sexta-feira, 27 de maio de 2022

COMUNICADO: Por alguns elementos da equipa de MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller terem testado positivo à Covid-19, as sessões de 26 a 29 de Maio serão canceladas. Assim, apresentamos MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller de 1 a 5 de Junho no TNDMII. A Cinemateca Portuguesa continua o ciclo O CINEMA DE JORGE SILVA MELO E CARTA BRANCA SEM RECEITA até 31 de Maio. No Teatro da Politécnica, a 29 de Maio às 19h00 lançamos o Livrinho de Teatro nº 159 de André Murraças. Em breve recebemos AS ONDAS a partir de Virginia Woolf do teatro meia volta, de 8 a 25 de Junho, e apresentamos OBSTRUÇÃO de Dimítris Dimitriádis de 22 de Junho a 2 de Julho no Teatro da Politécnica.

 


COMUNICADO:

Por alguns elementos da equipa de MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller terem testado positivo à Covid-19, as sessões de 26 a 29 de Maio serão canceladas.  
Caso tenha adquirido bilhetes estas sessões, por favor contacte o TNDMII gratuitamente para o número 800 213 250 ou para o e-mail: bilheteira@tndm.pt.

MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller Tradução Ana Raquel Fernandes e Rui Pina Coelho Com Américo Silva, Joana Bárcia, André Loubet, Pedro Caeiro, Pedro Baptista, José Neves, Paula Mora, Tiago Matias, Nídia Roque, Raquel Montenegro, António Simão, Hélder Braz e Joana Resende Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Som André Pires Luz Pedro Domingos Assistentes Nuno Gonçalo Rodrigues e Joana Resende Encenação Jorge Silva Melo Co-produção Artistas Unidos, TNDM, TNSJ M12

No Teatro Nacional D. Maria II de 1 Maio a 5 de Junho
4ª a Sáb às 19h | Dom às 16h

Happy  Tudo bem, miúdo. Vou mostrar-te a ti e a toda a gente que Willy Loman não morreu em vão. Ele tinha um sonho bom. O único sonho que vale a pena ter — ser o número um. Lutou muito, e agora hei-de consegui-lo por ele. 

Arthur Miller, Morte de um Caixeiro Viajante 


E agora, que é feito de nós?  

Estados Unidos, anos 40. Estamos no Sonho Americano, o ideal de self made man e o mito do sucesso. Willy Loman quer dar o mundo aos seus filhos, quer que o conquistem. Depois de 34 anos a trabalhar como caixeiro viajante, vê os seus sonhos desvanecerem-se, perdendo o chão e, consequentemente, a noção de realidade. Uma tragédia moderna do cidadão comum, que encontra na impotência do fracasso a derradeira violência. É mesmo arrepiante ver, agora, esta Morte de um caixeiro viajante que sobressaltou o mundo na sua estreia, na Broadway, em 1949 (num espectáculo dirigido por Elia Kazan) e que a Portugal chegou com a histórica encenação de António Pedro para o TEP, em 1954. Escrita no imediato pós-guerra, é um sentido Requiem por uma sociedade que se baseia no triunfo individual, na competição, na exploração. Um Requiem pelo capitalismo. E um dos retratos mais magoados do Sonho Americano. E agora que outras crises do capitalismo se abatem sobre as nossas vidas? E agora que estamos metidos nisto? E agora, que é feito de nós? 

JSM

Fotografia © Jorge Gonçalves



O CINEMA DE JORGE SILVA MELO E CARTA BRANCA SEM RECEITA

Na Cinemateca Portuguesa de 10 a 31 de Maio

É  em maio – “maduro maio” dizia Jorge Silva Melo a acertar a data para 2022 – que a Cinemateca volta integralmente à retrospectiva interrompida poucos dias após o início, em Março de 2020. 



Lançamento do Livrinho de Teatro nº 159 de André Murraças

Domingo 29 de Maio às 19h00
Teatro da Politécnica - Artistas Unidos

O número 159 da colecção de Livrinhos de Teatro, dos Artistas Unidos, contém duas peças de teatro do dramaturgo e encenador André Murraças: Cabaret Repórter X e A Última Noite em que Dançámos Juntos.


PROGRAMA 

Apresentação do livro: José Raposo e Maria José Campos

Leituras de excertos de: 

CABARET REPÓRTER X
por Joana Manuel, Miguel Raposo, Mónica Garnel, James Uhart (piano)

A ÚLTIMA NOITE EM QUE DANÇÁMOS JUNTOS
por Inês Rosado, João Gaspar, João Cachola, Miguel Ponte, Nuno Nolasco

O primeiro texto, Cabaret Repórter X, foi estreado em Janeiro de 2021 e infelizmente teve as suas récitas encurtadas devido ao lockdown imposto pelo Covid. A estreia foi no Teatro Municipal de São Luiz e é um texto sob forma de musical em volta da vida de Reinaldo Ferreira, também conhecido por Repórter X. Icónica figura dos anos 20, Reinaldo era um multifacetado jornalista e mentiroso que inventava reportagens e entrevistas, misturava géneros e cuja atribulada vida só podia ser contada como café-concerto.

