terça-feira, 27 de março de 2018

Hoje, Dia Mundial do Teatro, é dia de entrada livre para O TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras no Teatro da Politécnica às 19h. E na sala ao lado, DESENHOS COM COR de Daniel Fernandes. Na Antena 2, AS SOBRINHAS de Jaime Salazar Sampaio.


O TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras Tradução Luís Francisco Rebello Com Isabel Muñoz Cardoso, João Meireles e Pedro Carraca Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M12
No Teatro da Politécnica de 7 de Março a 14 de Abril3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis das 10h00 às 18h00)

DIA MUNDIAL DO TEATRO, 27 de Março
Sessão de entrada livre às 19h00
 (sujeito à lotação da sala)
Abertura da bilheteira: 17h00

Quem foi esta mulher que assassinou a prima e dispersou os pedaços do cadáver pelo viadutos do caminho de ferro? A notícia tocou Marguerite Duras. E o facto de a criminosa nunca ter parado de fazer perguntas sobre o que fizera e porquê. "Quem é esta mulher?" chamou-se a primeira versão feita em Portugal deste texto seco, duro e frio.
O Interrogador Confessou ser a autora da morte da sua prima Marie-Thérèse Bousquet?
Claire É verdade.

Marguerite Duras, O Teatro da Amante Inglesa

Fotografia © Jorge Gonçalves


DESENHOS COM COR de Daniel Fernandes

No Teatro da Politécnica de 7 de Março a 14 de Abril
3ª a 6ª das 17h00 | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo
APOIO Fundação Calouste Gulbenkian

Daniel Fernandes mostra trabalhos recentes, onde procedimentos exaustivos de sobreposição e rasura fazem deslocar os desenhos para um espaço partilhado com a pintura.



 Na Antena 2, no Teatro Sem Fios a 27 de Março às 19h00

Uma peça em 1 ato de um dos autores portugueses mais ativos nos anos 60 - 80. O que se esconde atrás da imagem? Que passado irrompe? Que desejos sepultámos? Por baixo de uma pequena burguesia sufocante, que desejo erótico está soterrado? Que sonhos morreram até tudo ficar com poeira. Um teatro surpreendente, surreal, inquietante, desassossegado.

Fotografia © Jorge Gonçalves



segunda-feira, 26 de março de 2018

Dia Mundial do Teatro | Hoje, na Biblioteca da INCM, Maria João Luís e Jorge Silva Melo apresentam o livro de fotografias de Jorge Gonçalves. 20 ANOS DE TRABALHOS. Amanhã, Dia Mundial do Teatro, sessão de entrada livre de O TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras. E a exposição de Daniel Fernandes, DESENHOS COM COR. Também na 3ª 27, a Antena 2 transmite AS SOBRINHAS de Jaime Salazar Sampaio. E na 5ª 29 de Março, Jorge Silva Melo e Nuno Gonçalo Rodrigues lêem ALBERTO DE LACERDA na Casa da Cultura de Setúbal.


Lançamento “Jorge Gonçalves, 20 Anos de Trabalhos – Fotografia, Artistas Unidos”

A Imprensa Nacional-Casa da Moeda e os Artistas Unidos têm o prazer de convidar para o lançamento do livro "Jorge Gonçalves, 20 Anos de Trabalhos - Fotografias, Artistas Unidos", em véspera de Dia Mundial do Teatro, a 26 de Março, pelas 18h30, na Biblioteca da Imprensa Municipal-Casa da Moeda (R. da Escola Politécnica, 135).

Apresentação de Maria João Luís e Jorge Silva Melo

Na Biblioteca da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 26 de Março às 18h30

