segunda-feira, 1 de abril de 2019

Em cena no Teatro da Politécnica, BALLYTURK de Enda Walsh. Na sala ao lado, temos a exposição de Jorge Gonçalves: NESTES ÚLTIMOS TEMPOS. E continuam abertas as incrições para o seminário ÀS CLARAS. Na Casa Sommer, a 13 de Abril, Catarina Wallenstein e Manuel Wiborg lêem Sophia de Mello Breyner EM VOZ ALTA. E na RTP2 passa o filme AINDA NÃO ACABÁMOS de Jorge Silva Melo. A 3 de Abril às 23h00.


BALLYTURK de Enda Walsh Tradução Nuno Ventura Barbosa Com Américo SilvaAntónio Simão e Pedro Carraca e as meninas Matilde Penedo, Melissa Matos e Beatriz Mendes Vozes de Jorge Silva Melo, Inês PereiraIsabel Muñoz Cardoso, Pedro Baptista Cenografia Rita Lopes Alves José Manuel Reis Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Efeitos Especiais Rui Alves Coreografia Gonçalo Egito Assistência Inês Pereira Produção João Meireles Encenação Jorge Silva Melo M14

No Teatro da Politécnica de 27 Março a 4 Maio

3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00

VOZ 1 Sempre senti que o meu corpo me seguia.
3 Quer dizer, como um estranho?
VOZ 1 Mais como um amigo de quem fora próximo, mas já não sou.
Ballyturk, Enda Walsh

Dois homens num armazém. Mas onde? Quem são? Que quarto é este e o que poderá estar para além das paredes? Presos numa sala, passam o tempo imaginando que ainda estão numa aldeia irlandesa.

“Enda Walsh é único, só ele sabe aliar o grotesco mais sórdido ao sublime, a tragédia à paródia, só ele pode gostar dos Karamazov e dos Três Estarolas, aliar a cerveja operária ao sonho da vida, só ele sabe encarcerar as personagens nos seus sonhos de poder, pesadelos horrivelmente cómicos, é um extraordinário escritor. É tão bom viver ao mesmo tempo que este rapaz (nasceu em 1967, que raio!) - e ele mostra-me tão bem estes tempos escuros que nos foi dado viver.”

Jorge Silva Melo




NESTES ÚLTIMOS TEMPOS de Jorge Gonçalves
No Teatro da Politécnica de 27 de Março a 4 de Maio

3ª a 6ª das 17h00 | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo

Inauguração a 27 de Março às 21h00
(Entrada Livre)

São retratos, são cenas de peças, são planos gerais, são cenas de conjunto, são momentos. Jorge Gonçalves fotografa os nossos espectáculos desde 1998. E estes são os trabalhos que temos vindo a fazer no Teatro da Politécnica que abrimos a 19 de Outubro de 2011. Sim tantos actores, tantas peças, tantos autores. Tem sido assim a nossa vida. E connosco ficam estes momentos sensíveis. Tanta gente, nestes últimos tempos. Com o coração.

Apoio Direcção Geral das Artes



UMA COMPANHIA DE TEATRO ÀS CLARAS. 
UM SEMINÁRIO NOS ARTISTAS UNIDOS.
2019 MAIO/JULHO

A vida dos teatros, a nossa vida, dia após dia, ensaio após ensaio, espectáculos que terminam carreira, espectáculos que começam, que partem em digressão, ensaios que se repetem, montagens de cenários, contas, pagamentos, preparações, discussões de repertório e elencos, relações com a imprensa, os espectadores e o ministério - o dia a dia de uma companhia de teatro ÀS CLARAS.

Um seminário em 2019.

Dois módulos.

1º módulo: de 12 de Janeiro a 2 de Março (8 sessões)

2º módulo - de 18 de Maio a 6 de Julho (8 sessões)
Análise de espectáculo que estará em cena no Teatro da Politécnica; acompanhamento dos espectáculos a estrear em 2019-2020.


Sessões sábados das 11h às 13h no Teatro da Politécnica.

Quem pode participar? Quem quiser, profissionais, amadores, curiosos, quem quiser saber o que é o nosso dia a dia. A quem possa ser útil.

Os participantes de qualquer dos módulos poderão assistir a espectáculos ou ensaios durante este período. Os ensaios decorrem maioritariamente às tardes de 2ª a 6ª das 14h às 18h.
Um calendário semanal será entregue todas as quintas-feiras.

Direcção do Seminário - Jorge Silva Melo

Máximo 12 participantes

Candidaturas mediante CV até 13 de Abril de 2019 / selecção até 28 de Abril de 2019
Um módulo: 80 euros / os dois módulos 150 euros
Inscrições para Pedro Jordão - pjordao@artistasunidos.pt


EM VOZ ALTAos nossos poetas
leituras de poesia portuguesa pelos Artistas Unidos
 
Eu gosto de ler em voz alta, eu gosto de ouvir poesia lida pelos actores com quem trabalho, eu gosto de poesia lida para várias pessoas, eu gosto de leituras de poesia, ver gente, sentir gente à volta das palavras suspensas do poeta.

Em Cascais, na Casa Sommer, às 18h30
13 de Abril - Sophia de Mello Breyner Andresen por Catarina Wallenstein e Manuel Wiborg


AINDA NÃO ACABÁMOS como se fosse uma carta de Jorge Silva Melo Com Américo Silva, António Simão, Catarina Wallenstein, Jean Jourdheuil, Spiro ScimoneElmano SanchoManuel Wiborg, Isabel Muñoz Cardoso, Sylvie Rocha, Fernando Lemos, Jorge Martins, João Pedro Mamede,  José Medeiros Ferreira, Pedro Carraca, João Meireles, Vânia Rodrigues, Maria João PinhoMaria João Luís, Miguel Borges, Pedro Gil, Rita Brütt, Rúben Gomes, Sofia Areal Direcção de Fotografia José Luís Carvalhosa Som Armanda Carvalho Montagem Miguel Aguiar e Vítor Alves Realização Jorge Silva Melo Produção Artistas Unidos

Na RTP 2 a 3 de Abril às 23h00

Sou eu que escrevo esta carta, como se fosse uma carta, sim, sou eu. Não tanto para falar de mim, mas do que me prometeram, daquilo que perdi, daquilo que consegui continuar. Prometeram-me um mundo de linhas simples, cresci quando se fazia, ao lado da minha escola, o edifício das Águas Livres de Nuno Teotónio Pereira, Portugal saía do português-suave que se sobrepôs ao modernismo. O mundo que imaginei meu seria assim, simples, sem enfeites. Foi o que me prometeram tantos dos que vieram antes de mim. Visito aqui os locais - nem todos - que me disseram seriam os da minha vida. Que foi feita por outros que a desenharam. Em Lisboa, ou em Paris, onde trabalhei e onde me sinto em casa. Ou Roma onde não cheguei a instalar-me. Lembro muita gente que me contou o mundo - mas nem todos.. É uma carta. Ou... É um auto-retrato (auto-filme? auto-golo) comigo de costas: para que quem veja, veja o que eu vejo. Aquilo que vejo (vi, verei) será aquilo que sou? Mas é uma carta, é a ti que quero contar, a ti, rapaz que quiseste ser actor.

Jorge Silva Melo

Sem comentários:

Enviar um comentário