles que vivem” é uma equação erótica de paixão e desespero que apresenta onze pessoas de diferentes géneros, gerações e preferências sexuais que partilham uma necessidade irresistível: ser amadas. A Circularidade do Quadrado expressa a inevitabilidade da nossa existência quando empurra os seus heróis para o limite, colocando-os a incendiar-se e matar-se mutuamente apenas para ressuscitá-los um pouco depois com uma única e partilhada esperança: que talvez desta vez encontrem o amor.

Jorge Silva Melo

Fotografia © Jorge Gonçalves




MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller Tradução Ana Raquel Fernandes e Rui Pina Coelho Com Américo Silva, Joana Bárcia, André Loubet, Pedro Caeiro, Pedro Baptista, José Neves, Paula Mora, Tiago Matias, Sara Inês Gigante, Vânia Rodrigues, António Simão, Hélder Braz e Joana Resende Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Som André Pires Luz Pedro Domingos Assistentes Nuno Gonçalo Rodrigues e Joana Resende Encenação Jorge Silva Melo Co-produção Artistas Unidos, TNDM, TNSJ M12

Em Lisboa, no CCB de 6 a 15 de Agosto

No Cartaxo, no Centro Cultural do Cartaxo a 4 de Setembro
Em Bragança, no Teatro Municipal de Bragança a 16 de Setembro
Em Ponte de Lima, no Teatro Diogo Bernardes a 1 de Outubro
Em Portimão, no Teatro Municipal de Portimão a 16 de Outubro
Na Guarda, no Teatro Municipal da Guarda a 30 de Outubro

Happy  Tudo bem, miúdo. Vou mostrar-te a ti e a toda a gente que Willy Loman não morreu em vão. Ele tinha um sonho bom. O único sonho que vale a pena ter — ser o número um. Lutou muito, e agora hei-de consegui-lo por ele.

Arthur Miller, Morte de um Caixeiro Viajante

Estados Unidos, anos 40. Como pano de fundo o sonho americano, o ideal de self made man e o mito do sucesso. Willy Loman quer dar o mundo aos seus filhos, quer que o conquistem. Depois de 34 anos a trabalhar como caixeiro viajante, vê os seus sonhos, esperanças e ilusões desvanecerem-se, perdendo o chão e, consequentemente, a noção de realidade. Uma tragédia moderna do cidadão comum, que encontra na impotência e inutilidade do fracasso a derradeira violência.

É tão bom voltar àqueles autores que foram abrindo caminhos inesperados ao teatro. Fizemo-lo com Harold Pinter, fizemo-lo com Pirandello, fizemo-lo recentemente com Tennessee Williams. Tão bom passar uns tempos, uns anos, com o mesmo autor, ver-lhe os recursos, as obsessões, os segredos. E mostrar aos espectadores que o teatro se vai fazendo. Sim, somos herdeiros. Herdeiros daqueles que não se subjugaram a uma lógica do entretenimento nem se resumem a “eventos” e que obrigaram o palco a ser um lugar de conflito e pensamento. Agora, com Arthur Miller.

Jorge Silva Melo

Fotografia © 
Jorge Gonçalves

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