E FOI JÁ HÁ VINTE ANOS

Foi, faz agora vinte anos. Nem sei se foi alguém que mo recomendou, se foi por eu já ter visto as suas belíssimas fotografias de Vera Mantero ou de João Fiadeiro , não sei. Sei que, uma tarde nos finais de Junho de 1998, o Jorge Gonçalves nos apareceu, nos Recreios da Amadora, num ensaio quase final de “Aos que Nascerem Depois de Nós”, um espectáculo que dirigi com canções de Bertolt Brecht. E fotografou, fotografou, fotografou. Ainda a fotografia era em película, ainda usava o preto e branco, fazíamos uma volta da peça para as fotos a cores, outra para o pb.
E foram deslumbrantes aquelas primeiras fotografias, deslumbrantes. Movimento, composição, relação entre actores, rostos em acção, olhos - é aquele o teatro de que gosto e, logo nessa longa primeira sessão, o Jorge Gonçalves se entendeu bem com esta nossa (barroca?) desarrumação que não deixo de dedicar ao que tanto aprendi com o Tintoretto. Sim, o Jorge Gonçalves gosta do desequilíbrio, da instável relação de forças, do corpo vivo dos actores, dos olhos que irradiam, do corpo em queda, do olhar furtivo, da mão que se eleva até à boca.
E desde então tem andado connosco. Sempre. Passou da película ao digital, acabou-se o preto e branco e as longas noites a revelar em casa, acabou-se esse mundo, falamos em Raw e em dpis , mas ele continua a fotografar e são vibrantes os trabalhos que nos trás, esplendorosos. Foram vinte anos, são milhares de fotografias, quase duzentos actores, tantas peças, muitos directores, tantas salas diferentes, grandes umas, sem recuo outras tantas, pequenas muitas delas, A Capital, o Taborda, as Mónicas, a Malaposta, o Dona Maria, o CCB, a Culturgest, a Mundet no Seixal, a Voz do Operário, o Belém-Clube, o São Luiz, Teatro Municipal de Almada, o Centro Cultural do Cartaxo, o Estrela 60 de tantos ensaios, agora o Teatro da Politécnica (mudámos mais vezes de casa do que de sapatos?) , tanta sessão, tanta fotografia, tanto nome, tanto trabalho, tanto talento: vinte anos.
O teatro vive mal com os registos, desconfio dos vídeos, veneno omnipresente que torna tudo velho, mais velho do que a memória.
E o que o Jorge Gonçalves faz não é de todo um registo, ele não é testemunha, inventa fotografia a partir dos ensaios, fotografia da vida que está dentro dos espectáculos, é uma outra maneira de olhar o mundo, é reescrita, é fotografia, chamemos-lhe arte, que foi para isto que se inventou esta palavra.
Muitas vezes tem de se acrescentar luz ao desenho que o Pedro Domingos fez, e tentamos seguir-lhe as linhas mestras, quase nunca temos recuo para fotografar os sempre extraordinários cenários da Rita Lopes Alves, preso que o Jorge anda (e deve andar) à movimentação dos actores, à sua instantânea vulnerabilidade. Vemos só uma parte, sim, “a parte pelo todo”, como se diz que é a metonímia.
E não é isso mesmo a fotografia? Ou seja, a poesia?
Para nós é isso: vinte anos.

Jorge Silva Melo
Outubro 2017


O TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras Tradução Luís Francisco Rebello Com Isabel Muñoz Cardoso, João Meireles e Pedro Carraca Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M12

No Teatro da Politécnica de 7 de Março a 14 de Abril
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis das 10h00 às 18h00)

DIA MUNDIAL DO TEATRO, 27 de Março
Sessão de entrada livre às 19h00
 (sujeito à lotação da sala)
Abertura da bilheteira: 17h00

Quem foi esta mulher que assassinou a prima e dispersou os pedaços do cadáver pelo viadutos do caminho de ferro? A notícia tocou Marguerite Duras. E o facto de a criminosa nunca ter parado de fazer perguntas sobre o que fizera e porquê. "Quem é esta mulher?" chamou-se a primeira versão feita em Portugal deste texto seco, duro e frio.
O Interrogador Confessou ser a autora da morte da sua prima Marie-Thérèse Bousquet?
Claire É verdade.

Marguerite Duras, O Teatro da Amante Inglesa

Fotografia © Jorge Gonçalves



DESENHOS COM COR de Daniel Fernandes

No Teatro da Politécnica de 7 de Março a 14 de Abril
3ª a 6ª das 17h00 | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo
APOIO Fundação Calouste Gulbenkian

Daniel Fernandes mostra trabalhos recentes, onde procedimentos exaustivos de sobreposição e rasura fazem deslocar os desenhos para um espaço partilhado com a pintura.


