A MÁQUINA HAMLET de Heiner Müller Tradução Maria Adélia Silva Melo e Jorge Silva Melo Com Américo Silva, André Loubet, Hugo Tourita, Inês Pereira, João Estima, João Madeira, João Pedro Mamede e José Vargas Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Música original João Madeira Luz Pedro Domingos Assistência de Encenação Inês Pereira Encenação Jorge Silva Melo M12
No Teatro da Politécnica de 15 de Janeiro a 22 de Fevereiro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb às 16h00 e 21h00
(Não haverá espectáculo no Sábado, 18 de Janeiro)
Quero habitar nas minhas veias, na medula dos meus ossos, no labirinto do meu crânio.
Heiner Müller, A Máquina Hamlet
Um homem ergue-se das ruínas da história para anunciar que foi Hamlet. Para escapar à violência cíclica e contínua da história, o passado é questionado e desconstruído. Longe da narrativa psicológica, a paisagem da revolução traída. “O slogan da era Napoleónica ainda se aplica: Teatro é a Revolução em marcha.”
Ainda li este texto manuscrito, passado clandestinamente da antiga RDA até à casa de Jean Jourdheuil no Bolulevard St Germain, em Paris onde tantas noites ouvi Heiner conversar bebendo uísque e café até nascer o dia. Traduzi-o então (1977?), no rescaldo do 25 de Novembro, quando sobre os nossos desejos se erguia a asa da normalização democrática. Li-o vezes sem conta, voltei a traduzi-lo. E eis que chega a altura de o lembrar. De o fazer com actores novos com quem quero conversar sobre o que perdemos, o que quisemos, o que tentámos, o que traímos, o que não soubemos, o preço desta vida que lhes deixamos, e as mulheres. E claro, convosco, falar da Esperança, imensa Maldição. Volto a Heiner Müller como quem volta àquelas longas conversas na cozinha do Jean. “Olha, já é manhã! Temos de ir dormir!”
JSM
JSM
Fotografia © Jorge Gonçalves
No Teatro da Politécnica a 18 de Janeiro
Sáb às 19h00 | Entrada livre
(Sujeito à lotação da sala)
Sáb às 19h00 | Entrada livre
(Sujeito à lotação da sala)
Eu dinossauro não de Spielberg estou sentado
Pensando na possibilidade
De escrever uma tragédia.
Heiner Müller, Ájax por Exemplo
Pensando na possibilidade
De escrever uma tragédia.
Heiner Müller, Ájax por Exemplo
Ájax por exemplo é um longo poema (169 versos) – ou um longo monólogo, sendo praticamente impossível distinguir as duas formas – sinuoso e descontínuo no seu desenvolvimento, e ao mesmo tempo familiar e erudito pela sua matéria. A primeira linha que o atravessa é a da poesia de circunstância: é a confidência de um escritor que, num quarto de hotel, entre um aparelho de televisão e uma janela que dá para a parte ocidental da nova Berlim, pensa escrever uma tragédia.
VIDAS ÍNTIMAS de Noël Coward Tradução Miguel Esteves Cardoso Com Rúben Gomes, Rita Durão, Tiago Matias, Vânia Rodrigues, Isabel Muñoz Cardoso Cenografia Rita Lopes Alves e José Manuel Reis Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Apoio Musical Rui Rebelo Encenação Jorge Silva Melo Produção Artistas Unidos Co-Produção Teatro Nacional São João e Centro Cultural de Belém M12
Em Setúbal, no Fórum Municipal Luísa Todi a 11 de Janeiro de 2020
Em Setúbal, no Fórum Municipal Luísa Todi a 11 de Janeiro de 2020
Devem ser muito raras as pessoas que são completamente normais, lá no fundo das vidas privadas de cada um. Tudo depende de um dado conjunto de circunstâncias. Se todas as geringonças cósmicas se fundem ao mesmo tempo e se solta a faísca certa, sabe-se lá o que uma pessoa não será capaz de fazer.
Noël Coward, Vidas Íntimas
"A frivolidade só é frívola para aqueles que não são frívolos", diz a Madame De na obra-prima de Max Ophüls. E podia aplicar-se a este teatro de dinner jackets, champanhe, rosas, camélia e muita malícia. Mas vistas agora estas Private Lives são uma das mais cruéis análises das relações matrimoniais. Sob a doçura de uma primavera na Cote d´Azur quanto veneno, quanta maldade, quanto amor perdido? Uma obra-prima que queremos revisitar, um grande autor "menorizado" e fundamental. Depois de Pinter, Williams, Miller, quem? E com um sorriso de compreensão pelas fraquezas humanas.
Jorge Silva Melo
Jorge Silva Melo
NESTES ÚLTIMOS TEMPOS de Jorge Gonçalves
No Teatro Aveirense de 6 de Dezembro a 25 de Janeiro
São retratos, são cenas de peças, são planos gerais, são cenas de conjunto, são momentos. Jorge Gonçalves fotografa-nos desde 1998. E agora, depois de exposição do Teatro da Politécnica, começamos a mostrá-los nos locais nossos amigos. Tanta gente, nestes últimos tempos. Com o coração.
Jorge Silva Melo
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