terça-feira, 26 de junho de 2012

Os Artistas Unidos anunciam a temporada 2012-13 no Teatro da Politécnica. Abrimos a 5 de Setembro com Feliz Aniversário, com que voltamos a Harold Pinter. E com uma exposição de Samuel Rama.

E pronto, temos casa. Abrimos em Outubro e, apesar das condições modestas, quase sem equipamentos, com muito material emprestado, aqui estamos, de cara lavada e mãos sujas. Nesta temporada 2011-12 estivemos com Musset (Não se brinca com o amor), Enda Walsh (A Farsa da Rua W, Acamarrados e Penélope), revelámos Owen McCafferty (Dias de Vinho e Rosas) e Giovanni Testori (Herodíades), continuámos a nossa conversa com o Juan Mayorga (O Rapaz da Última Fila). E mostrámos esculturas: do Ângelo de Sousa, do Jorge Pinheiro. E acolhemos amigos: o John Romão e o Gonçalo Waddington que nos trouxeram Rodrigo Garcia, o iconoclasta. Houve espectadores, houve espectáculos, houve livros, dvds, houve conversas (poucas). Foi muito trabalho, fizemo-lo com dedicação e honra.
Agora aqui estamos de peito feito para a nossa segunda temporada. E voltamos (que bom!) a Harold Pinter (estava prometido), com a nossa produção da peça que lhe deu notoriedade, Feliz Aniversário. E mesmo sem saber o que será (nem quanto nem como) o financiamento que teremos em 2013, eis-nos a anunciar a temporada: depois de Pinter, voltamos a Enda Walsh, voltamos Simon Stephens, a David Greig, revelamos Judith Thompson, acolhemos mais amigos que, para já, nos trazem Lars Norén ou Álvaro Lapa e iremos expor Samuel Rama, José Francisco Azevedo, Ruth Rosengarten.
Talvez consigamos ainda fazer mais coisas, conversas, aulas, mais acolhimentos. Mas sabe-se lá, diz-se que andam maus os tempos, nós sabemos.
Agradecemos a todos - tantos - que, este ano, nos ajudaram (e a quem vamos continuar a solicitar apoio, amparo, ajudas). Pessoas tantas, actores tantos e tão bonitos.
E o TNDMII, a CTAlmada, O Bando, a Galeria Quadrado Azul, o Fernando Santos, a Galeria Graça Brandão, Ópera do Tejo, Re.AL.
E você, querido espectador, quando falamos sobre isto tudo e o mais que quer de nós?
Um dia destes? Era bom, não era, sentarmo-nos na varanda a discutir isto que fazemos neste teatrinho da Politécnica, com tantas saudades de tantos amigos que já foram.
 

Veja a programação em www.artistasunidos.pt

segunda-feira, 25 de junho de 2012

PENÉLOPE de Enda Walsh termina sábado, 30 de Junho. E, a partir de 4 de Julho, HERODÍADES de Giovanni Testori, está de novo no Teatro da Politécnica. De 4ª a sábado sempre às 19h. E também no domingo 8 e na terça-feira 10. Atenção: a sala é pequenissima, reserve já.

PENÉLOPE de Enda Walsh
 

Tradução Joana Frazão Com Joana Barros, João Vaz, José Neves(*), Pedro Carraca, Pedro Luzindro Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Fotografia Jorge Gonçalves Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M16
(*) Gentilmente cedido pelo TNDM II

No Teatro da Politécnica até 30 de Junho 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | sáb às 16h00 e às 21h00
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis 10h às 18h)

Quinn Estivéssemos nós sentados na Mongólia a tiritar no meio de um rebanho de iaques e eu a agarrar esta salsicha… Havia de olhar cada um de vocês nos olhos e sorrir… “Meus senhores, é uma salsicha quente! A derradeira salsicha, aquecida! E agora o que acham disto, rapazes?” 
Fitz Temos inveja. E frio.

