segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

E prossegue a carreira de OS ALIENS de Annie Baker no Teatro da Politécnica. Até 2 de Março pode também visitar a exposição SANGUE BRANCO NA SOMBRA DO PRESENTE de Avelino Sá. Entretanto continuamos a digressão de DO ALTO DA PONTE de Arthur Miller. A 31 de Janeiro no Teatro das Figuras, em Faro. Continuam as leituras EM VOZ ALTA. A 31 de Janeiro, Jorge Silva Melo lê ARMANDO SILVA CARVALHO na Casa da Cultura de Setúbal. E são os últimos dias para assinar os Livrinhos de Teatro.


OS ALIENS de Annie Baker Tradução Mariana Maurício Com Afonso LagartoPedro Baptista e Pedro Caeiro Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Músicas e letras originais Michael Chernus, Patch Darragh e Erin GannDirecção musical Rui Rebelo Assistência Inês Pereira e Pedro Baptista Encenação Pedro Carraca A Classificar pela CCE
No Teatro da Politécnica de 23 de Janeiro a 2 de Março
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00

Estamos nas traseiras de um cafézito de província. Dir-se-ia que nada de importante pode acontecer aqui. Há um caixote do lixo à esquerda e outro à direita. E há três homens.
A peça que revelou Annie Baker, a autora de “O Cinema”.

Fotografia © Jorge Gonçalves


Sangue Branco na Sombra do Presente de Avelino Sá

Apoio Galeria Fernando Santos
Curadoria Miguel von Hafe Pérez
No Teatro da Politécnica de 23 de Janeiro a 2 de Março

3ª a 6ª das 17h00 | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo

Percorrendo mais de duas décadas no trabalho de Avelino Sá (Santa Maria da Feira, 1961) a exposição sangue branco na sombra do presente reúne pinturas que põem em evidência um percurso singular, silencioso e incisivo. A pintura de Avelino Sá tem a urgência dos sem tempo e a sabedoria da palavra ecoante. Tal como Álvaro Lapa, que numa das poucas referências a artistas contemporâneos, considerou este autor nos anos noventa como alguém a destacar, este artista faz da palavra de autores como Paul Celan e Robert Walser morada permanente. O silêncio, a chamada para a morte, o insignificante e a impermanência, na senda da poesia oriental, são caminhos por vezes paralelos, noutros casos cruzados, que estas obras questionam em tensão permanente. Na sua maior parte encáusticas, nelas se privilegia um trabalho de ocultação e desocultação que se manifesta na luz buscada ou ofuscada que esta técnica permite tratar com artesanal e milenar sabedoria. Aí o artista trabalha um processo de inscrição da imagem ou da palavra, como fragmentos de realidade vivida. O branco é sangue, o presente é sombrio, porque não sabemos ouvir as palavras. Trata-se, então e acima de tudo, de um pungente exercício de memória crítica, num tempo em que a apreensão do passado se parece referir constantemente à efervescência de um ontem imediato.

Miguel Von Hafe Pérez


DO ALTO DA PONTE de Arthur Miller Tradução Ana Raquel Fernandes e Rui Pina Coelho Com Américo SilvaJoana BárciaVânia RodriguesAntónio Simão,  Bruno VicenteAndré LoubetTiago MatiasHugo TouritaGonçalo CarvalhoJoão EstimaHélder BrazInês PereiraRomeu Vala e Miguel Galamba Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Produção João Meireles Assistência de Encenação Nuno Gonçalo Rodrigues e Inês Pereira Encenação Jorge Silva Melo M12

Em Faro, no Teatro das Figuras a 31 de Janeiro de 2019

No Teatro Municipal de Almada a 9 e 10 de Fevereiro de 2019

Em Setúbal, no Fórum Municipal Luísa Todi a 16 de Fevereiro de 2019
Em Viana do Castelo, no Teatro Municipal Sá de Miranda a 16 de Março de 2019

Catherine Diz-me uma coisa. Quer dizer, diz-me só isto, Rodolpho - ainda quererias casar comigo se afinal tivéssemos que ir viver para itália? Se tivesse que ser.
Rodolpho Quem está a perguntar. Tu ou ele?

Arthur Miller, Do Alto da Ponte

Um drama passional, um dilema moral, uma tragédia contemporânea? Nos portos de Nova Iorque, entre emigrantes italianos. A suspeição, o ciúme, a delação, a traição numa altura em que arranca a caça às bruxas do MacCarthismo. Que lei é esta que não respeita a lei de cada um? Quem são os vitoriosos, quais os derrotados? Depois de visitar com regularidade Harold Pinter (15 peças), Pirandello (2), Bertolt Brecht (3) e Tennessee Williams (4), os Artistas Unidos que dedicam particular atenção ao que se escreve agora, entregam-se desta vez ao teatro de Arthur Miller, descobrindo personagens escritos para eles. Traições, contradições, cegueira, leis antigas, leis e morte, sangue de gente pobre. Em palco, falar-se-á de emigrantes, de escolhas difíceis, dos anos 50, dos dias de hoje.

Fotografia © Jorge Gonçalves


EM VOZ ALTA
os nossos poetas

leituras de poesia portuguesa pelos Artistas Unidos
Eu gosto de ler em voz alta, eu gosto de ouvir poesia lida pelos actores com quem trabalho, eu gosto de poesia lida para várias pessoas, eu gosto de leituras de poesia, ver gente, sentir gente à volta das palavras suspensas do poeta.

Em Setúbal, na Casa da Cultura, às 21h30
31 de Janeiro - Armando Silva Carvalho por Jorge Silva Melo



Assinaturas Livrinhos de Teatro 2019 
Vamos continuar com os Livrinhos de Teatro. Em 2019, queremos editar 10 volumes. Enviaremos 4 remessas durante o ano. Sem portes de correio. Mas, se preferir levantar os seus livros no Teatro da Politécnica, oferecemos-lhe 1 bilhete para qualquer espectáculo dos Artistas Unidos no Teatro da Politécnica em 2019.
Quanto tem de pagar? 50 euros no acto da assinatura. Por cheque para Rua Campo de Ourique, 120 – 1250-062 Lisboa ou por transferência bancária IBAN PT50 0007 0018 00257 880006 19

Janeiro 
Davide Carnevali – Retrato de Mulher Árabe que Olha o Mar + Variações sobre o modelo de Kraepelin
Annie Baker - Os Aliens

Março 
Arthur Miller: Perigo: Memória!
Arthur Miller: Espelho de Dois Reflexos

Maio 
Max Frisch – Andorra/ O Senhor Biederman e os Incendiários
Paul Claudel - Partir ao Meio Dia

Setembro 
Witold Gombrowicz – Ivone, Princesa da Borgonha/ Casamento
Zinnie Harris – 2 títulos a indicar

Novembro 
Jean Cocteau - Os Pais Terríveis/ A Águia de Duas Cabeças
Lola Arias - Striptease / Sonho com revólver/ O Amor é um atirador furtivo

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