A ÁFRICA DE JOSÉ DE GUIMARÃES de Jorge Silva Melo e Miguel Aguiar
Imagem José Luís Carvalhosa Assistente de Imagem César Casaca /Paulo Menezes Som Armanda Carvalho Música João Madeira Montagem Vítor Alves e Miguel Aguiar Realização Jorge Silva Melo e Miguel Aguiar Uma Produção Artistas Unidos / Com o apoio Guimarães 2012 -Capital Europeia da Cultura
Imagem José Luís Carvalhosa Assistente de Imagem César Casaca /Paulo Menezes Som Armanda Carvalho Música João Madeira Montagem Vítor Alves e Miguel Aguiar Realização Jorge Silva Melo e Miguel Aguiar Uma Produção Artistas Unidos / Com o apoio Guimarães 2012 -Capital Europeia da Cultura
Exibição na RTP2 a 6 de Março às 23h00
No meio de Lisboa, em 2010, como em Roma, a exposição de arte tribal de José de Guimarães. "O artista olha com orgulho para as manchas que alguns objectos conservam, vestígios de sangue de animais. Nos relicários há ossos, pedrinhas, objectos de feitiçaria." (Ana Henriques) A Guimarães, interessam os dispositivos do primitivismo e, na sua arte, recria a gestualidade sagrada. Mas nesta Lisboa a que a África regressa por inesperada volta do colonialismo, nesta Europa cansada, o que trazem estas artes integradas na comunidade, participando nela, garantindo a fecundidade, a saúde, o esconjuro da morte, a evocação perturbada dos deuses, a fraternidade cúmplice com os animais"?
Desde os anos 90, que Guimarães constrói os seus próprios relicários, caixas com objectos do quotidiano dentro - espinhas de peixe, escovas, néons. Mas como é que as rudes peças tribais podem ter inspirado uma arte tão urbana? O que fomos, europeus, procurar nesta arte há mais de um século, que fomos encontrar nestas comunidades que para sempre mudaram a nossa percepção do mundo? E se, desde Picasso, a arte tribal passou a nossa contemporânea, que foi que nela calámos?
Nas ruas de Lisboa ou de Roma, que feitiços se fazem, que esconjuros, que madeira se talha? Para que sacrifícios correm estes homens nos subúrbios africanos?
Desde os anos 90, que Guimarães constrói os seus próprios relicários, caixas com objectos do quotidiano dentro - espinhas de peixe, escovas, néons. Mas como é que as rudes peças tribais podem ter inspirado uma arte tão urbana? O que fomos, europeus, procurar nesta arte há mais de um século, que fomos encontrar nestas comunidades que para sempre mudaram a nossa percepção do mundo? E se, desde Picasso, a arte tribal passou a nossa contemporânea, que foi que nela calámos?
Nas ruas de Lisboa ou de Roma, que feitiços se fazem, que esconjuros, que madeira se talha? Para que sacrifícios correm estes homens nos subúrbios africanos?
"O Minho deu-me as cores, África o sentido do mito"
José de Guimarães
José de Guimarães
Sem comentários:
Enviar um comentário