Enda Walsh, Penélope

O texto está editado nos Livrinhos de Teatro (62).
HERODÍADES de Giovanni Testori
 

Tradução Miguel Serras Pereira Com Elmano Sancho Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Fotografias Jorge Gonçalves (Vídeo com Leandro Fernandes Imagem José Luis Carvalhosa Montagem Miguel Aguiar) Produção Vânia Rodrigues e Andreia Bento Encenação Jorge Silva Melo M16

No Teatro da Politécnica de 4 a 21 de Julho (As representações de 5 a 17 de Julho estão inseridas no Festival de Almada, ver calendário próprio).4ª a Sab às 19h00
Sessão extra no Dom 8 e 3ªf 10 às 19h00 

Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis 10h às 18h)

Então as orelhas

lhe havia de esfregar,
de esfregar e lamber,
e de tudo fazer
com o músculo da língua,
delas extraindo
a cera que - argamassa
de num ninho de andorinhas
e de andorinhaças -
lá se depusera
desde a última limpeza.
Giovanni Testori, Herodíades

O texto está editado na colecção Teofanias de Assírio e Alvim.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

E enquanto prossegue, em últimos dias, PENÉLOPE de Enda Walsh, já nos preparamos para a temporada 2012-13. Ensaiamos FELIZ ANIVERSÁRIO, com que voltamos a Harold Pinter.

PENÉLOPE de Enda Walsh
 

Tradução Joana Frazão Com Joana Barros, João Vaz, José Neves(*), Pedro Carraca, Pedro Luzindro Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Fotografia Jorge Gonçalves Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M16
(*) Gentilmente cedido pelo TNDM II

No Teatro da Politécnica até 30 de Junho 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | sáb às 16h00 e às 21h00
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis 10h às 18h)

Quinn Estivéssemos nós sentados na Mongólia a tiritar no meio de um rebanho de iaques e eu a agarrar esta salsicha… Havia de olhar cada um de vocês nos olhos e sorrir… “Meus senhores, é uma salsicha quente! A derradeira salsicha, aquecida! E agora o que acham disto, rapazes?” 
Fitz Temos inveja. E frio.
Enda Walsh, Penélope

O texto está editado nos Livrinhos de Teatro (62).

No Teatro da Politécnica de 5 de Setembro a 27 de Outubro3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | sáb às 16h00 e às 21h00

McCann Importa-se de se sentar? 
Stanley Importo-me, sim. 
McCann Pois é, mas é melhor sentar-se. 
Stanley Porque é que não se senta você? 
McCann Não sou eu, é você. 
Stanley Não, obrigado.
Harold Pinter, Feliz Aniversário 

O texto está editado em Teatro (dois volumes) de Harold Pinter (Relógio d´Água).

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Por motivos alheios à nossa vontade, não será possível realizar o espectáculo PENÉLOPE de Enda Walsh, amanhã Sábado, dia 16 de Junho, às 16h00.

PENÉLOPE de Enda Walsh
Tradução
Joana Frazão Com Joana Barros, João Vaz, José Neves(*), Pedro Carraca, Pedro Luzindro Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Fotografia Jorge Gonçalves Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M16

(*) Gentilmente cedido pelo TNDM II

No Teatro da Politécnica até 30 de Junho 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | sáb às 16h00 e às 21h00
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis 10h às 18h)

Quinn Estivéssemos nós sentados na Mongólia a tiritar no meio de um rebanho de iaques e eu a agarrar esta salsicha… Havia de olhar cada um de vocês nos olhos e sorrir… “Meus senhores, é uma salsicha quente! A derradeira salsicha, aquecida! E agora o que acham disto, rapazes?” 
Fitz Temos inveja. E frio.

Enda Walsh, Penélope

O texto está editado nos Livrinhos de Teatro (62).

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Estamos a chegar ao fim da nossa primeira temporada no Teatro da Politécnica. PENÉLOPE de Enda Walsh termina a sua carreira a 30 de Junho. E já nos preparamos para repor HERODÍADES de Giovanni Testori com que, este ano, integramos o Festival de Almada.