As Sobrinhas de Jaime Salazar Sampaio Com Gonçalo Egito, João Estima, Inês Pereira, Isabel Muñoz Cardoso, Miguel Galamba, Vânia Rodrigues, Diana Narciso, Sara Inês Gigante e Rita Delgado Direcção António Simão
 Na Antena 2, no Teatro Sem Fios a 27 de Março às 19h00

Uma peça em 1 ato de um dos autores portugueses mais ativos nos anos 60 - 80. O que se esconde atrás da imagem? Que passado irrompe? Que desejos sepultámos? Por baixo de uma pequena burguesia sufocante, que desejo erótico está soterrado? Que sonhos morreram até tudo ficar com poeira. Um teatro surpreendente, surreal, inquietante, desassossegado.

Fotografia © Jorge Gonçalves



EM VOZ ALTA os nossos poetas leituras de poesia portuguesa pelos Artistas Unidos
Eu gosto de ler em voz alta, eu gosto de ouvir poesia lida pelos actores com quem trabalho, eu gosto de poesia lida para várias pessoas, eu gosto de leituras de poesia, ver gente, sentir gente à volta das palavras suspensas do poeta.


Na Casa da Cultura de Setúbal, 29 de Março às 21h30 ALBERTO DE LACERDA por Jorge Silva Melo e Nuno Gonçalo Rodrigues
Próxima sessão:Na Biblioteca da INCM, 2 de Abril às18h30ADOLFO CASAIS MONTEIRO por Luís Lucas e Jorge Silva Melo



Fotografia © Jorge Gonçalves



quarta-feira, 21 de março de 2018

Convite | Lançamento de "Jorge Gonçalves, 20 Anos de Trabalhos - Fotografias, Artistas Unidos" | Biblioteca da INCM, 26 de Março às 18h30


A Imprensa Nacional-Casa da Moeda e os Artistas Unidos têm o prazer de convidar para o lançamento do livro "Jorge Gonçalves, 20 Anos de Trabalhos - Fotografias, Artistas Unidos", em véspera de Dia Mundial do Teatro, a 26 de Março, pelas 18h30, na Biblioteca da Imprensa Municipal-Casa da Moeda (R. da Escola Politécnica, 135).


Na Biblioteca da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 26 de Março às 18h30

E FOI JÁ HÁ VINTE ANOS

Foi, faz agora vinte anos. Nem sei se foi alguém que mo recomendou, se foi por eu já ter visto as suas belíssimas fotografias de Vera Mantero ou de João Fiadeiro , não sei. Sei que, uma tarde nos finais de Junho de 1998, o Jorge Gonçalves nos apareceu, nos Recreios da Amadora, num ensaio quase final de “Aos que Nascerem Depois de Nós”, um espectáculo que dirigi com canções de Bertolt Brecht. E fotografou, fotografou, fotografou. Ainda a fotografia era em película, ainda usava o preto e branco, fazíamos uma volta da peça para as fotos a cores, outra para o pb.
E foram deslumbrantes aquelas primeiras fotografias, deslumbrantes. Movimento, composição, relação entre actores, rostos em acção, olhos - é aquele o teatro de que gosto e, logo nessa longa primeira sessão, o Jorge Gonçalves se entendeu bem com esta nossa (barroca?) desarrumação que não deixo de dedicar ao que tanto aprendi com o Tintoretto. Sim, o Jorge Gonçalves gosta do desequilíbrio, da instável relação de forças, do corpo vivo dos actores, dos olhos que irradiam, do corpo em queda, do olhar furtivo, da mão que se eleva até à boca.
E desde então tem andado connosco. Sempre. Passou da película ao digital, acabou-se o preto e branco e as longas noites a revelar em casa, acabou-se esse mundo, falamos em Raw e em dpis , mas ele continua a fotografar e são vibrantes os trabalhos que nos trás, esplendorosos. Foram vinte anos, são milhares de fotografias, quase duzentos actores, tantas peças, muitos directores, tantas salas diferentes, grandes umas, sem recuo outras tantas, pequenas muitas delas, A Capital, o Taborda, as Mónicas, a Malaposta, o Dona Maria, o CCB, a Culturgest, a Mundet no Seixal, a Voz do Operário, o Belém-Clube, o São Luiz, Teatro Municipal de Almada, o Centro Cultural do Cartaxo, o Estrela 60 de tantos ensaios, agora o Teatro da Politécnica (mudámos mais vezes de casa do que de sapatos?) , tanta sessão, tanta fotografia, tanto nome, tanto trabalho, tanto talento: vinte anos.
O teatro vive mal com os registos, desconfio dos vídeos, veneno omnipresente que torna tudo velho, mais velho do que a memória.
E o que o Jorge Gonçalves faz não é de todo um registo, ele não é testemunha, inventa fotografia a partir dos ensaios, fotografia da vida que está dentro dos espectáculos, é uma outra maneira de olhar o mundo, é reescrita, é fotografia, chamemos-lhe arte, que foi para isto que se inventou esta palavra.
Muitas vezes tem de se acrescentar luz ao desenho que o Pedro Domingos fez, e tentamos seguir-lhe as linhas mestras, quase nunca temos recuo para fotografar os sempre extraordinários cenários da Rita Lopes Alves, preso que o Jorge anda (e deve andar) à movimentação dos actores, à sua instantânea vulnerabilidade. Vemos só uma parte, sim, “a parte pelo todo”, como se diz que é a metonímia.
E não é isso mesmo a fotografia? Ou seja, a poesia?
Para nós é isso: vinte anos.

