terça-feira, 7 de setembro de 2021

Reabrimos o Teatro da Politécnica com EXERCÍCIOS PARA JOELHOS FORTES de Andreas Flourakis, com encenação de Carla Bolito, em cena a partir de 4ª 29 de Setembro. E para a semana, estaremos no Teatro Municipal de Bragança com MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller na 5ª feira, dia 16.

 


EXERCÍCIOS PARA JOELHOS FORTES de Andreas Flourakis Tradução José António Costa Ideias Com Álvaro Correia, Carla Bolito, Rita Rocha, Vicente Wallenstein Desenho de Luz Daniel Worm Cenografia Marcello Urgeghe Figurinos Ricardo Preto Encenação Carla Bolito Produção, comunicação e gestão financeira Estado Zero Coprodução Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana, Teatro Municipal Sá de Miranda Apoio Artistas Unidos, ACCCA – Companhia Clara Andermatt, Cabeleireiro Ulisses Olimpo M16 

No Teatro da Politécnica de 29 de Setembro a 16 de Outubro
3ª a Sáb. às 19h00 

Rapariga Se quiseres, deixa-me grávida, não me importo. Se ficar grávida de ti, terei o meu trabalho garantido.

Andreas Flourakis, Exercícios para joelhos fortes

A directora de uma empresa decide demitir um dos seus dois funcionários. Para manter o emprego os funcionários sujeitam-se a todo o tipo de situações, onde vão precisar de nervos e joelhos fortes para sobreviver, num mundo baseado na competição e humilhação.

Uma encenação de Carla Bolito de um aclamado texto de Andreas Flourakis, um dos dramaturgos gregos contemporâneos que mais tem agitado a cena teatral grega e cuja obra ainda é pouco divulgada em Portugal.

Uma abordagem cruel e sarcástica da violência das relações laborais, ampliadas pelas crises económicas que abalam, uma e outra vez, a Europa ou uma ideia de Europa. O lema ‘salve-se quem puder’ tornou-se ponto pivot nas relações interpessoais, assoladas pelo medo dos despedimentos e do desemprego prolongado como ‘nova normalidade’. Nesta peça a catarse faz-se através do humor ácido e de jogos linguísticos: ganha quem consegue ajoelhar-se.

Carla Bolito

Fotografia © Alípio Padilha




MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller Tradução Ana Raquel Fernandes e Rui Pina Coelho Com Américo SilvaJoana BárciaAndré Loubet, Pedro Caeiro, Pedro Baptista, José Neves, Paula Mora, Tiago Matias, Rita Rocha Silva, Ana Amaral, António Simão, Hélder Braz e Joana Resende Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Som André Pires Luz Pedro Domingos Assistentes Nuno Gonçalo Rodrigues e Joana Resende Encenação Jorge Silva Melo Co-produção Artistas Unidos, TNDM, TNSJ M12

No Teatro Municipal de Bragança a 16 de Setembro
5ª às 21h00
 
Bilheteira e Informações:  273 302 744 | bilheteira@cm-braganca.pt


Happy  Tudo bem, miúdo. Vou mostrar-te a ti e a toda a gente que Willy Loman não morreu em vão. Ele tinha um sonho bom. O único sonho que vale a pena ter — ser o número um. Lutou muito, e agora hei-de consegui-lo por ele.

Arthur Miller, Morte de um Caixeiro Viajante

Estados Unidos, anos 40. Como pano de fundo o sonho americano, o ideal de self made man e o mito do sucesso. Willy Loman quer dar o mundo aos seus filhos, quer que o conquistem. Depois de 34 anos a trabalhar como caixeiro viajante, vê os seus sonhos, esperanças e ilusões desvanecerem-se, perdendo o chão e, consequentemente, a noção de realidade. Uma tragédia moderna do cidadão comum, que encontra na impotência e inutilidade do fracasso a derradeira violência.

É tão bom voltar àqueles autores que foram abrindo caminhos inesperados ao teatro. Fizemo-lo com Harold Pinter, fizemo-lo com Pirandello, fizemo-lo recentemente com Tennessee Williams. Tão bom passar uns tempos, uns anos, com o mesmo autor, ver-lhe os recursos, as obsessões, os segredos. E mostrar aos espectadores que o teatro se vai fazendo. Sim, somos herdeiros. Herdeiros daqueles que não se subjugaram a uma lógica do entretenimento nem se resumem a “eventos” e que obrigaram o palco a ser um lugar de conflito e pensamento. Agora, com Arthur Miller.

Jorge Silva Melo

Fotografia © Jorge Gonçalves



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