terça-feira, 20 de setembro de 2016

Hoje é 3ª feira e, pelas 19h, voltam a abrir-se as portas do Teatro da Politécnica. Em cena, O RIO de Jez Butterworth e uma exposição de João Jacinto, NOITE, NOITE MAIS DO QUE HOJE. E na quinta feira é dia de BAIRRO DAS ARTES.


O RIO de Jez Butterworth Tradução Joana Frazão Com Rúben GomesInês PereiraVânia Rodrigues e Maria Jorge Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Assistência Maria Jorge Coordenação Técnica João Chicó Encenação Jorge Silva Melo M14


No Teatro da Politécnica de 14 de Setembro a 22 de Outubro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Reservas: 961960281 | 213916750 (dias úteis das 10h00 às 18h00)

E no dia seguinte voltei ao rio, tirei as minhas roupas e mergulhei, procurei os peixes e não os consegui encontrar mas quando voltei à tona estava a segurar alguma coisa. Outra coisa.

Jez Butterworth, O Rio
 
Um pescador sem nome traz uma mulher sem nome até à sua cabana perto do rio. Ele diz à mulher que a ama e que nunca tinha trazido ninguém àquele lugar. Estranhamente, parece-nos que está a declarar-se a duas mulheres de uma só vez. Será que é com a memória de uma mulher que ele fala? Pode essa memória transformar-se? Numa meditação onírica sobre o amor e a saudade, Jez Butterworth torna visíveis os fantasmas de um passado mutável como o fluxo do rio.

Fotografia © Jorge Gonçalves


Exposição de João Jacinto
No Teatro da Politécnica de 14 de Setembro a 22 de Outubro
3ª a 6ª das 17h00 | Sábado das 15h00 até final do espectáculo 



"Quando a taciturna chegar e decapitar as túlipas", dizia Paul Celan, o poeta que logo procurei ao chegar um dia destes do atelier do João Jacinto e ele me mostrar uma infinidade de papéis (não disse desenhos, não sei se são, o carvão aqui pinta o magma, a noite sem redenção, serão pintura). "Quando a taciturna chegar." E neste poema, ele pergunta: "quem assomará à janela?" Procuro esta poesia para salvar o susto? Redimir o temor? Procuro estes dizeres para arrumar o medo? Para sobreviver ao inverno dos corpos? Na arte (mortuária? espectral?) de João Jacinto, emergem figuras, assombrações, pesadelos, fantasmagorias. Emergem, disse. Mas podia também dizer "afundam-se". E repetem-se, repetem-se, repetem-se, avassaladoras.

Jorge Silva Melo



7ª EDIÇÃO DO BAIRRO DAS ARTES — A RENTRÉE CULTURAL DA SÉTIMA COLINA DE LISBOA
22.SETEMBRO, DAS 19H ÀS 23H. 34 ESPAÇOS DE ARTE CONTEMPORÂNEA

Os Artistas Unidos associam-se ao Bairro das Artes, com a exposição NOITE, NOITE MAIS DO QUE HOJE de João Jacinto.
 
Na sua sétima edição, o Bairro das Artes reforça a oferta artística nesta área da cidade de Lisboa, apresentando aos diversos públicos, nacionais e estrangeiros, e de forma gratuita, cerca de 30 eventos que ocorrem em galerias, museus, livrarias e outros espaços ligados à Arte Contemporânea nesta colina da cidade. Inaugurações,visitas acompanhadas, lançamentos de livros, manifestações artísticas nas ruas deste “Bairro Aberto”, numa programação muito eclética no campo das Artes Visuais com Pintura, Fotografia, Instalação, Desenho, Gravura, que se volta a estender à Arte Urbana e, pela primeira vez, à Joalharia. A edição de 2016 do Bairro das Artes contempla a participação da quase totalidade dos espaços ligados à Arte Contemporânea, com programação regular na 7a colina de Lisboa, mantendo-se assim estes dois eixos que definem a génese deste evento.
O Bairro das Artes é uma organização de Isto não é um cachimbo. Associação em co-produção com a Galeria das Salgadeiras e o I Love Bairro Alto

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