Jorge Silva Melo
Outubro 2017


segunda-feira, 19 de março de 2018

Por motivos que nos são alheios, não podemos realizar a sessão de O TEATRO DA AMANTE INGLESA de 3ª 20 de Março às 19h. A alameda de acesso está em obras e impede a entrada no nosso Teatro. Estamos a tentar contactar todas as reservas de forma a alterar para outro dia a partir de 4ª 21 de Março. Pode contactar-nos para o 213916750. Pedimos desculpa.



O TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras Tradução Luís Francisco Rebello Com Isabel Muñoz CardosoJoão Meireles e Pedro Carraca Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M12

No Teatro da Politécnica de 7 de Março a 14 de Abril

3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis das 10h00 às 18h00)
Quem foi esta mulher que assassinou a prima e dispersou os pedaços do cadáver pelo viadutos do caminho de ferro? A notícia tocou Marguerite Duras. E o facto de a criminosa nunca ter parado de fazer perguntas sobre o que fizera e porquê. "Quem é esta mulher?" chamou-se a primeira versão feita em Portugal deste texto seco, duro e frio.
O Interrogador Confessou ser a autora da morte da sua prima Marie-Thérèse Bousquet?
Claire É verdade.

Marguerite Duras, O Teatro da Amante Inglesa

Fotografia © Jorge Gonçalves
 


No Teatro da Politécnica continua O TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras. E na sala ao lado, até dia 14, ainda pode ver DESENHOS COM COR de Daniel Fernandes. Na 2ª 26, na INCM, Maria João Luís fará o lançamento do livro de fotografias de Jorge Gonçalves, 20 ANOS DE TRABALHOS.



O TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras Tradução Luís Francisco Rebello Com Isabel Muñoz Cardoso, João Meireles e Pedro Carraca Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M12

No Teatro da Politécnica de 7 de Março a 14 de Abril

3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis das 10h00 às 18h00)
Quem foi esta mulher que assassinou a prima e dispersou os pedaços do cadáver pelo viadutos do caminho de ferro? A notícia tocou Marguerite Duras. E o facto de a criminosa nunca ter parado de fazer perguntas sobre o que fizera e porquê. "Quem é esta mulher?" chamou-se a primeira versão feita em Portugal deste texto seco, duro e frio.
O Interrogador Confessou ser a autora da morte da sua prima Marie-Thérèse Bousquet?
Claire É verdade.

Marguerite Duras, O Teatro da Amante Inglesa

Fotografia © Jorge Gonçalves


DESENHOS COM COR de Daniel Fernandes

No Teatro da Politécnica de 7 de Março a 14 de Abril
3ª a 6ª das 17h00 | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo
APOIO Fundação Calouste Gulbenkian
Daniel Fernandes mostra trabalhos recentes, onde procedimentos exaustivos de sobreposição e rasura fazem deslocar os desenhos para um espaço partilhado com a pintura.



Lançamento “Jorge Gonçalves, 20 Anos de Trabalhos – Fotografia, Artistas Unidos”

A Imprensa Nacional-Casa da Moeda e os Artistas Unidos têm o prazer de convidar para o lançamento do livro "Jorge Gonçalves, 20 Anos de Trabalhos - Fotografias, Artistas Unidos", em véspera de Dia Mundial do Teatro, a 26 de Março, pelas 18h30, na Biblioteca da Imprensa Municipal-Casa da Moeda (R. da Escola Politécnica, 135).

