segunda-feira, 21 de novembro de 2016

E continuamos com O NOVO DANCING ELÉCTRICO de Enda Walsh no Teatro da Politécnica. E uma exposição de Nikias Skapinakis na Sala das Janelas, PAISAGENS OCULTAS.



O NOVO DANCING ELÉCTRICO de Enda Walsh Tradução Joana Frazão Com Andreia Bento, Antónia Terrinha, Isabel Muñoz Cardoso e Pedro Carraca Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistência de Encenação Andreia Bento Pedro Carraca Encenação Jorge Silva Melo M14

No Teatro da Politécnica de 9 de Novembro a 17 de Dezembro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis das 10h00 às 18h00)

CLARA Espetamos as maminhas com uma confiança nova. Uma confiança americana!

Enda Walsh, O Novo Dancing Eléctrico

Elas não esqueceram os dias felizes que passaram no Novo Dancing Eléctrico. Mas são agora três velhas irmãs numa remota aldeia piscatória e continuam obcecadas pelas negras memórias de uma coisa que parece ter sido um romance.
O Roller Royle. A poupa, desafiando a gravidade. A pose… Em estilo americano. Não havia coração que não disparasse quando aquelas ancas ondulavam ritmadas e aqueles lábios generosos se abriam para cantar - fazendo todas as mulheres desmaiar. Conquistou a admiração de qualquer macho com masculinidade e com apenas um piscar de olho e um sussurro partiu corações. Era o Elvis da Irlanda, o James Dean da música. Era o Roller Royle. E certa noite, numa dormente cidade irlandesa repleta de mexericos e peixe, mudou definitivamente a vida de três irmãs. O Novo Dancing Eléctrico é uma cintilante fábula espiriforme sobre as histórias que vêm a definir-nos.

Fotografia © Jorge Gonçalves



PAISAGENS OCULTAS de Nikias Skapinakis
guaches e óleos, 2014-16

No Teatro da Politécnica de 9 de Novembro a 17 de Dezembro
3ª a 6ª das 17h00 | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo


A arte – visual, literária, musical – não serve só para inquietar, ou provocar, mas também para encantar, divertir e apaziguar.
As “Paisagens Ocultas” pertencem a uma tendência parafigurativa  e desenvolvem-se a partir de 2014.  São óleos e guaches agrupados numa série de sentido horizontal, a que corresponde uma outra de sentido vertical. O seu espaço, susceptível de ampliação, não tem princípio nem fim, e está identificado por sete planos de cor, delimitados, ou recortados, pelo desenho. O número sete não tem, aliás, qualquer significado místico.  Na verdade, trata-se de uma divisão abstratizante, tão reduzida quanto possível, mas que permite, adequadamente, a expressividade e a densidade de cromatismo do quadro. As cores, sem nuances, são obtidas pela aplicação de sucessivas camadas lisas e nunca são idênticas através da variação das tonalidades. A linha negra, que recorta os planos cromáticos, varia de espessura, engrossando e estreitando ao longo do seu percurso.  O seu desenho sinuoso devolve à pintura a recordação da paisagem oculta na estrutura abstrata do quadro, impedindo-a de se comportar como não-figurativa. As “Paisagens Ocultas” acentuam no meu trabalho uma memória cartazista, aprofundando uma relação com o design, através do rigor no desenho e na aplicação da cor.    
N.S. 




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