Tradução Joana Frazão Com Joana Barros, João Vaz, José Neves(*), Pedro Carraca, Pedro Luzindro Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Fotografia João Tuna Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M16
(*) Gentilmente cedido pelo TNDM II

No Teatro da Politécnica até 30 de Junho 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | sáb às 16h00 e às 21h00 Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis 10h às 18h)

Quinn Estivéssemos nós sentados na Mongólia a tiritar no meio de um rebanho de iaques e eu a agarrar esta salsicha… Havia de olhar cada um de vocês nos olhos e sorrir… “Meus senhores, é uma salsicha quente! A derradeira salsicha, aquecida! E agora o que acham disto, rapazes?”Fitz Temos inveja. E frio.

Enda Walsh, Penélope
O texto está editado nos Livrinhos de Teatro (62).
Tradução Miguel Serras Pereira Com Elmano Sancho Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Fotografias Jorge Gonçalves (Vídeo com Leandro Fernandes Imagem José Luis Carvalhosa Montagem Miguel Aguiar) Produção Vânia Rodrigues e Andreia Bento Encenação Jorge Silva Melo M16

No Teatro da Politécnica de 4 a 21 de Julho (As representações de 5 a 17 de Julho estão inseridas no Festival de Almada, ver calendário próprio).4ª a Sab às 19h00
Sessão extra no Dom 8 e 3ªf 10 às 19h00 
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis 10h às 18h)

Então as orelhas

lhe havia de esfregar,
de esfregar e lamber,
e de tudo fazer
com o músculo da língua,
delas extraindo
a cera que - argamassa
de num ninho de andorinhas
e de andorinhaças -
lá se depusera
desde a última limpeza.

Giovanni Testori, Herodíades
O texto está editado na colecção Teofanias de Assírio e Alvim.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

ACAMARRADOS de Enda Walsh só até sábado. E PENÉLOPE termina no fim do mês. Foi o nosso ano com Enda Walsh. Para o ano haverá mais coisas.

ACAMARRADOS de Enda Walsh

Tradução Joana Frazão Com Carla Galvão e António Simão Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Fotografia João Tuna Luz Pedro Domingos Coordenação da Produção Pedro Carraca e António Simão M16

No Teatro da Politécnica até 9 de Junho
4ªf às 21h00 | 5ªf a Sáb às 19h00
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis 10h às 18h)

Em Acamarrados o pai construiu paredes e mais paredes dentro de casa, até a filha estar numa caminha; pôs paredes à volta, e entrou, também ele, para a cama. E a história é: por que raio é que ele fez isso? E em termos da linguagem ou da estrutura da peça, isso precisa de ser filtrado pela cabeça dele, pela loucura dele. As frases… Se estivermos numa sala grande, eu posso continuar a falar sem parar, mas num espaço mais pequeno, se houver uma parede, tenho uma imagem visual das falas que voltam para trás. Por isso as frases têm de ser mais curtas, tem de haver mais staccato. Este tipo de coisas. Eu penso muito nos efeitos que o ambiente vai ter na linguagem, na psicologia das personagens, na estrutura da peça.

O texto está editado nos Livrinhos de Teatro (37).
PENÉLOPE de Enda Walsh
 

Tradução Joana Frazão Com Joana Barros, João Vaz, José Neves(*), Pedro Carraca, Pedro Luzindro Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Fotografia Jorge Gonçalves Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M16
(*) Gentilmente cedido pelo TNDM II

No Teatro da Politécnica até 30 de Junho 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | sáb às 16h00 e às 21h00 
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis 10h às 18h)

Quinn Estivéssemos nós sentados na Mongólia a tiritar no meio de um rebanho de iaques e eu a agarrar esta salsicha… Havia de olhar cada um de vocês nos olhos e sorrir… “Meus senhores, é uma salsicha quente! A derradeira salsicha, aquecida! E agora o que acham disto, rapazes?”
Fitz Temos inveja. E frio.

Enda Walsh, Penélope

O texto está editado nos Livrinhos de Teatro (62).

segunda-feira, 4 de junho de 2012

E é já amanhã a leitura OS CAPRICHOS DA MARIANNE de Alfred de Musset no Palácio Fronteira. Sessão de entrada livre, mediante reserva. E ACAMARRADOS de Enda Walsh termina a sua carreira no sábado (não viu ainda? nem sabe o que perde...).