Apresentação de Maria João Luís e Jorge Silva Melo

Na Biblioteca da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 26 de Março às 18h30
E FOI JÁ HÁ VINTE ANOS

Foi, faz agora vinte anos. Nem sei se foi alguém que mo recomendou, se foi por eu já ter visto as suas belíssimas fotografias de Vera Mantero ou de João Fiadeiro , não sei. Sei que, uma tarde nos finais de Junho de 1998, o Jorge Gonçalves nos apareceu, nos Recreios da Amadora, num ensaio quase final de “Aos que Nascerem Depois de Nós”, um espectáculo que dirigi com canções de Bertolt Brecht. E fotografou, fotografou, fotografou. Ainda a fotografia era em película, ainda usava o preto e branco, fazíamos uma volta da peça para as fotos a cores, outra para o pb.
E foram deslumbrantes aquelas primeiras fotografias, deslumbrantes. Movimento, composição, relação entre actores, rostos em acção, olhos - é aquele o teatro de que gosto e, logo nessa longa primeira sessão, o Jorge Gonçalves se entendeu bem com esta nossa (barroca?) desarrumação que não deixo de dedicar ao que tanto aprendi com o Tintoretto. Sim, o Jorge Gonçalves gosta do desequilíbrio, da instável relação de forças, do corpo vivo dos actores, dos olhos que irradiam, do corpo em queda, do olhar furtivo, da mão que se eleva até à boca.
E desde então tem andado connosco. Sempre. Passou da película ao digital, acabou-se o preto e branco e as longas noites a revelar em casa, acabou-se esse mundo, falamos em Raw e em dpis , mas ele continua a fotografar e são vibrantes os trabalhos que nos trás, esplendorosos. Foram vinte anos, são milhares de fotografias, quase duzentos actores, tantas peças, muitos directores, tantas salas diferentes, grandes umas, sem recuo outras tantas, pequenas muitas delas, A Capital, o Taborda, as Mónicas, a Malaposta, o Dona Maria, o CCB, a Culturgest, a Mundet no Seixal, a Voz do Operário, o Belém-Clube, o São Luiz, Teatro Municipal de Almada, o Centro Cultural do Cartaxo, o Estrela 60 de tantos ensaios, agora o Teatro da Politécnica (mudámos mais vezes de casa do que de sapatos?) , tanta sessão, tanta fotografia, tanto nome, tanto trabalho, tanto talento: vinte anos.
O teatro vive mal com os registos, desconfio dos vídeos, veneno omnipresente que torna tudo velho, mais velho do que a memória.
E o que o Jorge Gonçalves faz não é de todo um registo, ele não é testemunha, inventa fotografia a partir dos ensaios, fotografia da vida que está dentro dos espectáculos, é uma outra maneira de olhar o mundo, é reescrita, é fotografia, chamemos-lhe arte, que foi para isto que se inventou esta palavra.
Muitas vezes tem de se acrescentar luz ao desenho que o Pedro Domingos fez, e tentamos seguir-lhe as linhas mestras, quase nunca temos recuo para fotografar os sempre extraordinários cenários da Rita Lopes Alves, preso que o Jorge anda (e deve andar) à movimentação dos actores, à sua instantânea vulnerabilidade. Vemos só uma parte, sim, “a parte pelo todo”, como se diz que é a metonímia.
E não é isso mesmo a fotografia? Ou seja, a poesia?
Para nós é isso: vinte anos.

Jorge Silva Melo
Outubro 2017


segunda-feira, 12 de março de 2018

No Teatro da Politécnica está O TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras. E a exposição DESENHOS COM COR de Daniel Fernandes.


O TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras Tradução Luís Francisco Rebello Com Isabel Muñoz Cardoso, João Meireles e Pedro Carraca Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M12

No Teatro da Politécnica de 7 de Março a 14 de Abril

3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis das 10h00 às 18h00)
 
Quem foi esta mulher que assassinou a prima e dispersou os pedaços do cadáver pelo viadutos do caminho de ferro? A notícia tocou Marguerite Duras. E o facto de a criminosa nunca ter parado de fazer perguntas sobre o que fizera e porquê. "Quem é esta mulher?" chamou-se a primeira versão feita em Portugal deste texto seco, duro e frio.
 
O Interrogador Confessou ser a autora da morte da sua prima Marie-Thérèse Bousquet?
Claire É verdade.