O segundo texto de André Murraças incluído neste volume chama-se A Última Noite em que Dançámos Juntos e dá-nos um grupo de amigos em Lisboa e como as suas vidas são transformadas pela presença de uma estranha doença. É uma peça que mostra uma história que ainda não foi contada: a história de como a comunidade LGBT reagiu ao aparecimento do HIV nos anos 80, de como isso transfigurou vidas e ajudou a construir identidades e grupos de intervenção.

Fotografia André Murraças © Lisboeta Italiano




AS ONDAS a partir da tradução de Francisco Vale / Relógio D’Água Editores do romance As Ondas de Virginia Woolf Adaptação do texto Ricardo Braun Criação e interpretação Alfredo Martins, Anabela Almeida, Duarte Guimarães, Luís Godinho, Sara Duarte e Tânia Alves Acompanhamento da criação Cláudia Gaiolas Cenografia Carla Martinez Figurinos Ainhoa Vidal Luz Joana Mário Música e desenho de som João Bento Produção executiva Mariana Rolim Design Luís Cepa Estagiários Carolina Macieira e Rafael Oliveira Consultoria Alda Correia e Luísa Flora Produção teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser Apoio – Governo de Portugal – Ministério da Cultura/Direcção-Geral das Artes Residências Quinta Alegre – Lugar de Cultura e Fábrica Braço de Prata M12

No Teatro da Politécnica de 8 a 25 de Junho
3ª a Sáb. às 21h00


“Começo a esquecer, começo a duvidar do aqui e do agora. Vi tantas coisas, pronunciei tantas frases. Por isso pergunto: “Quem sou eu?” Falei de Bernard, de Neville, de Jinny, de Susan, de Rhoda e Louis. Serei acaso todos eles ao mesmo tempo? Serei um ser distinto e único? Não sei. Sentamo-nos aqui juntos. Mas Percival morreu e Rhoda morreu. Dispersamo-nos. Não estamos aqui. Mas apesar disso, não vejo nada que nos separe. Somos a mesma pessoa. Essas diferenças que nos pareciam tão importantes, essa identidade a que concedíamos tanta importância, foi superada. Sim, ainda tenho na fronte o golpe que recebi quando Percival caiu. E na nuca guardo o beijo que Jinny deu em Louis. Os meus olhos enchem-se com as lágrimas de Susan. E ao longe, tremulando como um fio de ouro, vejo a coluna que Rhoda entreviu no deserto. Mas agora tudo terminou.”

Virginia Woolf, As Ondas

Em 2022, a equipa do teatro meia volta propõe-se a adaptar para cena o romance As Ondas, de Virginia Woolf. Esta proposta dá continuidade a uma reflexão sobre a passagem do tempo e os processos de crescimento/envelhecimento, iniciada no espetáculo Joyeux Anniversaire, criado em 2021, para a comemoração dos 15 anos de existência da estrutura.  Em As Ondas, Virginia Woolf constrói uma delicada partitura que se movimenta entre seis monólogos interiores. O texto segue os seis narradores-personagens desde a infância à idade adulta, explorando os processos de construção e mediação da individualidade e do coletivo. Há ainda uma sétima personagem que não tem voz, mas é descrita e referenciada pelas outras. Marguerite Yourcenar, tradutora francesa do romance, descreveu-o assim: As Ondas é um livro com seis personagens, ou melhor, seis instrumentos musicais, pois consiste unicamente em monólogos interiores, cujas curvas se sucedem e entrecruzam com uma segurança que lembra a Arte da Fuga de Bach. Nesta narrativa musical, os breves pensamentos de infância, as rápidas reflexões sobre os momentos de juventude e de confiante camaradagem desempenham o mesmo papel dos allegri nas sinfonias de Mozart, abrindo espaço para os lentos andantes dos imensos solilóquios sobre a experiência, a solidão e a maturidade.

Tanto como uma meditação sobre a vida, As Ondas é um ensaio sobre a solidão. Trata-se de seis crianças, três raparigas, Rhoda, Jinny e Susan; e de três rapazes, Louis, Neville e Bernard, que vemos crescer, diferenciar-se e envelhecer. Uma sétima criança, que nunca toma a palavra e que só conhecemos através das outras, é o centro do livro, ou melhor, o seu coração."



OBSTRUÇÃO de Dimítris Dimitriádis Tradução José António Costa Ideias Com André Loubet, Diogo Freitas, Simon Frankel, Pedro Caeiro, Pedro Lacerda Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistente Nuno Gonçalo Rodrigues Encenação Jorge Silva Melo M16

No Teatro da Politécnica de 22 de Junho a 2 de Julho
3ª a Sáb às 19h00

NARCISO É isto que sou / Um não / Um só não
Dimitris Dimitriadis, Obstrução

São pequeníssimos textos – escritos por Dimítris Dimitriádis, autor imprescindível para nós – a partir de mitos gregos. Mas aquilo que ele quer não é voltar a falar do passado, é questionar o presente: quem é agora Narciso? Quem é agora Tântalo? Que desejo (porque é disso que se trata), se imiscui no meio destas personagens desabrigadas, nuas, tristes?

Um espectáculo experimental com os textos inéditos de Dimítris Dimitriádis.


Fotografia © Jorge Gonçalves

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