OS CAPRICHOS DA MARIANNE de Alfred Musset

Tradução Ana Campos Com Américo Silva, Vânia Rodrigues, Rúben Gomes, Elmano Sancho, António Simão, Alexandra Viveiros, Joana Barros, Pedro Carraca, Tiago Nogueira, Pedro Luzindro

No Palácio Fronteira (Largo de São Domingos de Benfica, 1 - Portão principal) a 5 de Junho às 21h30 (Abertura das portas às 21h00), leitura gravada pela Antena 2, transmissão em Setembro no TEATRO SEM FIOS.
 

ENTRADA LIVRE NA MEDIDA DOS LUGARES DISPONÍVEIS
Reservas | 213916750 (dias úteis 10h às 18h).

Neste ano que começámos com o maravilhoso Alfred de Musset, vamos ao Palácio Fronteira ler OS CAPRICHOS DA MARIANNE, na tradução de Ana Campos. A mesma inquietação que conhecemos com o NÃO SE BRINCA COM O AMOR, os mesmos enganos, tanto desencontro. E a personagem sublime de Octave, esse que Jean Renoir copiou e a quem deu carne e voz, na sua obra-prima, A REGRA DO JOGO. Quase o mesmo elenco. E com esta leitura encerramos (será mesmo verdade?) a nossa passagem pelo universo delicado e venenoso de Musset. Nas salas do Palácio, com tantas lembranças.
ACAMARRADOS de Enda Walsh

Tradução Joana Frazão Com Carla Galvão e António Simão Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Fotografia João Tuna Luz Pedro Domingos Coordenação da Produção Pedro Carraca e António Simão M16

No Teatro da Politécnica até 9 de Junho
4ªf às 21h00 | 5ªf a Sáb às 19h00
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis 10h às 18h)
 

Em Acamarrados o pai construiu paredes e mais paredes dentro de casa, até a filha estar numa caminha; pôs paredes à volta, e entrou, também ele, para a cama. E a história é: por que raio é que ele fez isso? E em termos da linguagem ou da estrutura da peça, isso precisa de ser filtrado pela cabeça dele, pela loucura dele. As frases… Se estivermos numa sala grande, eu posso continuar a falar sem parar, mas num espaço mais pequeno, se houver uma parede, tenho uma imagem visual das falas que voltam para trás. Por isso as frases têm de ser mais curtas, tem de haver mais staccato. Este tipo de coisas. Eu penso muito nos efeitos que o ambiente vai ter na linguagem, na psicologia das personagens, na estrutura da peça.

O texto está editado nos Livrinhos de Teatro (37).

sexta-feira, 1 de junho de 2012

ACAMARRADOS está em cena no Teatro da Politécnica só até sábado, 9 de Junho. 4ª às 21h00, 5ª, 6ª e sábado às 19h00. É um trabalho imperdível de dois grandes actores, Carla Galvão e António Simão - e o texto fulcral de um dos grandes escritores deste século, Enda Walsh.

ACAMARRADOS de Enda Walsh

Tradução Joana Frazão Com Carla Galvão e António Simão Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Fotografia João Tuna Luz Pedro Domingos Coordenação da Produção Pedro Carraca e António Simão M16

No Teatro da Politécnica até 9 de Junho
4ªf às 21h00 | 5ªf a Sáb às 19h00
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis 10h às 18h)

Em Acamarrados o pai construiu paredes e mais paredes dentro de casa, até a filha estar numa caminha; pôs paredes à volta, e entrou, também ele, para a cama. E a história é: por que raio é que ele fez isso? E em termos da linguagem ou da estrutura da peça, isso precisa de ser filtrado pela cabeça dele, pela loucura dele. As frases… Se estivermos numa sala grande, eu posso continuar a falar sem parar, mas num espaço mais pequeno, se houver uma parede, tenho uma imagem visual das falas que voltam para trás. Por isso as frases têm de ser mais curtas, tem de haver mais staccato. Este tipo de coisas. Eu penso muito nos efeitos que o ambiente vai ter na linguagem, na psicologia das personagens, na estrutura da peça.

Enda Walsh

O texto está editado nos Livrinhos de Teatro (37).