Marguerite Duras, O Teatro da Amante Inglesa

Fotografia © Jorge Gonçalves


DESENHOS COM COR de Daniel Fernandes

No Teatro da Politécnica de 7 de Março a 14 de Abril
3ª a 6ª das 17h00 | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo
 
APOIO Fundação Calouste Gulbenkian
 
Daniel Fernandes mostra trabalhos recentes, onde procedimentos exaustivos de sobreposição e rasura fazem deslocar os desenhos para um espaço partilhado com a pintura.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Estreamos na 4ª 7 O TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras. Até 14 de Abril no Teatro da Politécnica. E inauguramos DESENHOS COM COR de Daniel Fernandes. E no sábado, 10 de Março, António Simão e Luís Lucas lêem David Mourão-Ferreira na Casa Sommer, em Cascais.


O TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras Tradução Luís Francisco Rebello Com Isabel Muñoz Cardoso, João Meireles e Pedro Carraca Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M12

No Teatro da Politécnica de 7 de Março a 14 de Abril

3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis das 10h00 às 18h00)

Quem foi esta mulher que assassinou a prima e dispersou os pedaços do cadáver pelo viadutos do caminho de ferro? A notícia tocou Marguerite Duras. E o facto de a criminosa nunca ter parado de fazer perguntas sobre o que fizera e porquê. "Quem é esta mulher?" chamou-se a primeira versão feita em Portugal deste texto seco, duro e frio.

O Interrogador Confessou ser a autora da morte da sua prima Marie-Thérèse Bousquet?
Claire É verdade.

Marguerite Duras, O Teatro da Amante Inglesa

Fotografia © Jorge Gonçalves



DESENHOS COM COR de Daniel Fernandes

No Teatro da Politécnica de 7 de Março a 14 de Abril
3ª a 6ª das 17h00 | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo

INAUGURAÇÃO dia 7 de Março às 21h00
(Entrada livre)
APOIO Fundação Calouste Gulbenkian

Daniel Fernandes mostra trabalhos recentes, onde procedimentos exaustivos de sobreposição e rasura fazem deslocar os desenhos para um espaço partilhado com a pintura.



EM VOZ ALTA  os nossos poetas
leituras de poesia portuguesa pelos Artistas Unidos

Eu gosto de ler em voz alta, eu gosto de ouvir poesia lida pelos actores com quem trabalho, eu gosto de poesia lida para várias pessoas, eu gosto de leituras de poesia, ver gente, sentir gente à volta das palavras suspensas do poeta.
Gostamos de ler os poetas, os que desbravam os sentidos desta vida.
Em Cascais, na Casa Sommer, Sábado 10 de Março às 18h30
DAVID MOURÃO-FERREIRA por António Simão e Luís Lucas

Fotografia © Jorge Gonçalves

quinta-feira, 1 de março de 2018

Convite | O TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras | DESENHOS COM COR de Daniel Fernandes


TEATRO DA AMANTE INGLESA de Marguerite Duras Tradução Luís Francisco Rebello Com Isabel Muñoz Cardoso, João Meireles e Pedro Carraca Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M12

No Teatro da Politécnica de 7 de Março a 14 de Abril

3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00


CONVITE DUPLO válido para as sessões de 7 de Março às 19h00 ou 8 e 9 de Março às 21h00Sujeito a reserva e à lotação da sala
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis das 10h00 às 18h00)

Quem foi esta mulher que assassinou a prima e dispersou os pedaços do cadáver pelo viadutos do caminho de ferro? A notícia tocou Marguerite Duras. E o facto de a criminosa nunca ter parado de fazer perguntas sobre o que fizera e porquê. "Quem é esta mulher?" chamou-se a primeira versão feita em Portugal deste texto seco, duro e frio.

O Interrogador Confessou ser a autora da morte da sua prima Marie-Thérèse Bousquet?
Claire É verdade.

Marguerite Duras, O Teatro da Amante Inglesa

Fotografia © Jorge Gonçalves




DESENHOS COM COR de Daniel Fernandes

No Teatro da Politécnica de 7 de Março a 14 de Abril
3ª a 6ª das 17h00 | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo

INAUGURAÇÃO dia 7 de Março às 21h00
(Entrada livre)
APOIO Fundação Calouste Gulbenkian

Daniel Fernandes mostra trabalhos recentes, onde procedimentos exaustivos de sobreposição e rasura fazem deslocar os desenhos para um espaço partilhado com a pintura.